CAPÍTULO TRINTA E DOIS

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Já se passaram onze dias desde aquela conversa que tive com Alice Miller no banheiro do colégio

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Já se passaram onze dias desde aquela conversa que tive com Alice Miller no banheiro do colégio.

Nesses últimos dias tentei me manter longe de confusões com Caroline, o que significa ficar afastada de Enrique. Essa semana tivemos Biologia e História juntos, e eu tentei ao máximo ignora-lo. Ainda espero que Enrique me mande os envelopes negros (e fico repetindo isso para mim, o tempo todo), ele mandou um envelope sábado passado e tenho esperanças que mande nesse, também. Mas duvido que Caroline largue do pé dele, para que ele tenha chances de entregar a carta. Se é que ele vai escrever.

Na quarta-feira passada eu estava na fila da cantina pagando dois dólares e setenta e cinco centavos à moça com tela no cabelo pelo meu almoço quando Alice, atrás de mim usando tênis e uniforme das líderes de torcida, com aquela saia p.p, enfiou algo no bolso traseiro do meu jeans. Era uma folha dobrada. Eu abri na mesa, junto com Kim.

Querida, Belinha...
Estou pegando seu ex de novo. Espero que não se importe, é claro.
E é melhor você saber que Alice está de olho no Harry.
Então, boa sorte.
Três beijos.
Caroline F.

Caroline Funck's não perderia a oportunidade de me incomodar com seus caprichos, mesmo que seja por bilhetes maldosos, e mesmo que ela, a sombra dela e Enrique estivessem sentados a cinco mesas da nossa. É, as E-más e o cachorrinho de estimação delas voltaram para o topo da hierarquia da Northwestern, e agora Alice pretende arrastar Harry para o mesmo caminho.

— Olha lá às E-más, olhando pra cá.

Kim virou o pescoço para encarar Caroline e Alice.

— Eu não queira estar lá com elas, conversando sobre coisas de patricinhas. Quer saber de uma coisa? — Kim balançou o garfo vazio no ar. — Eu tenho pena dos ouvidos do Enrique.

Eu dei uma risada estranha com um pedaço de batata na boca.

— Argh — falei depois de engolir. — Isso aqui tá muito estranho. — O que me fez odiar o fato de não ter lembrado de pegar o sanduíche com muçarela e peito de peru, que minha mãe preparou pra mim hoje de manhã.

— Não está tão ruim assim — Kim soltou de repente.

— Tá, sim. — Empurrei a minha bandeja para o lado.

— É a única comida que tá me entrando, Izza. E pra completar minha mãe tá desconfiando de que tem algo errado comigo.

— Quando vai contar pra sua mãe?

Kim se curvou na minha direção, largando o garfo.

— Não sei — ela disse. — Talvez quando eu começar a criar a forma de um barril.

— Eu no seu lugar, contaria logo.

Ela ergueu as sobrancelhas, quando o sinal tocou.

— Tem certeza? — perguntou.

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