Barreiras Quebradas.

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Camila.

Ainda não acredito que estou sentada ao lado da rainha de gelo, dentro de sua limosine indo para o orfanato. Se me dissessem isso alguns dias atrás, eu iria gargalhar da pessoa e dizer que ela estava louca.

...

O caminho até o orfanato era um pouco longo, por isso encostei no banco e relaxei, enquanto Lauren mantinha sua postura perfeita, uma verdadeira dama ao meu lado.

Ela fitava a janela ao seu lado e um silêncio preenchia o local. Fiquei em dúvida se puxava uma conversa ou só aproveitava a carona mesmo.

Resolvi deixar ela em paz, por isso comecei analisar tudo em minha volta. Era uma limosine incrível, estava encantada com tamanha beleza desse carro.

Fitei um botão diferente próximo da porta, minha curiosidade foi maior que minha maturidade. Me inclinei e apertei o botão chamativo. Em questão de segundos um compartimento abriu com suas taças lindas de vidro, que foram rapidamente preenchidas por champanhe.

Lauren fitou os copos e depois direcionou o olhar pra mim.

- Quantos anos você tem Cabello?! Cinco?? (Questionou revirando os olhos).

- Não me julgue Jauregui. Nunca estive em uma limosine antes! (Resmunguei cruzando os braços).

- Sério? Eu nem percebi! (Falou irônica).

Fiz um bico e me encolhi no banco de braços cruzados, como uma criança quando apronta.

Fui o resto do caminho em silêncio, mas minha vontade era apertar os outros botões ali próximo. Acabei me segurando, para não correr o risco de ser jogada do carro.

Logo paramos em frente ao orfanato. Tirei o cinto e fitei Lauren.

- Vamos comigo Laur?! (Convidei sorrindo).

- Não! (Falou de cara fechada). E para de me chamar assim.

- Por favor Lolo! (Implorei fazendo biquinho, dei um apelido só pra provocar).

- Lolo?!? (Fechou a cara) Para de me dar apelido garota!!!! Esse parece nome de chocolate!! (Revirou os olhos) Esse biquinho funciona com alguém?? (Questionou de braços cruzados).

- Me diga você! (Falei ainda com o biquinho e uma carinha de cachorrinho pidao).

Lauren me fitou por alguns minutos em silêncio, logo bufou irritada e saiu do carro.

- Anda logo! (Reclamou).

Sorri largo e sai do carro, corri em direção a porta, logo atrás de Lauren, o biquinho funcionou, bom saber.

...

Caminhei com ela pelo longo corredor, logo cheguei em uma das funcionárias e pedi para ver Sofi, estava tarde, mas é mais uma das excessões que seu Hernandes abriu pra mim.

Fiquei de pé esperando minha pequena aparecer, Lauren olhava tudo ao redor de forma curiosa. Logo os passos da minha princesinha correndo ecoaram pelo corredor.

- Kakiiiii! (Gritou ela com um sorriso de orelha a orelha, pulando em meu colo).

- Meu amooor. (Falei apertando ela em um abraço). Que saudades princesa, você cresceu ou é impressão minha?! (Falei a fitando).

- Cresci Kakii, porque tô comendo muita fruta. (Falou ela com os olhinhos brilhando).

Lauren apenas observava nossa interação, ali próxima. De cara fechada, conversei um pouco com Sofi, até que a pequena percebeu a presença diferente entre nós, e fitou a Jauregui.

A Princesa e a Plebéia. (Camren) Onde histórias criam vida. Descubra agora