Gay Pride - Part I.

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— Tem certeza de que isso é necessário? – A Juliet perguntou enquanto eu prendia o cabelo em um rabo de cavalo alto.

— Claro, eu preciso descobrir se ele escreveu mesmo aquilo. – Disse passando perfume e pegando meu casaco fino, junto com o roteiro da peça.

— Que diferença vai fazer? Você vai parar de amar o Sammy para amá-lo? – Ela perguntou dando uma risada irônica e eu revirei os olhos, girando a maçaneta da porta. – Haiz, você acabou de voltar dos testes, deveria descansar pra festa que é em algumas horas. – Me virei e ela estava com uma expressão desanimada.

— Eu volto antes, Juliet, relaxa. – Dei um sorriso e saí do quarto, fechando a porta atrás de mim e caminhando até o quarto do Nate.

Dei duas batidas na porta e ele logo abriu, me olhando com um sorriso no rosto.

— Oi. – Ele disse sem jeito enquanto passava a mão no cabelo.

Nate estava sem blusa e com uma calça de moletom folgada, eu sorri olhando em seus olhos e ele deu passagem pra eu entrar.

— O Sammy não está? – Perguntei colocando meu casaco em cima da cadeira e o Nate encostou a porta.

— Não, eu pedi pra ele sair, você disse que queria conversar só comigo... – Ele disse se sentando na cama e eu me sentei ao seu lado. – Vamos ler isso? – Ele perguntou olhando pros papéis em minha mão e eu me toquei que tinha levado.

— Ah, é... Não... Quer dizer, eu trouxe pra você já ir decorando. – Disse colocando-os ao meu lado, em cima da cômoda.

— O que tá acontecendo? – Ele perguntou se aproximando e eu alternei o olhar entre seu peitoral e seus olhos, ele já estava bem perto.

— Nada, é que... – Falei me ajeitando na cama e olhando em seus olhos. – Você escreveu aquilo? – Perguntei semicerrando os olhos e ele pareceu assustado.

— Por quê? Não acha que eu seja capaz daquilo? – Perguntou arqueando as sobrancelhas e eu arregalei os olhos.

— Não, não, não é isso... É que... Deixa pra lá. – Disse colocando a mão na cabeça e respirando fundo. – Eu acredito que você escreveu. – Disse dando de ombros e ele deu um sorriso.

— Você tem que aprender que existem outras pessoas que possuem sentimentos fortes por você. – Ele disse sem tirar os olhos dos meus.

— O que você quer dizer com isso? – Perguntei com a voz trêmula.

— Qual é, Hailee, você deveria se abrir mais, o mundo não é só o que você está acostumada a ver, é mais que isso.

— Então me mostra. – Disse sorrindo dando de ombros, esperando que ele me contasse algo interessante, mas o que aconteceu não foi o que eu esperava.

Senti a mão do Nate na minha cintura, abaixei o olhar e percebi que ele estava me puxando pra mais perto, quando voltei a olhar em seu rosto, ele tinha se aproximado e eu senti seus lábios nos meus. Não tive tempo nem de reagir, foi rápido demais, e quando notei, eu já estava de olhos fechados me envolvendo cada vez mais no beijo.

Levei minha mão até o seu pescoço e agarrei levemente seu pescoço, dando mais intensidade ao beijo enquanto ele descia sua mão pela minha coxa, me causando arrepios. Deslizei minhas unhas pelos ombros do Nate, até sentir suas mãos firmes em minha cintura, me puxando e me colocando em cima do seu colo, sessando o beijo.

Olhei em seus olhos e ele deu um sorriso malicioso, logo voltando a me beijar. Envolvi meus braços em seu pescoço enquanto sentia suas mãos firmes em minha cintura.

The OrphansOnde histórias criam vida. Descubra agora