Desviando Dos Ataques.

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Camila.

Foi difícil pensar em alguém para adotar temporariamente Sofi, sabemos que é uma grande responsabilidade ter a guarda de uma criança.

Mas, assim que Lolo se lembrou da vovó dos pianos, meu coração acelerou como se tivesse a certeza que essa seria a pessoa certa para cuidar de minha pequena Cabello.

Assim que o nome de D. Marrie foi lembrado, minha rainha de gelo e eu, fomos até sua casa. Meu coração batia desesperado em um misto de esperança e preocupação. Lolo tentou me acalmar da forma que foi possível, mas era inevitável, eu sabia que ela seria nossa última chance! Era tudo ou nada.

Por incrível que pareça, assim que conheci a doce senhora, tive a certeza de que tudo daria certo. Depois de tomar café comendo seus biscoitos deliciosos, Lauren começou a explicar a situação, detalhe por detalhe. Contou sobre os dias que foi trancada em seu próprio quarto, sobre a situação de seu pai, a traição de Clara e seus ataques, detalhadamente, sem esconder nada.

A senhora simpática ficou horrorizada com tudo que ouviu, ainda disse que foi avisada que Lauren não teria mais aulas pela própria Clara, que garantiu que tudo estava bem e que minha rainha de gelo estava em um colégio interno na Suíça.

Após uma longa conversa, D. Marrie concordou em pedir a guarda de Sofi temporáriamente, até mesmo ofereceu um dos quartos de hóspedes para Lolo, que não pensou duas vezes em aceitar.

Depois de tudo certo, deixamos combinado de nos encontrar pela manhã, para ir até o orfanato, falar com o diretor Hernandes e ver como iniciar um processo de adoção por tempo determinado.

- Bom dia! (Falei entrando na cozinha de tia Sarah).

Seus filhos me ignoraram e se levantaram, pegando o que comiam para terminar em outro lugar. Tia Sarah preparava algo em silêncio no balcão próximo a pia.

Apenas fitei o relógio, peguei uma maçã e caminhei em direção a porta. Assim que abri, dei um pulo e me engasguei ao ver parada na frente uma mulher elegante, terninho preto e pose de autoritária. Tentei comprimentar mas tive um acesso de tosse por causa da maçã que parou na garganta.

Nesse exato momento tia Sarah apareceu na sala.

- O que é isso Camila, está morrendo?! (Questionou devido a crise que estava tendo).

Não tive tempo de responder, Sarah viu a mulher parada em frente a sua porta e se aproximou com sorriso falso no rosto.

- Posso ajudar?! (Questionou).

- Bom dia! Acredito que seja Sarah Cabello! (Falou a mulher ajeitando seus óculos) Me chamo Mila Kunis, sou do juízado de menores, tenho algumas perguntas, posso entrar? (Questionou seria).

Senti minhas pernas ficarem trêmulas, engoli em seco com medo da reação de minha tia. Mas sem demora ela deixou o sorriso mais largo e abriu totalmente a porta dando passagem a mulher.

- Fique a vontade senhorita Kunis, gostaria de um chá? Café? Suco talvez?! (Perguntou tia Sarah levando a mulher para o sofá).

- Não obrigada, só preciso de algumas respostas mesmo! (Comentou me fitando) Você é Camila? (Perguntou agora com um sorriso).

Franzi a testa e limpei o suor das mãos, tentando não demonstrar meu nervosismo.

- Isso! É um prazer senhorita Kunis! (Falei apertando sua mão).

- Pode me chamar de Mila! (Falou Simpática) Vi que estava de saída, poderia ficar um pouco mais? (Pediu fazendo um gesto para eu me sentar, ao lado de tia Sarah).

A Princesa e a Plebéia. (Camren) Onde histórias criam vida. Descubra agora