Cap. 76

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- terça-feira, 05:35 -

Acordo assustada com alguma coisa caindo no chão.

Demoro um tempo para acordar, vendo a cena de Guga sentando na escrivaninha.

- Por que você tá acordado a essa hora, tá de madrugada ainda? São que horas mesmo?

- Estou revisando né, sou vagabundo não. - reviro os olhos levantando da minha cama quentinha, coloco meu óculos me aproximando dele.

Puxo o papel de sua mão vendo o que ele está revisando depois entrego a ele falando que nem precisava se preocupar.

Mas ele nem se importa.

- SÃO QUE HORAS INFELIZ? - pergunto e ele diz que é 20 para às 6 horas.

Fecho a porta do banheiro tirando minha roupa.

Tomo um banho rápido e saio do banheiro desligando a luz.

É, eu sou 10necessária a esse ponto.

Ligar a luz em plena manhã.

Volto para o banheiro me vestindo e depois eu saio, encontrando Gustavo dormindo.

Ele é estranho demais.

- Gustavo! - tento acordar ele mas ele nem se mexe.

Programo o celular dele para um alarme com o som bizarro e saio do quarto carregando Aysha que dormia na caminha dela.

Ela acorda rosnando para mim e eu ameaço jogar ela no chão, a mesma para na hora me fazendo rir falsa.

Essa cadela eu não sei não.

Se fosse macho acordando, taria pulando com o rabinho empinado agora.

Aliás eu tenho que tosar, mas a dona é preguiçosa demais para levar ela até o pet shop.

Desço as escadas sentindo um cheirinho de bolo de chocolate, o que é estranho.

Minha mãe taca o foda-se para minha existência, se eu quiser comer que eu faça minha comida.

Entro na cozinha vendo minha vó tirar o bolo da forma.

- Vó, porque a senhora tá cozinhando a essa hora? Não era para todas as idosas estarem dormindo não? - falo indo pegar um pedaço do bolo mas ela me bate. -Mas cê tá brava?

- Me respeita sua louca, eu sou novinha tá vendo não? Tudo em seu devido lugar, só com mais experiencia de vida do que você, agora vai lavar essa mão e senta a bunda na cadeira que eu vou te servir! - corro para lavar a mão.

Mais braba que ela só minha a filha dela, dona Let, mais conhecida como minha mãezinha. 

Antes de me sentar subo até meu quarto vendo Guga se arrumando.

O mesmo arruma suas coisas descendo comigo.

Subi para nada não é mesmo.

Vejo as meninas sentadas na mesa conversando mais do que a nêga do leite e papai no telefone falando sobre armas.

Daqui a pouco minha vó toma da mão dele e joga no aquário.

Ou na pia mesmo, porque aqui não tem aquário.

Me sento pegando uma xícara, tomar um cafezinho para ficar acordada.

Em falar cafezinho, eu estou negociando com as tias da escola de vender café na cantina, afinal se a gente pede um gole que for não pode por causa disso e aquilo.

Um mero café mano.

- Crianças, engulam logo que já já eu estou saindo em. - mamãe grita lá de cima.

A filha do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora