Cap. 61

4K 187 26
                                    

- segunda-feira, 07:04 -

- Bom dia. - falo entrando na sala vendo poucas pessoas.

Me sento atrás de Pietro - era do 3° B e trocou de sala - jogando a mochila de qualquer jeito.

Vejo Cami conversando com Gustavo, nunca mais junto algum casal. Se for para me deixar sozinha, avisa logo poxa.

Bocejo esperando o casal terminar de conversar, estou morrendo de sono por causa de ontem a noite.

Nem consegui dormir.

Se ficou dando a noite toda

Jussara e a boca dela, eu não dei
a noite toda nada sua maluca!

Desculpa, me enganei, foi a
madrugada toda mesmo

Dei mesmo, posso mais não?

Não

A pois.

Acordo dos meus devaneios com Gustavo na minha frente me olhando com o sorrisinho malicioso dele.

- O que é agora?

- Tá estressada é? O você quer para ficar mais calma?

- Minha caminha quentinha, tô morrendo de sono. - falo coçando os olhos.

- Se fica dando a noite toda.

- E agora de manhã eu vou dar na sua cara.

- Ui grossa, venha aqui! - ele fala me puxando e me abraçando.

Saio de perto dele me sentando na cadeira e vendo o professor de física - Danilo - entrar na sala.

- Bom dia turma! - ele fala alegre mas quem diabos fica alegre em plena segunda-feira meu Deus?

Respondo revirando os olhos assim como todos da sala.

- Quem fez a atividade? - ele pergunta mó animado e tipo só 12 de 45 fizeram.

Infelizmente, eu não estou entre esses doze.

Mas fazer o que né? Tô de saco cheio dessa matéria.

Ele dá o visto no caderno de todos que fizeram e começa o discursinho idiota dele.

Perguntando a cada aluno o porquê de não ter feito a atividade.

Muitos responderam porque eu não quis ou porque sim.

Eu simplesmente dei que tinha ficado com preguiça e ele não gostou.

- Uma mulher como você nessa idade deveria tá lavando prato, varrendo a casa e fazendo almoço, isso sim seria uma boa desculpa.

- Perdão prof, é que eu precisava de suas belas palavras para acordar e virar logo de uma vez uma empregada. - falo afrontosa já que esse machista de merda precisa de limites.

Ranço de homens assim.

Sorte a dele que é bonito mas de boca fechada.

Careca de barba rala de conversa agradável quando não envolve mulher, sexo e homossexuais.

A filha do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora