* * * * CONTEÚDO IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS * * * * *
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Meu pai abre novamente os olhos depois do meu grito e me dar um sorriso sereno.
— Filho, está na minha hora. Eu te amo e sempre vou te amar. Estarei sempre contigo. Lembre-se sempre dos bons momentos que passamos juntos. — Sorri e fecha seus olhos novamente. Só que desta vez para nunca mais abri-los.
Abraço-o e deixo todas as lágrimas que não derramei todos esses anos que não tive ele por perto. Uma dor profunda atinge meu coração em cheio. Sinto-me como um garotinho perdido. Não consigo aceitar que logo agora que estávamos nos tornamos verdadeiramente pai e filho, ele se foi.
Enquanto choro sobre o corpo do meu pai, sinto uma mão sobre o meu ombro. Não preciso virar para saber que é o meu anjo.
Tento não olhá-la, mas não consigo. Viro-me e a encaro. As palavras ficam travadas na minha garganta, apenas as lágrimas que continuam escorrendo pelo o meu rosto.
A Mari senta-se na poltrona que fica ao lado da cama do meu pai e faz sinal para que eu sente em seu colo. Como se fosse um pequeno garotinho assustado e desprotegido vou em sua direção. Sento-me de lado jogando minhas pernas sobre os braços da poltrona para aliviar o meu peso sobre ela e abraço-a encaixando meu corpo ao seu. Coloco meu rosto na curvatura do seu pescoço e nesse momento deixo de ser o Tony Muller, o controlador para ser o Antony Mullher, abandonado pela mãe e agora órfão de pai.
Ela começa a passar sua mão pelas minhas costas me consolando, acalentando e ninando-me como um bebê. Eu vou relaxando aos poucos com seu toque. Não há outro lugar no mundo que eu gostaria de estar agora que não fosse nos braços do meu amor.
De repente sou despertado pela voz da Mari conversando com alguém. Estou tão fora de mim que levo alguns minutos para identificar o dono da voz. É o Joca.
— Tony querido, olhe para mim. — Pede, mas ignoro. Não quero voltar para a realidade. — Por favor, olhe para mim. — Pede com a voz um pouco mais firme, então levanto minha cabeça e olho para ela.
— Cadê o meu pai? — Pergunto angustiado quando noto que ele não está mais no quarto.
— Eles tiveram que levar o corpo dele para fazer a liberação. O Joca está cuidando de tudo. Vamos para casa? — Balanço minha cabeça, afirmando, enquanto fico de pé. Mari também se levanta e entrelaça os nossos dedos. Ela não sabe como me conforta ter sua mão grudada na minha. — Vamos para casa e quando estiver na hora iremos nos despedir do seu pai. — Concordo, afinal ele não estar mais aqui.
Quando estávamos saindo encontramos com um dos médicos que cuidou do meu pai. Ele nos conforta com o olhar. Dou um aceno de cabeça e vou em direção aos caras, enquanto a Mariana conversa com o médico.
— Joca, quem está cuidando da liberação do ... Quero dizer de tudo? — Ainda não consigo pronunciar em voz alta a perda do meu pai.
— Tony, não se preocupe. Vai para casa, toma um banho e tenta descansar. Assim que estiver tudo resolvido eu te ligo. — Joca diz segurando meu ombro.
— É o meu pai! Eu quero resolver tudo! — Digo com a voz triste.
— Tony, você acabou de perder o seu pai. Esses dias foram muito intenso. Como o Joca disse, vai para casa e tenta descansar um pouco. — Rafa diz transmitindo-me força.
— Estamos cuidando de tudo. Está tudo resolvido. Agora teremos que aguardar o hospital liberar o corpo. Isso demora um pouco. Já entramos em contato com uma agente da funerária. É de confiança. Foi ela que resolveu tudo quando a minha avó se foi. Então fica tranquilo que assim que me disserem que está tudo resolvido, eu te ligo na mesma hora. — Joca diz e eu concordo, afinal eu não entendo nada disso.
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Atração do Amor - Série Artimanhas do Destino #2
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