Capítulo 19 - What Goes Around.../...Comes Around

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[Fred]

O prédio da faculdade estava cercado por todos os lados. Fiquei completamente desesperado porque não tinha como eu fugir dali. Escutei o Delegado avisando pelo auto falante que alguns policiais invadiram a faculdade. Escondi-me dentro de um armário da direção. Um policial adentrou a sala da direção devagar, olhando cada canto para ver se me via. No momento certo, eu sai de dentro do armário, desarmei o policial, peguei sua metralhadora e disparei um tiro na sua cabeça. Observei uma caçamba de lixo do lado posterior a faculdade, engatilhei a metralhadora e sai da sala da direção. Os policiais me avistaram e começaram atirar. Mirei a metralhadora neles e revidei. Consegui atingir ao menos uns três policias.

As balas da metralhadora acabaram. Corri em direção a vidraça que espelhava a faculdade e pulei em direção ao lixo. Cai dentro da caçamba de lixo, que estava um pouco vazia. Mancando, saí da caçamba e corri em direção a uma comunidade próxima. Comecei a correr em direção a comunidade, mas o que eu não esperava, é um córrego separando o terreno vazio da comunidade. Pulei dentro do córrego, atravessei ele e segui pela comunidade. Eu já estava cansado de correr e andei normalmente. Virando um beco para me esconder, dou de cara com um policial.

― Se você correr, estouro seus miolos. ― avisou o policial com o fuzil apontado para minha testa.

Um outro policial veio por trás de mim, me algemou e levou-me até a viatura. Vários paparazzi estavam de plantão na entrada da comunidade. Tentei tapar meu rosto, mas em vão, com certeza, meus pais já sabiam do meu crime. Durante o caminho para a delegacia, eu percebi o quanto eu fui babaca em ter agido da forma que agi. Um certo arrependimento de tudo que fiz, bateu em mim. Uma lágrima escorreu em meu rosto. Eu já estava ciente que poderia pegar uns bons anos de prisão, porém, minha única esperança seria a influência que meu pai tem no Senado e os excelentes advogados que nós temos.

Chegamos a delegacia e havia mais paparazzi parados na porta. Os policiais retiram-me da viatura e me levam para dentro da delegacia. Sou levado para a sala do Delegado para depor e, ao adentrar na sala, deparo-me com meu pai, minha mãe e Flávio com seus seis advogados. A cara de preocupação do Delegado de eu sair impune dos meus crimes, é visível. Sentei na cadeira de frente ao Delegado e o encarei, mas nada disse.

― Nós vamos te absolver de todos os crimes, meu filho. ― disse meu pai convicto.

― Se for comprovado a inocência de seu filho, Deputado Guimarães. ― rebateu o Delegado. ― E, pelo que vejo aqui na ficha de ocorrência, não é pequena. ― sorriu.

― É o que veremos, Delegado Borges. ― desafiou meu pai.

Fui levado para uma cela exclusiva para que os demais detentos não fizessem nada comigo. Um dos advogados de meu pai, o Jhean Vieira, aproxima-se da minha cela.

― Seu caso é muito mais grave que pensávamos. ― iniciou Jhean.

― Se vira, advogadozinho. ― falei irritado. ― Você e os demais advogados tem a obrigação de me tirar daqui. ― falei.

― Obrigação? ― questionou-me Jhean. ― Se você não fosse um playbozinho de ficha limpa seria a coisa mais fácil para nós.― falou com raiva. ― Só que no seu caso, você tem sete homicídios, dentre deles, quatro policiais e uma acusação de estupro de vulnerável, Frederico. ― disse Jhean.

― Idiota! ― esbravejei.

― Duas vítimas suas não tem como depor porque você os matou, mas Pedro Silva estará aqui pela manhã para te ferrar ainda mais, otário. ― falou Jhean e saiu. 

O ódio por Pedro me consumia cada vez mais. Com ódio daquele nerd maldito, comecei a socar a parede com vontade de quebrar a cara dele. Deitei na cama de cimento com colchonete fino e acabei dormindo. Acordei pela manhã com um dos policiais me acordando para assistir o depoimento de Pedro. Fiquei em uma sala a parte ouvindo tudo o que Pedro relatava. Percebi apenas que havia cinco advogados na sala. Pela cara dos advogados, minha sentença seria maior do que eles imaginavam. Cerca de quase uma hora depois, o depoimento de Pedro acabou. O meu julgamento, com o depoimento de Pedro e as acusações de assassinato e estupro de vulnerável, foi marcado para o dia seguinte. Aquele dia passou rápido e, durante a visita, meu pai contou que Jhean havia se demitido do escritório em que ele trabalhava e foi para um concorrente, cujo dono é Estevão Ivanovitch.

Os Filhos do Meu Padrasto  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora