- 12:34 -
Pego dinheiro no bolso da mochila saindo da sala, entrelaço meu braço com o de Guga que me esperava na frente da sala.
- Vai almoçar agora? - ele pergunta e eu assinto - Então, vamos logo no mercadinho comprar o refrigerante.
Como hoje tem aula de tarde o porteiro deixa a gente sair sem precisar que os pais autorizem.
Ouço Pietro gritar para nós dois esperar um minuto, paro em frente ao portão esperando o bonitinho. Guga atende o celular dele que não parava de tocar e procura algo no meio da rua com o olhar desligando a ligação.
Olho na mesma direção que ele, vejo ele sair do meu lado indo até um carro escuro e a janela abrir. Olho confusa e depois que percebo quem é vou até lá.
Atravesso a rua olhando para os dois lados, não sei o porque já que é só de uma direção. Cumprimento Bernado com um selinho mas ele me puxa beijando minha boca. Guga solta um "eca" e eu mostro dedo para ele.
Dou três selinhos limpando o gloss na boca dele, aceno para JP que está no banco do lado me olhando estranho.
- Já estava com saudades, Bê. - falo apoiada na janela do carro.
- Isso é óbvio, nem tem como não sentir de um princeso como eu. - rio do jeito que ele falou revirando os olhos. - Também, senti saudades meu amor.
- Você nem se acha não é garoto?! Leva a gente no mercadinho? - aproveito para pedir uma caroninha básica.
- Garota, é na outra rua. Larga de ser preguiçosa Laura! - Pietro fala chegando ao nosso lado.
- Deixa meu xuxu ser preguiçosa. - Bernado fala e eu olho para ele estranhando.
- Você está estranho demais.
Entro no carro com os meninos, Bernado liga o carro e logo sai da vaga. Chegamos em poucos minutos, se não fosse pelo semáforo chegaríamos mais rápido.
Me despeço dele o beijando, depois dos meninos falarem com ele sobre alguma coisa que não prestei atenção, entramos no estabelecimento.
Fomos direto para a ala dos frios, pego dois litros de Coca e vou para o caixa que está até vazio para o horário.
Me assusto quando Guga e Pietro chegam atrás de mim com uma cesta cheia de besteira, só quero ver quem vai pagar isso.
Tem salgadinhos, mais refrigerante e ainda vários doces. Parecem duas crianças.
Passamos tudo e quase Caio para trás quando a mulher disse que deu 30 reais. Só vim comprar um refrigerante de 4 e essas pestes me inventam isso.
Eles juntam o dinheiro que tem e fica faltando 5 reais e é claro que a bonita aqui tem que pagar.
Colocaram as coisas numa sacola e saímos de lá, da próxima venho com o dinheiro certo. Atravesso a rua com os bobões rindo que nem palhaços já que uma criança caiu no chão.
Mereço esses dois.
Depois de ter passado a crise de riso eles se recompõem entrando na escola e indo para o pátio.
Pego meu almoço na copa e vou para as arquibancadas na quadra. Antes de comer sinto o cheiro só para sentir mais vontade.
Não sei nem fazer um feijão direito.
- Nem oferece não é Pietro? - Guga fala e eu olho Etro comendo a lasanha, ele ri negando e oferece mas Guga recusa - Quero não meu pit, mas valeu.
Pietro olha para mim balançando a vasilia e eu pego sorrindo, princeso. Não pode negar comida nunca.
Encho o copo com o refrigerante e logo dou um gole para refrescar. Agora só faltou gelo e limão.
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A filha do dono do morro
Fanfiction+16/ Laura, sempre foi alvo de muitos inimigos de seu pai, por isso foi morar com sua tia na Europa quando ainda tinha seus 13 anos. Agora, com 17 anos, ela quer voltar para sua família o mais depressa possível. Bernado, o futuro dono do morro da V...