CAPÍTULO SETE

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Na manhã seguinte antes de entrar na sala onde fazemos as aulas de teatro passei sorrindo por Harry duas vezes, no meu íntimo esperava que ele viesse falar comigo

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Na manhã seguinte antes de entrar na sala onde fazemos as aulas de teatro passei sorrindo por Harry duas vezes, no meu íntimo esperava que ele viesse falar comigo. Mas Harry nem deu bola pra mim. Ele estava olhando algo dentro de uma pasta azul, ou fingindo que estava. Eu só não entendia porque Harry age como se quisesse me ignorar e porque eu fui abrir minha boca para Kim sobre ontem a noite.

— Não vai falar com seu amigo? — Kim cochichou ao meu lado. — Olha ele ali.

— Para de apontar Kim. — Falei e tentei me defender com a primeira desculpa que veio a cabeça. — Eu não vi ele ali.

— Como não viu? — Detesto quando ela faz esse tipo de pergunta afiada. — Ele é o único cara gostoso daqui.

Por reflexo olho na direção onde Harry está parado. Ele não está muito longe de nós duas, o que me dava coceira na cabeça só de pensar que ele podia ouvir nossa conversa. Pode até ser paranoia minha, mas Harry pode ter visto Kim apontar o dedo pra ele. Harry meio que concordou com a cabeça com que Kim havia dito. Disposta a mudar o clima do corredor quase palpável entreguei á Kim a carta que recebi ontem.

Kim franziu a testa olhando desconfiada para o papel.

— O que é isso?

— Leia.

— Tem certeza que devo ler isso?

— Tenho, sim. Pode ler.

Pelo menos agora Kim tem com o que se ocupar. E por enquanto eu estava livre de seus comentários maldosos.


★★★


Acabei me atrasando para a aula que eu mais temia na minha vida, pois Kim me encheu de perguntas no corredor. Até Harry passou por nós duas, sorte que não estávamos falando dele no momento. Quando Kim e eu entramos na sala os alunos estavam sentados em círculo, num silêncio absoluto nos encarando com expressões sérias. Eu, a dois passos atrás de Kim, estava com as mãos suadas. Depois de alguns segundos a Sra. Benson se pronunciou, nos revelando que tudo isso havia sido um teste combinado para evitarmos não nos atrasar novamente.

Soltei o ar aliviada e me sentei ao lado de Kim, no chão.

A Sra. Benson usava um lenço multicolorido amarrado no pescoço. E essa manhã ela me deixou traumatizada com os exercícios que passou. Todos os alunos estavam sentados no chão e, juro que quando Kim ao meu lado esticou as pernas e tocou a ponta dos pés com os dedos das mãos consegui ouvir todos os CREC' S dos ossos dela estalando.

— Tem certeza que precisa de tudo isso? — sussurrei para Kim.

— Lógico. Eu posso travar aqui.

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