You can stay.

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No meio daqueles meus pensamentos sobre o Sammy, escutei duas batidas na porta e o Sammy a abriu.

— Tá limpo, pode vir. – Ele disse e eu me levantei. – Tem muita gente aqui, espera eu sair, ok? – Ele disse olhando pra mim e eu assenti com a cabeça, mas o Sammy continuou me olhando e entrou, fechando a porta atrás de si, segurando meu rosto entre suas mãos e selando nossos lábios, logo depois me olhando nos olhos. – Só pra assegurar que é real. – Ele disse dando de ombros, me fazendo rir, logo ele se virou e saiu do armário com um sorriso no rosto.

Contei de um até vinte e saí, fechando a porta atrás de mim e vendo o Nash encostado numa pilastra dando um gole na bebida que estava em seu copo vermelho, ele me encarava de uma forma intimidante, como se estivesse prestes a me atacar.

Franzi o cenho e tirei o olhar dele, andando entre as pessoas afim de procurar a Juliet, mesmo sabendo que os desafios iriam começar.

A avistei na cozinha abrindo a geladeira e dei um pulo em suas costas.

— Juliet! – Disse gritando e ela se virou assustada, eu comecei a rir da sua reação e ela sorriu.

— A própria. – Ela disse semicerrando os olhos e suspeitando da minha reação. – Aconteceu alguma coi...

— Eu e o Sammy nos beijamos! – Disse animada e ela arregalou os olhos.

— Eu e a Nina nos beijamos! – Ela disse animada e foi a minha vez de arregalar os olhos.

— Sério? – Perguntei sorrindo e sua expressão mudou totalmente.

— Não. – Ela disse revirando os olhos. – Achei que fosse pra contar nossos sonhos. – Ela disse dando de ombros e dando um gole na garrafa de água em sua mão.

— Não é um sonho, Ju... – Eu disse a olhando nos olhos e ela percebeu que era verdade, cuspindo a água na minha cara.

— É sério? Vocês ficaram? – Ela perguntou animada enquanto eu tentava limpar a água que estava no meu rosto.

— Primeiro: obrigada por cuspir água em mim, sempre quis ter sua saliva no meu corpo. – Disse fazendo uma cara maliciosa e a Juliet riu. – Segundo: é verdade! – Eu disse praticamente dando pulinhos e ela franziu o cenho.

— Ok, eu entendo, ele foi seu primeiro amorzinho quando criança, tá gato pra caralho agora, mas por que tá tão animada assim? – Ela perguntou dando mais um gole e esperei ela engolir pra falar algo.

— Sei lá. – Dei de ombros. – Foi bom. – Disse com um sorriso no rosto.

— Eu conheço esse sorriso. – Ela disse apontando pra mim com a garrafa de plástico na mão. – Você não tá gostando dele de novo, né, Hailee? Digo, chegamos aqui há alguns dias...

— Claro que não. – Disse revirando os olhos. – Mas o que eu senti foi...

— Espera aí. – Ela me interrompeu.

— O que foi?

— Sentiu? Você sentiu algo quando o beijou? Além de fogo? – Ela perguntou analisando meu rosto e eu dei de ombros.

— Sei lá, Juliet, eu não prestei atenção nisso. – Menti. – Eu só gostei do beijo, ok? – Disse a abraçando de lado e caminhando até a sala principal onde teríamos mais desafios.

— Espero que não quebre a cara. – Ela disse olhando pra mim e eu sorri.

— Muito obrigada pela consideração, amiga. – Disse irônica. – Espero que a Nina não continue transando com o namorado dela enquanto você fica aí. – Disse arqueando as sobrancelhas e ela negou com a cabeça, se virando. – Juliet, espera! – Disse a chamando, mas ela sumiu no meio das pessoas.

The OrphansOnde histórias criam vida. Descubra agora