Capítulo 22

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  "Uma das mentiras mais fecundas, interessantes e fáceis é fazer a pessoa mentirosa pensar que acreditamos no que ela nos diz." 

Não precisou ser dito mais nada e o mal-estar que ela estava sentindo passou e ela apenas teve tempo de colocar seu salto e desceu junto a Frederico quase caindo na escada e parou frente a ele que sorriu.

- Ora, ora... - respirou fundo. - Não se preocupe que não vim aqui para estragar nada da festa de vocês. - o sorriso diabólico brotou em sua face. - Só vim trazer um presente de natal! - piscou para eles e foi à porta abrindo e ali estava uma mulher segurando a mão de uma menina que parecia assustada com toda aquela situação e ele completou. - Te apresento nossa filha...

Victória o encarou ficando mais branca que uma folha de papel... Como ele poderia ser tão cara de pau e dizer uma coisa como aquela? Como estava ali dizendo que aquela menina era filha deles quando a menina já estava ali junto a ela e Frederico. Sabia que João Paulo era diabólico e se estava ali alguma coisa queria e pior ainda em dia de Natal.

- Nossa filha? - tentou manter o sangue frio para não avançar nele.

- Sim! - o sorriso era o mais cínico possível. - Nossa filha, eu andei investigando, meu amor... - falou como se quisesse redenção. - Aquele hospital deu nossa filha para outro casal!

Quanto mais ele falava mais ela ficava com nojo daquele homem que um dia tanto amou e ela caminhou até a menina e tocou o rosto dela estava tremendo e ela entendeu que tinha algo errado e sorriu a ela passando confiança.

- Olá meu amor! - segurou a mão dela. - Você está com fome? Tem um monte de doces, quer? - sorriu mais e ela assentiu que tinha fome parecia um bichinho acuado. - Venha que tia Antonieta vai te levar para comer! - deu a mão a ela que foi e Antonieta a tirou dali junto a Max que nem olhou para o pai e Maria os acompanhou.

Victória deixou que a mulher entrasse e fechou a porta e encarou João Paulo que não esperava aquela reação dela estava tão fria que ele entendeu que tinha algo errado e ele como toda cobra criada entendeu que seu jogo ali iria para o ralo no momento em que ela abria a boca.

- Nossa filha que morreu ao nascer? - o encarava. - A menina por quem eu chorei todos esses anos é isso mesmo João? - a respiração estava entrecortada.

- Sim! - falou como se estivesse desesperado. - Eu a encontrei! - ele se aproximou dela era uma proximidade arriscada mais mesmo assim ela o fez. - A nossa menina que eu também chorei por achar que estava morta. - os olhos dele encheram-se de lágrimas.

Victória sentiu vontade de avançar nele mais sabia que assim não conseguiria arrancar nada dele e com o sangue frio que nem ela sabia como estava conseguindo disse.

- Então vamos ligar para a polícia! - estava fria.

- Por quê? Eu já cuidei de tudo! - ele era observado por todos. - Vamos conversar a sós.

Victória podia sentir todo seu corpo tremer com aquele maldito homem ali em sua frente mentindo e Frederico se aproximou ficando ao lado dela segurando em sua cintura.

- Se tem algo a dizer a minha mulher pode dizer aqui na minha frente e na do advogado que vai poder auxiliar melhor nesse caso! - foi formal com ele.

João riu na mesma hora e com deboche disse:

- Está dando aulas de português ao vaqueiro?

Frederico nem pensou apenas sentou porrada na cara dele apenas um soco mais foi o suficiente para que ele fosse ao chão com a mão na boca.

NOSSA ÚLTIMA CHANCE  - TEKILAOnde histórias criam vida. Descubra agora