Cap. 27

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Camila on

- domingo, 10:27 -

Acordo com um barulho de chaves irritante e assim que tenho coragem para levantar vejo meu pai na frente do sofá me olhando.

Olho para mim mesma e para um peso do meu lado, Felipe.

- Pai? Eh... Não é nada disso que você está pensando, tá bom? Eu posso explicar.

- Não precisa se explicar filha, se você quisesse mais privacidade era só ir para o quarto.

- Pai, eu não faço essas coisas! - acabo me alterando e acordando o bonitinho.

- Bom dia. - o mesmo fala se espreguiçando.

- Bom dia, Felipe. Iai, como foi dormir com a minha filha? - papai perguntou.

- PAI! - vejo ele sair rindo assim que coloco minhas mãos na cabeça pensando porque de ter passado por isso.

Olho para Felipe que ri parecendo um besta e eu rio batendo no peito desse idiota.

Me levanto indo em direção ao banheiro e vendo que merda é que eu tinha feito para acordar desse jeito.

Ouço Felipe bater na porta pedindo escova de dentes e digo que tem no armário, assim que ele termina o puxo para a cozinha.

Vejo que a bonitinha da Alice já acordou e nem para me acordar também.

Hoje o dia vai ser longo.


*Camila off*
*Laura on*

- quarta-feira, 22:34 -

- Graças a Deus! - grito quando vejo o sangue na calcinha.

- Tá gritando por quê? - Karen aparece do nada na porta do meu banheiro.

- Minha menstruação desceu, e agora eu não estou grávida! - faço uma dancinha ridícula.

- Você é louca, ainda bem que não preciso de menstruação para dizer se estou grávida.

- Ainda meu anjo.

Rio da cara que ela faz e a minha felicidade passa por que agora eu estou menstruada, o que é uma merda.

Tomo um banho rapidinho e lavo minha calcinha no box mesmo, coloco uma roupa confortável e desço para comer algo.

- Aysha? Cadê você, filha?

Ouço seus latidos e me abaixo pegando ela no colo e indo em direção a cozinha.

- Mãe, eu tô com fome. - digo a minha mãe.

- Tá me achando com cara de comida?

- Tá repreendido, 9 meses sem menstruação não te serviu para nada né?

- Até que serviu mas quando chegou a hora de tu sair, eu prefiri passar 9 meses com cólica.

Reviro os olhos indignada pela resposta dela e abro a geladeira pegando iogurte de côco e a granola no armário.

Abro a porta de casa e espero Aysha passar, me sento no passeio enquanto a vejo cheirar as rosas da minha vizinha.

Fico pensando na vida e nos @ que Deus faz aparecer por aí.

Mas alguém atrapalha meus pensamentos, no caso Kauê que aparece do nada me assustando.

Observo ele estacionar, sair da moto e vir até mim sentando do meu lado.

Ele me olha e em seguida se vira para a rua, rindo não sei do que.

- O que foi?

- Nada, só sua boca que está melada.

- E você não quer limpar com a sua? - ele ri mais uma vez, me deixando estressada já que ele não me leva a sério.

- Teu pai me broca todinho.

- Mas ele nem precisa saber, só um beijinho?

Ele olha para os lados e depois de ter certeza que não tinha ninguém sela minha boca na dele e se separa em segundos.

- Ah, qual é? - choramingo pelo beijo rápido - Tu merece se foder idiota, fica me iludindo, eu vou cortar teu pau.

- A princesinha do Alemão ficou brava? Fica não, eu te dou um beijinho.

Rio negando com a cabeça e esmurro seu ombro, desgraçado.

Ficamos conversando mas eu tinha que entrar, me despedi do mesmo e fui buscar minha cachorrinha teimosa.

É só encontrar macho que fica assanhada.

Se parece com alguém que eu conheço

Cala a boca, sub

Eu sou você, trouxa

Reviro os olhos para mim mesma e tranco a porta de casa, indo para meu quarto dormir.

Continua...

A filha do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora