Cap. 91

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- 12:34 -

Pego dinheiro no bolso da mochila saindo da sala, entrelaço meu braço com o de Guga que me esperava na frente da sala.

- Vai almoçar agora? - ele pergunta e eu assinto - Então, vamos logo no mercadinho comprar o refrigerante.

Como hoje tem aula de tarde o porteiro deixa a gente sair sem precisar que os pais autorizem.

Ouço Pietro gritar para nós dois esperar um minuto, paro em frente ao portão esperando o bonitinho. Guga atende o celular dele que não parava de tocar e procura algo no meio da rua com o olhar desligando a ligação.

Olho na mesma direção que ele, vejo ele sair do meu lado indo até um carro escuro e a janela abrir. Olho confusa e depois que percebo quem é vou até lá.

Atravesso a rua olhando para os dois lados, não sei o porque já que é só de uma direção. Cumprimento Bernado com um selinho mas ele me puxa beijando minha boca. Guga solta um "eca" e eu mostro dedo para ele.

Dou três selinhos limpando o gloss na boca dele, aceno para JP que está no banco do lado me olhando estranho.

- Já estava com saudades, Bê. - falo apoiada na janela do carro.

- Isso é óbvio, nem tem como não sentir de um princeso como eu. - rio do jeito que ele falou revirando os olhos. - Também, senti saudades meu amor.

- Você nem se acha não é garoto?! Leva a gente no mercadinho? - aproveito para pedir uma caroninha básica.

- Garota, é na outra rua. Larga de ser preguiçosa Laura! - Pietro fala chegando ao nosso lado.

- Deixa meu xuxu ser preguiçosa. - Bernado fala e eu olho para ele estranhando.

- Você está estranho demais.

Entro no carro com os meninos, Bernado liga o carro e logo sai da vaga. Chegamos em poucos minutos, se não fosse pelo semáforo chegaríamos mais rápido.

Me despeço dele o beijando, depois dos meninos falarem com ele sobre alguma coisa que não prestei atenção, entramos no estabelecimento.

Fomos direto para a ala dos frios, pego dois litros de Coca e vou para o caixa que está até vazio para o horário.

Me assusto quando Guga e Pietro chegam atrás de mim com uma cesta cheia de besteira, só quero ver quem vai pagar isso.

Tem salgadinhos, mais refrigerante e ainda vários doces. Parecem duas crianças.

Passamos tudo e quase Caio para trás quando a mulher disse que deu 30 reais. Só vim comprar um refrigerante de 4 e essas pestes me inventam isso.

Eles juntam o dinheiro que tem e fica faltando 5 reais e é claro que a bonita aqui tem que pagar.

Colocaram as coisas numa sacola e saímos de lá, da próxima venho com o dinheiro certo. Atravesso a rua com os bobões rindo que nem palhaços já que uma criança caiu no chão.

Mereço esses dois.

Depois de ter passado a crise de riso eles se recompõem entrando na escola e indo para o pátio.

Pego meu almoço na copa e vou para as arquibancadas na quadra. Antes de comer sinto o cheiro só para sentir mais vontade.

Não sei nem fazer um feijão direito.

- Nem oferece não é Pietro? - Guga fala e eu olho Etro comendo a lasanha, ele ri negando e oferece mas Guga recusa - Quero não meu pit, mas valeu.

Pietro olha para mim balançando a vasilia e eu pego sorrindo, princeso. Não pode negar comida nunca.

Encho o copo com o refrigerante e logo dou um gole para refrescar. Agora só faltou gelo e limão.

A filha do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora