Boa leitura 😘
...
- Está bem desinformado Davi! Esse caso já foi encerrado e a família dela não é amaldiçoada... - Eduardo ficou com um ar de superioridade e se apoiou na mesa de madeira ficando assim frente a frente com Davi. Continuou falando:
- Ah nossa! Pois foi o irmão se revoltando com o pai e irmão não é mesmo? Você sabe que isso já foi resolvido e quem matou meu avô Maycon foi meu pai. O que eu não entendo é como você saiu vivo disso tudo! Agora se o incidente foi na fábrica deles, não faz dos mesmos amaldiçoados! Aliás vamos ir nessa fábrica com ou sem permissão! Lá com certeza existem pistas. - Ao dizer isso Eduardo bateu forte na mesa fazendo as mechas de seu cabelo cair sobre os olhos. Ele tinha o cabelo castanhos alcançando seu ombro.
Davi ficou surpreso e encostou-se na cadeira novamente. Eduardo sem olhar pra trás, passou as mãos nos cabelos e disse:- Alice não merece isso.
- Está tão preocupado com essa menina Eduardo, deve estar se relacionando com ela! - disse uma voz no meio das outras pessoas.
- Em primeiro lugar cada um tem uma vida para cuidar exclusivamente dela e não da minha, segundo vem o respeito, porque como vocês devem saber não faz nem uma semana que a minha esposa faleceu! - Fez uma pausa - Alice faz parte do meu trabalho, não é um passa-tempo. - ele ficou olhando todos ao seu redor com cara de bravo e saiu andando em direção à saída. Todos no local ficaram em silêncio e o único barulho que ouviram foi a porta sendo batida após Eduardo sair.
Ele foi descendo as escadas da instituição do FBI. Muitas pessoas o parabenizaram pela coragem e o mesmo agradecia com a cabeça sem parar de seguir em direção ao estacionamento. Ao entrar no carro pôde observar um papel no para-brisa, então ele abriu a porta e se curvou sem sair do carro para poder pegar o papel."Conselho de amigo? Pare de fuçar as coisas que não lhe diz respeito."
Ass: PO bilhete estava escrito à mão e a letra era quase ilegível. Olhando para os dois lados Eduardo não viu nenhum suspeito, apenas o barulho do alarme de algum carro e um grupo de pessoas se aproximando.
Era uma tarde gelada e as ruas não estavam com tanto movimento como de costume. No rádio tocava uma musica brasileira chamada "Aí que saudades da Amélia". Ele nunca havia escutado essa música e ficou um tanto interessado em saber a tradução dela. Voltou para seu apartamento e viu apenas Miriam olhando a paisagem da cidade pela janela.
- Você foi muito corajoso, meus parabéns. - Ela andou em direção a Eduardo e parou a poucos centímetros de distância. - Você é um ótimo profissional.
Ele estava sério e deu uma resposta breve. Realmente havia sido muito corajoso ir ao encontro de Alice no aeroporto para salvá-la. Miriam deu mais um passo ficando bem próxima de Eduardo. O mesmo olhou para o lado e caminhou indo em direção ao quarto de Alice perguntando a Miriam sem olhar para ela:
- Alice está melhor?
Miriam não falou nada, apenas acenou que sim com a cabeça e na mesma hora Alice saiu do quarto tombando com Eduardo.
- Obrigado Eduardo. Disse indo para sala e agradecendo Miriam da mesma forma.
- Por nada. Agora preciso ir. Até mais. - disse Miriam. - Ela saiu de dentro do apartamento e Eduardo fechou a porta.
Eduardo foi para sala, sentou-se no chão e pegou uma pasta de papel. Não demorou muito para sair dali; conferiu o que estava lá levantando-se do chão e indo para seu pequeno escritório. Fechou a porta e se aproximou do quadro de informações; pegou uns alfinetes e de dentro do envelope pegou algumas imagens; começou fixando a mensagem que encontrara a pouco tempo em seu carro. Nessa hora Alice bateu na porta e abriu.
- O que está fazendo? - Questionou Eduardo, pois ela nunca havia entrado naquele cômodo e ficou observando da porta. Ela pôde perceber que não era um ambiente grande. Era organizado, tinha uma escrivaninha extensa encostada na parede, muitos gabinetes e um quadro que Eduardo estava mexendo. Como ela demorava a responder perguntou de novo - O que faz aqui?
- Vim aqui pois quero comer. Prefere que eu faça algo ou vamos sair? Ela adentrou o escritório, olhou o quadro é perguntou.
- E esse bilhete, por que não me chamou? Achei que tínhamos um trato.
- Não chamei porque achei que você estaria cansada da adrenalina. -
Disse ele disfarçando e continuou a falar - Vamos Alice, você deve estar com fome.
Saíram ambos do escritório rumo ao carro de Eduardo. Entraram no carro, Eduardo deu partida e a partir desse momento ficaram em silêncio, apenas ouvindo um CD que ele colocara, mas não durou muito.
- Obrigado Eduardo, eu fiquei com medo de ser pega. - Disse Alice se referindo ao caso do aeroporto.- Não precisa me agradecer novamente, é minha obrigação cuidar de você. - Disse ele sem olhar para ela, e completou - Fico feliz que esteja bem Alice! - ela sorriu.
Ao descerem do carro a menina observou a fachada do restaurante. Havia um pinheiro bem cuidado próximo à porta de entrada, um pequeno bicicletário ao lado, além de uma parte descoberta.
- Vamos Alice! - Chamou Eduardo indo em direção à entrada.
Dentro do restaurante o cheiro do almoço inundava o nariz de ambos, porém a fila estava enorme e como sugestão Alice falou:
- Está muito lotado! Não é melhor irmos na Mister Chef aquela lanchonete que fui com o Jordan e que você entrou todo bravinho? Lá tem uma batata maravilhosa.
Ele pensou por alguns minutos ignorando a piada de Alice, olhou para os dois lados e chamou a menina para sair do local e ir para lanchonete que ela queria.E assim acaba mais um capítulo quentinho. Coloca o dedo na ⭐ pra ver se ela brilha. Me sigam e comentem.
Bjos Amora_paper
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mil e um motivos
Novela JuvenilA vida de todos nós é uma montanha russa; tudo se estabiliza pra depois desmoronar de novo, é como se isso fosse uma lei. Queria voltar a ser criança onde as descidas da montanha russa eram pequenas, feitas apenas por brinquedos quebrados, machucado...