Mais uma vez, me encontro covarde.
Mais uma vez, me encontro egoísta.
E dessa vez, nada mudou;
E dessa vez, sei que nada me favoreceu.
A mesma história, se repete,
O mesmo medo, se compete,
A dor de mais mudanças,
A angústia de mais crises e talvez uma recaída;
Como te olhar da mesma forma, quando souber a verdade?
Como te observar do mesmo jeito, quando eu confirmar a minha realidade?
Uma covarde,
É isso que eu sou.
Mesmo pânico de falar,
Mesmos atos quanto à contar.
Não tem escapatória,
Ao mesmo tempo eu dou e também não dou a mínima para mim dentro de mais esse conto.
Ou diria livro?
Anos, meses, dias.
É, talvez sejam páginas e mais páginas de uma longa e curiosa vida.
Eu me sinto egoísta,
Me sinto teimosa,
Me sinto prestes a perder alguém,
A perder algo.
Não quero isso.
Seria melhor manter escondido?
Manter segredo parece seguro pra outros,
Só não parece pra mim,
Qualquer hora darei um estouro,
Como diria a minha amiga, um estrago vai ser feito
E vai recair sobre o meu eu,
E de mais ninguém.
E eu aceito, está tudo bem.
Momentos de impulso parecem ótimos pra dizer,
Seria falar e cair fora,
Esperar pra ver.
Mas sei que quando passasse a adrenalina, eu iria me arrepender.
É como dizem, nunca se faz nada de cabeça quente,
Vai acabar se queimando,
E dando com a língua nos dentes.
Situação impossível.
Não consigo me manter impassível.
Mas seria possível,
Sobreviver a mais este empecilho?
Dependendo do que eu perderia...
Não valeria a pena o meu alívio.
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I Keep An Universe Inside Me
RandomNão é uma história em si. São textos aleatórios, de dias aleatórios, de inspirações aleatórias e de uma pessoa aleatória. Porém, são textos reflexivos e talvez, profundos. Com assuntos pesados ou leves, dependendo do meu humor ou da minha história...
