Capítulo 07 - Novos rumos

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ESTE CAPÍTULO TERÁ DETALHES DE UM ESTUPRO E AGRESSÃO

[Marcello]

A atitude de Gael em ir comigo até o apartamento de minha mãe me deixou completamente ainda mais balançado por ele. Dentro do elevador, minhas mãos começaram a soar, meus batimentos cardíacos acelerados e minha respiração ofegante. Ainda estava de mãos dadas com Gael. Chegamos ao andar em que minha mãe mora. Bati na porta do apartamento e deixei de segurar a mão de Gael. Minha mãe abre a porta. Nossos olhares se cruzam e a emoção toma conta de nós. Abraçamos-nos fortemente, choramos muito e eu a beijei muito. Adentramos seu apartamento.

― Quando soube que tinha voltado para o Rio, eu quis vir atrás de você. ― falei sentando no sofá.

― Seu pai sabe que você veio atrás de mim, Marcello? ― perguntou minha mãe.

― Não. ― respondeu Gael. ― O Estevão não sabe de nada. ― acrescentou.

― Esse é o filho da nova esposa do papai. ― contei. ― Ele se chama Gael. ― sorri.

― Obrigada por acompanhar meu filho até aqui. ― agradeceu. ― Chamo-me, Marisa. ― sorriu e abraçou Gael.

― Mãe. ― chamei-a. ― Por que você nos abandonou? ― perguntei sem rodeios.

― Há muitas coisas que seu pai não contou para você e seus irmãos quando eu os abandonei. ― revelou.

― E que coisas são essas? ― questionei-a.

― Seu pai desconfiou que os gêmeos não fossem filho dele. ― disse segurando minha mão. ― Eu fui obrigada a abandonar vocês porque ele me pressionou dizendo que ia expor o caso na mídia. ― suspirou. ― Eu com medo de expor vocês, sai de casa, me divorciei do Estevão e fui morar em Mônaco com Roberto. ― finalizou.

― Mas como Estevão descobriu que Matheus e Miguel são filhos dele? ― perguntou Gael.

― Através de um exame de DNA. ― contou. ― Depois que abandonei meus filhos, Estevão fez exame de DNA e confirmou que nunca menti á ele. ― disse mamãe triste.

― A senhora ia atrás de mim e dos meus irmãos? ― perguntei.

― Sim. ― respondeu convicta. ― Eu fui fraca em abandonar vocês, confesso. ― disse. ― Eu deveria ter lutado por vocês e não coagido com a pressão do pai de vocês. ― repreendeu-se.

― Mãe, não se preocupa. ― sorri e a abracei. ― Eu estou com a senhora. ― falei.

Conversamos um pouco mais e depois fomos para casa. Encontrar minha mãe depois de tantos anos foi para mim, sem dúvidas, um recomeço. Gael ficou calado o caminho todo. Chegando a nossa casa, nossos pais haviam antecipado a volta da lua de mel.

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[Pedro]

O final de semana havia chegado. Estudei um pouco, assisti uma maratona de séries e pedi comida chinesa para mim. Por volta das 22h, sai para caminhar a beira da praia. Andando calmamente, vejo Frederico de longe. Ele caminha direto em minha direção, me olha e faz sinal para irmos num local onde não havia movimento. Meu coração acelerou e minha garganta secou. Segui Frederico até um quiosque sem movimento. Adentrei o quiosque.

― Porque não me procurou nas férias? ― perguntou encostando-me na parede do quiosque.

― Você disse que ia viajar. ― respondi com medo.

― Mas não viajei, viadinho. ― falou dando uma bofetada em minha cara. Com a bofetada, deixo meus óculos caírem no chão e ia me abaixar para pegá-lo. Frederico me pega, aperta minha bochecha.

Os Filhos do Meu Padrasto  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora