Cap. 88

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18:07

Ouço alguém bater na porta mas como estou com preguiça para levantar e abrir, apenas grito.

- 'Tá aberta! - rolo pela cama para ver quem vai entrar.

Vejo a imagem de Bernado com Aysha no colo e eu olho assustada para o celular, para ser mais específica olho o relógio.

- Desculpa! - falo levantando e indo até ele o cumprimentando com um beijo - Espera só um pouquinho que já irei ficar pronta.

- Não acredito que ainda não se arrumou, você que decidiu o horário.

- É só colocar o vestido garoto, larga de mimimi! - ele nega se jogando na cama e eu entro no closet.

Pego o vestido que guardei para usar no jantar e visto largando a toalha que estava usando - já que acabei de tomar banho - no chão mesmo.

Desembaraço os nozinhos do cabelo com o dedo tendo que quebrar alguma das vezes. Procuro o sapato achando ele debaixo da cama, calço sentindo o olhar de Bernado.

Passo apenas um gloss e um blush mais tom de pele mesmo.

Coloco o carregador portátil e o cartão de crédito de mamãe dentro da bolsa e ainda pego meu celular para ligar para Gio.

Que deve está nos esperando a meia hora.

- Estou bonita, amor? - dou uma voltinha vendo ele levantar da cama.

- Muito mais que bonita! - ele fala dando um beijo na minha testa. - Vamos? - damos as mãos saindo do meu quarto.

Descemos as escadas encontrando Karen e Lua assistindo a série sex education, que é maravilhosa por sinal.

Me despeço das duas que parecem duas hienas rindo. Aproveito para pegar a chave de casa no aparador atrás do sofá.

Entro no carro colocando o cinto e discando o celular de Pietro.

- Etro, vai querer comer aonde? - pergunto ouvindo uma música de fundo baixinha.

- Nem pense no Mc Donald's! - Gio fala e eu reviro os olhos.

- Só porque eu queria ir muito para lá, eu necessito das batatas Giovanna. É como se fosse o mar sem a água.

- Queen do drama! - ela fala e eu mando ela ir tomar naquele lugar, pergunto onde os bonitinhos querem ir e eles dizem que vão para o Flor de maracujá.

Desligo o celular aumentando o ar pois já está ficando frio demais.

- A consulta vai ser na quinta, você vai não é Bê?

- Vou. - ele fala depois de um tempo com a voz meio falhada - É só para ver se está tudo bem?

- E para descobrir o sexo, nem acredito que já estou com quatro meses. Quero deixar para saber na hora de nascer, sabe? O que acha disso?

Ele olha para mim pensativo e aproveita que o sinal está vermelho para coçar a cabeça.

- O que você quiser está ótimo.

- Não está não, nós dois temos que resolver juntos. Mas já que quer que eu resolva, 'tá legal. A médica conta para minha mãe e descobriremos só no dia.

- Já pensou em algum nome? Eu gosto de Guilherme ou Pedro Lucas. - ele diz alisando minha coxa.

- Gostei de Guilherme, e para meninas, você não pensou?

- Sei lá, Natália ou Priscila.

- Nossa filha não vai ter o nome daquela vadia não. - me exalto só de ouvir o nome daquela mulher que Bernado ficava.

A filha do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora