Capítulo 35 - Duplo assassinato

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[Edu]

Acordei pela manhã com os raios de sol adentrando as brechas da cortina do meu quarto. Levantei, escovei os dentes e fui tomar banho. O banho quente me relaxou ainda mais. Eu faria um plantão de 12 horas seguidos e não teria tempo de ver Gael. Minha preocupação no momento, seria de Gael e Matheus voltar a ficar juntos. Porém, eu já tinha um plano que poderia me ajudar a separá-los, pelo menos, por enquanto. Vesti meu uniforme do hospital e segui para meu trabalho. Esta seria a primeira vez que estava voltando ao trabalho depois do atentado que sofri.

Cheguei ao hospital e todos os funcionários olharam para mim. Cumprimentei-os sorridente e fui para minha sala. Tirei meu jaleco, sentei em minha cadeira e fiquei pensando numa maneira de fazer Gael acreditar que Matheus não o amava. Lembrei de um antigo caso que tive na faculdade e que me devia uns favores. Peguei meu celular, enviei uma mensagem no WhatsApp e, logo em seguida, respondeu-me.

WHATSAPP:

Eu: Odilon?

Odilon: Diga meu doutorzinho gostoso.

Eu: Preciso que tu venha ao meu consultório aqui no hospital, agora. Preciso de um favor seu :)

Odilon: Tudo bem. Logo estou aí.

Eu: Valeu.

FIM DA CONVERSA

Atendi alguns pacientes e logo Odilon chegou. Minha secretária avisou que tinha visita e mandei ela deixar entrar. Quando Odilon adentrou minha sala, deparei-me com um moreno forte, olhos, cabelos castanhos e boca carnuda. Olhei-o de cima a baixo e sorri.

― Parece que o tempo te favoreceu muito, Odilon Viegas. ― falei me aproximando dele e o abraçando.

― Obrigado, Edu. ― sorriu. ― Para conquistar tudo que conquistei, tive que malhar e correr atrás dos meus objetivos. ― falou.

― Claro. ― sorri. ― Casar-se com uma velha milionária no fim da vida e herdar toda sua fortuna. ― gargalhei.

― Tudo tem seu preço. ― sorriu Odilon. ― Você acha que esse seu serviço vai sair de graça? ― falou alisando meu queixo.

― Claro que vai. ― sorri. ― Ou quer que eu conte para os filhos da velha o serviço que tu me pagou para fazer? ― acariciei seu rosto.

― Não se esqueça que eu também presenciei algo que podemos ir juntos para a cadeia, Dudu. ― sorriu Odilon.

― Você sabe que somos unha e carne. ― mandei beijinho.

― Esse jogo de egos vai acabar muito mal. ― falou Odilon sério. ― Quem eu tenho que seduzir? ― perguntou sem rodeios.

― Matheus Ivanovitch. ― respondi sorrindo. 

― Vai ser fácil. ― falou. ― Certeza que ele tá querendo o branquelo gostoso do seu namorado. ― disse.

― Ele está apaixonado pelo meu Gael. ― respondi. ― Mas, não por muito tempo. ― sorri.

― Pode deixar. ― falou Odilon. ― Tu precisa confiar mais no seu taco, Edu. ― sorriu e ia saindo, mas voltou. ― Saudades de quando nós trepava loucamente. ― piscou.

― Passa amanhã no meu apartamento para matarmos essa saudade. ― pisquei de volta.

Odilon saiu do meu consultório e, tinha certeza, que a partir daquele momento, Odilon ia usar todas as suas armas de sedução para ficar com Matheus. Voltei a atender meus pacientes normalmente, mas, agora, feliz.

Os Filhos do Meu Padrasto  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora