Cap. 74

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*João Pedro narrando*

- 15:02 -

Cumprimento o sogrão que não me olha com uma cara nada boa.

- A Luana tá lá encima? - pergunto fechando a porta.

Ele assente indo para o escritório.

Prefiro ele me xingando ou qualquer coisa do que calado assim.

Meu velho fica exatamente assim quando vai aprontar uma, ou com a minha mãe ou invadir algum morro.

É sempre o morro, para eles.

Bato na porta vendo Luana jogada na cama mexendo no celular.

- Oi amor! - falo beijando sua boca mas ela não faz nenhuma reação, continua olhando para a tela do celular - Que foi? Sua tpm tá longe ainda.

Ela não responde me deixando instigado, que porra eu fiz agora?

- Amor! - grito a assustando e ela para de mexer no celular me olhando brava.

Até brava essa desgraçada é linda.

Solto beijo no ar e ela revira os olhos.

- Não quer que eu te faça revirar os olhos com outra coisa não? - rio com a cara que ela me olha.

A encho de beijos já sem paciência por ela não responder e ela sai correndo.

Encontro uma boa oportunidade de ver o que ela tanto prestava atenção.

Pego seu celular vendo sua conversa com vitória, sua melhor amiga.

Na conversa dizia que eu era muito bonito e blá blá blá. A vitória deveria pegar o marquinhos porque ele quer ela, até ai tá tudo certo.

Paro na parte em que ela diz que tá com muito medo de me dar mas que queria muito. 

Não acho que ela esteja brava por isso, afinal é só ela falar que não quer.

Vou entender o lado dela e esperar.

Se for para não perder ela, eu posso esperar um pouquinho.

- Luana, vem aqui cara. - falo indo atrás dela mas a mesma. 

- Me solta, véi. 

Me estresso indo para a porta, abro saindo da casa. 

Não sei nem porque eu vim. 

*Luana narrando* 

Ele não faz a mínima ideia do porque eu estar assim com ele.

Simplesmente eu vi ele abraçando a puta da Suellen.

E ele bem sabe que eu nunca gostei dela, a garota é daqui do morro, paga de santa para os pais mais longe deles vira uma demônia. 

Além das histórias de que ela já roubou o namorado da amiga, imagine de mim que sou inimiga dela.

A gente não se "bica" desde pequenas, ela gostava de me bater na creche e as professoras não faziam nada.

Voltava apanhada de casa e minha mãe me batia porque ela sempre falava que era para eu revidar e eu não fazia tal ato.

Ai eu tinha a Laura que sempre batia nela mas ela me deixou para viajar ai depois eu tive que me virar.

Vivia na coordenação.

Saio dos meus pensamentos quando ouço a porta batendo.

Meu namorado não é dramático não, além.

A filha do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora