Capítulo 36

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Bom dia amores, aqui mais um capítulo dessa história que mostra que nem todo mundo tem uma segunda chance ou uma última que seja... Essa história tem um significado maior pra mim e quero agradecer desde a todas que estão aqui, ela está chegando ao fim e agora pra valer. Beijos e boa leitura.

Naquela tarde Victória estava em sua sala e revisava alguns papeis importantes que não poderia deixar para trás, estava concentrada que nem percebeu que a porta foi aberta com uma violência absurda e somente assim ela olhou para ela que tinha o rosto vermelho de raiva.

- Cristina... - ficou de pé no mesmo momento.

- Desgraçada!!! - rosnou indo até Victória e sentando o tapa em sua cara.

Victória não demorou nada a racionar e sentar dois tapas de volta em sua face.

- Não toque em mim!!! - Victória gritou com raiva.

Cristina no mesmo momento sacou de sua arma e apontou para ela que congelou levando a mão de imediato a barriga com medo do que viria dali, mas ela sentia que não seria nada fácil e que Cristina estava ali disposta a tudo... Victória respirou pesado segurando sua barriga com uma mão e a outra levantou para Cristina, um medo terrível passou por todo seu corpo e ela temeu o pior.

- Abaixa essa arma. - estava com medo, mas tentou não demonstrar tanto naquele primeiro momento. - Não precisa fazer isso... - negou com a cabeça.

Cristina sentiu o medo dela e mesmo que não quisesse sentiu prazer no que podia causar nas pessoas, mas estava ali pra resolver aquela questão por bem ou por mal, ou melhor, pra ela já estava tudo resolvido e por um momento andou de um lado a outro da sala com a arma apontada para Victória e depois de alguns minutos parou frente a ela novamente e gritou.

- Vocês só tinham que cuidar dela. - Victória deu um passo para trás com medo. - Era só cuidar da minha filha, sua desgraçada. - a empurrou.

Victória bateu as costas na parede e sentiu a pressão, sentiu medo e viu nos olhos de Cristina que ela não teria pena ou dó de machucá-la com intuito de sanar a sua raiva. Podia-se ver em seus olhos que ela não aceitava perder e se estava ali era para tudo ou nada.

- Não me machuque, eu estou grávida. - revelou querendo um pouco de piedade. - O que quer aqui depois de todo esse tempo? - a voz baixa querendo que ela não se alterasse mais.

Cristina olhou para a barriga dela e sorriu com cinismo e sem medo, ou melhor, mostrando que tinha o controle da situação tocou a barriga dela, já estava com o ventre se mostrando e Victória tirou a mão dela no mesmo momento. Victória sentiu nos olhos dela a maldade e não permitiria que ela se quer tocasse em sua barriga mesmo que para isso tivesse que chegar ao extremo com ela, tinha medo, mas seus filhos não sairiam machucados ou ela.

- Cristina, podemos conversar sem que me machuque. - respirou pesado. - Guarde essa arma. - implorou.

- Vocês deveriam apenas cuidar da minha filha e não colocar a justiça atrás de mim!!! - colocou a arma no pescoço de Victória que fechou os olhos tremendo seu corpo todo. - Era só cuidar dela que eu iria voltar, eu nunca deixaria minha filha com aquele idiota de Frederico, eu não deixaria e não vou deixar minha filha com vocês, ela é minha e vai continuar sendo.

- Por favor... - não conseguia nem se mexer. - Ninguém quer tirar a sua filha de você, mas você sumiu. - abriu os olhos a encarando.

- Eu tive motivos!!! - se afastou. - Mas você assim como aquele desgraçado não sabem esperar, mas vocês vão me pagar. - engatilhou a arma apontando para ela novamente.

Victória ofegou arregalando os olhos e negou com a cabeça, precisava manter o alto controle para que nada de ruim acontecesse naquela sala e disse:

- Estamos falando da vida de uma criança, você não pode simplesmente ligar e dizer que não vai sem uma justificativa. - falou com a voz trêmula sentindo o corpo todo doer com aquela agitação toda.

Victória sabia que não podia se alterar e por isso estava tentando se manter calma, mas como fazer com Cristina ali em sua frente com aquela arma engatilhada para ela, pensou em seus bebês no ventre e mentalmente chamava Frederico para salvá-la como em um conto de fadas em que o príncipe chega para salvar a princesa. Mas não era um conto de fadas ali e sim a maldade do mundo.

Cristina estava pronta para qualquer coisa ali naquela sala, tinha passado o diabo aquele mês e a qualquer momento poderia ser presa se a polícia a encontrasse. Ela não tinha mais nada a perder se fosse presa pelo menos teria se vingado de Victória e Frederico e porque não matar o que os dois mais amavam e desejavam naquele momento?

Victória sentiu um frio na espinha com o olhar frio dela e dos olhos rolaram lágrimas de desespero por estar com as mãos atadas naquele momento em que poderia brigar com Cristina e lutar por sua vida, mas ali não era mais somente ela. Ela tinha mais duas vidas em suas mãos e não poderia os colocar em risco.

- Eu estava resolvendo a minha vida pra poder levar a minha filha e vocês estragaram tudo!!! - berrou mais uma vez. - Malditos!!!

- Acha que se me machucar vai resolver alguma coisa? - Era uma súplica.

- Sabe Victória... - caminhou até ela novamente. - Quando João entrou na minha vida pra desgraçar tudo, eu me vinguei dele e tenho certeza que como o pouco homem que é deve estar bem longe. - falou sem papas na língua.

- O que fez com ele? - arregalou os olhos.

- Ensinei a ele que não deve se meter na vida de uma pessoa. - sorriu. - Não entendo como pode conviver com um porco por tanto tempo. - debochou. - Mais agora você está servida, o que Frederico tem de idiota ele tem de bom de cama, sempre foi assim. - sorriu mais ainda pela cara de Victória. - Um macho viril que sabe muito bem como usar a boca e todo o resto. - respirou fundo lembrando.

- Cale a boca. - Victória rosnou. - Suma daqui que ninguém precisa de você. - foi firme por um momento não querendo ouvir aquelas coisas dela. Era ciumenta e mesmo que o momento não pedisse aquela cena, ali estavam os ciúmes em sua cara.

Cristina soltou uma gargalhada.

- Tão patética!! - negou com a cabeça. - Não precisa ter ciúmes porque dele eu só quero a distância. - a encarou. - De vocês eu tenho nojo e não se preocupe que da cinza que eu vim eu voltarei.

- Você não vai conseguir se esconder por mais dez anos. - falou certa. - Maria está sob nossos cuidados e o juiz vai nos dar a guarda definitiva dela e você...

- Antes de ir pra cadeia eu mato vocês todos!!! - falou com os olhos negros a interrompendo. - Eu só vim te avisar que Maria já está comigo e que contra mim, vocês não podem. - se aproximou bem dela e apontou a arma pra sua barriga. - Vocês têm mais a perder do que eu. Acho que você quer ver essa criança nascer né? - sorriu diabólica. - Fique longe ou da próxima vez eu não vou ameaçar. - se afastou e caminhou para a porta sumindo por ela.

Victória sentiu naquele momento todo o peso das palavras de Cristina e sentou na cadeira aos prantos, a barriga doeu e ela tentou respirar com calma para que nada acontecesse aos seus filhos, mas como se manter calma diante de uma ameaça daquelas? Cristina estava mais louca do que ela poderia imaginar e temeu por todos de sua casa e por Maria principalmente.

Victória com os pensamentos todos em sua menina, pegou o telefone e discou para Frederico que atendeu no segundo toque.

- Amor...

- Victória, ela pegou a minha filha da escola. - ele nem deixou que ela terminasse de falar. - Ela levou Maria. - falou em completo desespero e Victória chorou mais ainda... 

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