PRÓLOGO

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Em noites de céu escuro e sem nuvens, quem nunca fez um pedido ao ver uma estrela cadente? Cerca de 99,99% da população mundial, já

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Em noites de céu escuro e sem nuvens, quem nunca fez um pedido ao ver uma estrela cadente? Cerca de 99,99% da população mundial, já.

Eu queria fazer parte daqueles 0,01% das pessoas sensatas que nunca se submeteram à isso. Mas não, eu tinha que fazer parte dos 99,99% que faziam pedidos absurdos, desde querer encontrar um baú de ouro enterrado no quintal de casa; abrir o freezer e no pote de sorvete ter realmente sorvete e não feijão congelado deixado lá pela sua mãe; ter uma ideia revolucionária para ficar rico; ficar rico.

Mas na verdade, estamos fazendo pedidos a uma pedra que provavelmente atingirá a superfície terrestre e destruirá seu carro.

Ainda assim, a cada estrela cadente que eu vejo, peço para que uma luz divina e azul caía sobre mim e me faça entender o que se passa na cabeça de Harry Schofield. Meu vizinho.


★★★


Em 2006 a casa de número 1557 da Willow St. foi vendida para um família que levava a vida bem tranquila. Não sei se foi por causa da nossa idade ou por sermos filhos únicos, Harry Schofield e eu nos tornamos melhores amigos. A mãe de Harry o matriculou na mesma escola que eu frequentava, então íamos juntos, era minha mãe que levava a gente e no final da tarde Harry e eu apostávamos corrida de bicicleta no parque.

No primeiro aniversário do Harry que eu fui, ele estava completando 7 anos. Ele havia ganhado Walkie Talkie's do pai e quando a mãe dele apagou as luzes para entrar com bolo enfeitado por velas azuis, Harry pegou minha mão, estava tudo escuro e eu não fazia a mínima ideia do que ele ia fazer, e ele me entregou um embrulho feito com folha de caderno amassada. Era um Walkie Talkie.

Lembro que certa vez nós dois estávamos na sala da minha casa vendo as gotinhas de chuva apostarem corrida pelo vidro da janela, passava das 3 horas da tarde e minha mãe tinha feito bolo de chocolate. E eu amo bolo de chocolate. Eu deixei Harry na sala e fui pedir um pedaço de bolo a minha mãe, ela não estava na cozinha, mas o bolo estava em cima do balcão. Então eu puxei um banco de pernas altas e subi, só tive tempo de tocar no bolo antes de me desequilibrar e me estabacar no chão junto com o bendito bolo.

Tirei o Walkie Talkie de dentro do bolso e me escondi atrás do balcão.

- Cookies de chocolate para Sirius B. - Chamei.

- Aqui é Sirius B - Harry respondeu lá da sala. - Prossiga.

- O bolo caiu no chão, repito, o bolo caiu no chão.

- OK. - Pausa. - Eu vou até aí.

Guardei o Walkie Talkie de volta no bolso. Harry entrou na cozinha e minha mãe chegou logo depois. Foi Harry quem levou a culpa, era sempre mais fácil para ele do que para mim. Enquanto que meus pais me deixariam de castigo até eu criar juízo, os pais de Harry o impediam de ver TV e jogar videogame por uma semana, e só, esqueciam. Depois parecia que nada tinha acontecido. Por um tempo me senti culpada por causa disso, mas em todo caso foi Harry quem se prontificou na hora que mamãe perguntou quem havia feito aquilo.

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