Capítulo 16

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Boa leitura😘

...

     O dia era sábado. Meio-dia Eduardo deixou o trabalho para tirar um tempo de folga, já Alice havia combinado de sair com Jordan e Marilisa. Se arrumou durante a manhã toda para fazer aquele piquenique. O local marcado foi no Parque de Stanley, já o piquenique seria em outro local próximo.
     Se encontraram no lugar marcado às duas horas da tarde. Alice estava no meio, Lisa a sua esquerda e Jordan a sua direita.
     - Já falei que vocês dois formam o casal mais bonito que conheço? - Perguntou Lisa fazendo coração com as mãos enquanto andava.
     Alice riu. A menina gostava de Jordan, ele fazia com que ela sentisse pequenas borboletas em seu estômago.
     - E você conhece outro casal que não seja eu e o Jordan? - Jordan olhou para Marilisa e deu um sorriso de lado.
     - Tirando a vovó Mérida e o vovô Germã? E meus pais é óbvio, creio que não! - Ela deu uma pausa no que falava enquanto dava uma gargalhada gostosa.
     - Já até consigo shippar o nome de vocês. Lijor... ou... Dance!
     Jordan então falou:
     - Espero que você faça uns lanches melhores do que shippar nomes.
     Todos riram ao entrar no parque. A ideia do piquenique havia sido de Lisa, já que eles nunca saíam juntos. Lisa estendeu um pano claro sobre a grama e todos eles se sentaram; era possível sentir a umidade transpassar o tecido fino estendido no chão.
     - Gente eu trouxe lanche de queijo com presunto e suco de laranja natural. - Disse Lisa.
     - Eu trouxe um bolo de cenoura que encomendei na padaria. - Disse Alice.
     - Eu trouxe o carteado, podemos jogar vários jogos com essas cartas.
     As meninas se entreolharam e em seguida olharam novamente para Jordan, então Alice disse:
     - Ok, mas e os pães de queijo que você me falou por mensagem que traria?
     Jordan se fez de desentendido e soltou uma gargalhada.
     - Ok Jordan, o carteado serve. - Disse Marilisa abrindo a tijela onde se encontravam os pães
     O dia estava agradável, rodeado por risadas e boas compainhas; jogaram vários tipos de jogos com as cartas. As meninas até aprenderam alguns jogos que não sabiam.
     - Esse lanche está realmente muito bom Lisa, como o Jordan presumiu bem melhor que o seu Shippo.
     - Olha Alice, esse bolo também não está nada mal! - Todos riram nesse instante e então Alice perguntou:
     - E você Bem, o que está achando?
     Jordan então terminou de mastigar e falou:
     - Estou sem palavras. - E voltou a comer.
     Já beirava as quatro da tarde quando eles estavam arrumando as coisas para enfim ir embora. Quando estavam novamente em frente ao Parque de Stanley , Marilisa falou:
     - Vocês ainda não tem uma foto juntos. Fiquem de frente pra essa roseira que eu vou tirar.
     Ao redor havia uma larga calçada, que podia facilmente ser confundida com uma via de carros, havia a roseira onde seria tirada as fotos. Esse canteiro de flores ficava ao lado da entrada do Parque. Atrás tinha uma grande Igreja, aparentemente católica e muitos comércios.
     A primeira foto foi com o cadal dando um selinho, Lisa clicou na tela umas dez vezes seguidas para poder tirar várias fotos seguidas.
     - Pronto! Agora vamos tirar outra.
     Jordan passou a mão pela cintura de Alice e viraram de frente para Lisa. A foto foi novamente batida e o barulho do clique se misturou com um forte estrondo. Antes que Alice percebesse seu corpo foi jogado para trás com o grande impacto que a atingiu. Ela ainda não havia percebido o que de fato acontecera. Encarou Jordan e em seguida seguiu seus olhos ao seu próprio ombro; suas pupilas dilataram rapidamente; o susto foi tanto que ela deu pequenos passos para trás cambaleando; sua visão então ganhou a escuridão e antes que Jordan conseguisse a pegar, ela caiu no chão, batendo forte com a cabeça.
     Lisa entrou em estado de pânico e gritou se abaixando no chão. Ficaram olhando nas direções para ver de onde havia vindo, mas tentativa fracassada já que logo se formou um aglomerado de gente em volta deles. Jordan levantou a cabeça de Alice e colocou ela em suas pernas. Lágrimas escorreram de seu rosto ao ver que ao retirar a mão da cabeça de sua namorada havia sangue. Marilisa chorando aos prantos gritava para alguém chamar a ambulância enquanto desbloqueava o celular de Alice para pode ligar para Eduardo.     
     Tremendo muito e desnorteada Marilisa não conseguia desbloquear o celular, precisando então entregar na mão de um desconhecido para fazer a ligação. Um homem robusto pegou o celular falando:
     - Venha, eu te ajudo! Você não está em condições. Me dá, pode deixar que eu ligo. 
     - Tudo bem... - Disse Marilisa com as mãos trêmulas entregando o celular para aquele desconhecido.
     Ele estava de luva, mas ninguém percebeu pela correria, o homem se afastou de toda a aglomeração e discou o número de Eduardo.

     - Oi Alice! Você já está chegando?
     - Olá Eduardo! Aqui não é a Alice!
     - Quem está falando? Cadê a Alice?
     - Você não deveria deixar ela solta por aí! Você não me conhece, mas eu conheço você!
     - Cadê a Alice? Vou perguntar pela última vez!
     - Vai fazer o que se eu não falar? Meu patrão me deu regras explícitas! Atire, mas não para matar. Só fiz o que ele pediu.
     - Cadê ela?
     - Na Praça de Stanley! Mas por pouco tempo. Ela vai ser mandada para o hospital. Agora de lá não sei se ela sai viva.

...

     A ambulância chegou, os médicos socorristas rapidamente colocaram Alice na maca. Jordan foi acompanhando ela junto com Marilisa. Ele foi na parte de trás com os paramédicos segurando as mãos gélidas e sem vida de Alice, repetindo baixo entre soluços:
     - Por favor não morra, eu te amo, me desculpa por não ter tomado aquele tiro por você.
     Marilisa na parte da frente da ambulância, rezava sem parar para seu Deus, repetindo as palavras "Ela não pode morrer."
     Nessa agitação já eram seis horas da noite, a rua estava cheia de repórteres e policiais. O chão continha a grande marca de sangue, que escorreu tanto do ferimento do ombro quanto da cabeça da menina. O celular de Alice jogado na calçada de ladrilhos desbloqueado com uma foto da menina toda sorridente e pior, sem digitais presentes.
     - Cadê ela? - Disse Eduardo correndo na cena do crime e apresentando o distintivo para todos que tentavam atrapalhar sua passagem, até que alguém segurou seu braço gentilmente o chamando pelo nome.
     - Ela está no hospital Montery's. vamos Eduardo, eu vou com você! - Era Miriam se oferecendo para ir com ele ao encontro de Alice.

E assim acaba mais um capítulo quentinho. Coloca o dedo na ⭐ para ver se brilha. Me sigam e comentem.
Beijos da amora_Paper

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