Tentamos segurar as lágrimas,
Mas os cortes da alma são profundos demais.
Tentamos mentir,
Mas o nosso olhar nos entrega mais do que é capaz.
Tentamos esconder o que sentimos com um sorriso,
Tentamos afastar as pessoas achando que estamos protegendo
Do nosso grande vazio.
Tentamos com todo o nosso carinho,
Mas as pessoas que nos amam
Sabem como é nosso falso riso.
Sabem o que estamos sentindo.
Não há como se esconder,
Não há como fugir,
Não há como conseguir parar em pé,
Só há a certeza de que um dia atrás do outro,
A gente vive,
Mesmo estando morto.
Poderíamos nos livrar dessa sensação de apenas existindo?
Poderíamos nos desapegar aos erros, á culpa, ao nosso coração despedaçado,
E reconstruir um novo?
Um bonito, um onde os cortes estejam cicatrizados, as dores sumindo pouco a pouco.
Pelo menos em sua intensidade ela pode diminuir,
Ela só vai lhe acompanhar pelo longo caminho.
Por mais que tentemos nos livrar de quem somos,
Haveria como sentirmos alegria,
Sem as dores e os traumas que fomos um dia?
VOCÊ ESTÁ LENDO
I Keep An Universe Inside Me
De TodoNão é uma história em si. São textos aleatórios, de dias aleatórios, de inspirações aleatórias e de uma pessoa aleatória. Porém, são textos reflexivos e talvez, profundos. Com assuntos pesados ou leves, dependendo do meu humor ou da minha história...
