Eu estava com o cabelo pingando ovo e com a roupa toda melada, Juliet conseguiu fazer com que eu pagasse o maior mico ao entrar na casa, mas eu levei na boa, fiquei rindo enquanto subia as escadas pro meu quarto.
— Ei, Haiz! – Escutei a voz do Johnson no microfone enquanto subia de mãos dadas com a Juliet e ele sorriu pra mim. – Pode tratar de voltar, ainda não terminamos. – Ele disse piscando o olho e eu arregalei os olhos ao pensar no que viria pela frente. Todos começaram a gritar e eu subi as escadas rapidamente com a Juliet.
— E agora? – Perguntei enquanto entrava no quarto e a Ju começava a rir. – Juliet! – A repreendi e ela parou de rir, logo ficando séria.
— Desculpa, não resisti. – Ela disse se aproximando enquanto eu tirava a blusa e a calça.
— Tenho que lavar o cabelo ainda, depois secar...
— Não seca, ué. – Ela deu de ombros. – Toma um banho rápido, mas passa bastante shampoo aí. – Ela disse apontando pra minha cabeça e eu estirei língua, pegando a toalha e indo pro banheiro.
Saí de lá tremendo, a Juliet me cobriu com duas toalhas e logo depois troquei de rouba. Coloquei um vestido preto de festa considerável simples, penteei meu cabelo e dei uma secada rápida, jogando pra trás e me olhando no espelho, não sei como consegui tomar banho molhando o cabelo sem molhar o rosto, apenas retoquei a base e saímos apressadas do quarto.
— E ela está de volta! – Johnson disse enquanto eu descia as escadas e eu percebi que estava descalça.
— Juliet, o salto! – Disse preocupada me virando e ela me parou.
— Hailee, só desce e vai pro palco. – Ela disse olhando nos meus olhos e eu me virei, correndo pro palco, me posicionando ao lado do Johnson.
— O que eu tenho que fazer? – Perguntei baixinho e ele sorriu pra mim enquanto o Gilinsky subia no palco com o Sammy e com o Nate.
— O Sammy pediu pra eu pegar leve, relaxa. – Ele disse colocando a mão no meu ombro e eu olhei pra frente, vendo aquela multidão se divertindo enquanto olhava pra mim.
— Senta. – O Nate se pôs na minha frente de braços cruzados e com aquele maxilar travado.
— Quem você pensa que é pra me mandar sentar? – Perguntei arqueando as sobrancelhas enquanto cruzava os braços e pude escutar um "Uuuuuh!".
Nate deu um sorriso e colocou as mãos no meu ombro, me empurrando pra baixo, fazendo com que eu sentasse em uma cadeira, olhei pra ela estranhamente, pois não tinha visto que ela estava ali.
— Nossa, foi tão fácil. – O Johnson disse rindo e o Gilinsky deu uma risada.
— Eu só estava brincando. – Estirei língua fazendo careta e o Sammy riu enquanto cruzava os braços e olhava pra mim.
Colocaram uma mesa na minha frente e eu avistei um prato com três limões.
Ok, o que é isso?
— Tequila? – Perguntei arqueando as sobrancelhas e os meninos riram, Sammy se pôs na minha frente e se apoiou na mesa, fixando seu olhar no meu.
— Chupa. – Ele disse arqueando apenas uma sobrancelha e deu aquele sorriso malicioso com os lábios entre abertos e umedecidos.
Não sei se foi o som, a forma que ele falou ou apenas o fato dele estar falando aquilo, mas eu estremeci, sendo meu corpo todo ficar mole, como se tivesse ficado entregue a ele, junto com a minha alma.
— Como é? – Perguntei me controlando pra não gaguejar e ele deu um sorriso, como se estivesse se aproveitando do efeito que tinha causado em mim.
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The Orphans
أدب الهواةHailee, Sammy e Nate, abandonados em um orfanato quando tinham apenas dois anos de idade. Trágico? E se eles crescessem sem nenhum sinal de um adulto querendo adotá-los? Hailee não teve a mesma sorte de Sammy e Nate, irmãos, que foram adotados aos q...