Capítulo 15 - Notícia da morte de Maria e estupro coletivo

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[Gael]

A música que vinha do quarto de Marcos acabou despertando-me. Acordar ao som de Diamonds - Rihanna foi como se eu estivesse precisando. Abri as cortinas do meu quarto e vi que o dia estava lindo lá fora. Era domingo de manhã. Levantei, escovei os dentes, tomei meu banho e desci para tomar café. Enquanto preparava o café da manhã para nós três, liguei a TV. A TV da cozinha estava no noticiário do Rio. A repórter cobria um atentado na zona norte da cidade.

"Interrompemos a nossa programação local para informar que nesta madrugada houve um latrocínio aqui na zona norte do Rio. O corpo de uma senhora que aparenta ter pelo menos cinquenta anos, foi encontrada morta num beco aqui perto da Avenida Brasil. As causas da morte serão investigadas pela polícia. Dayane Dias direto do Informações Locais."

Depois de ter visto a notícia no noticiário, deduzi que seria alguma pobre coitada que foi morta e estuprada por algum marginal. Servi-me do café que havia acabado de fazer, sentei na beira do balcão e fiquei pensativo. Logo em seguida, adentrou a cozinha Marcos, Matheus, Jess e Miguel. Estou tão entretido nos meus pensamentos que Matheus fala comigo e não presto atenção, porém, o mesmo me cutuca.

― Gael. ― chamou-me Matheus me cutucando. ― Estou falando contigo. ― falou.

― Desculpe Matheus. ― respondi sem graça. ― Eu estava voando nos meus pensamentos. ― forcei um sorriso. ― O que tu disseste? ― perguntei tímido.

― Falei para nós cinco depois do almoço fazer uma pool party nossa. ― respondeu sorrindo.

― Chamamos Pedro e Flávio também. ― opinou Jess.

― Perfeito. ― sorri

Logo em seguida, Augusto adentra a mansão de Estevão desesperado procurando por Jessica. Ao ouvir os gritos, saímos todos desesperados da cozinha e corremos para a sala principal. Estevão está abraçado com Augusto, que chora. Jessica se aproxima do pai, o abraça e ele abraça Jess forte. Olho para a porta principal da casa vê-se Megan e Mariana adentrando a casa. As duas nos olham com cara de desprezo e, Megan, aproxima-se de Augusto.

― Meu bem. ― disse Megan acariciando o rosto de Augusto. ― Eu fiquei preocupada contigo, meu amor. ― falou.

― A Maria foi assassinada, Megan. ― disse Augusto chorando.

― Com certeza, devem ter sido os caras que matou o irmão dela. ― falou Mariana.

― Essa hipótese não está descartada pela polícia. ― afirmou Augusto. ― Preciso ir ao necrotério liberar o corpo de Maria. ― disse levantando-se.

― Eu já providenciei tudo. ― contou Megan. ― Acredito que os filhos de Maria já estão no velório dela, amor. ― falou.

― Obrigado. ― agradeceu Augusto dando um selinho em Megan.

Subimos para nossos quartos e nos aprontamos para o velório da empregada de Augusto. Minha mãe estava relutando em ir por conta de Megan, porém, após Estevão insistir muito ela acabou aceitando ir. Fomos em dois carros. Acabei indo com Matheus. Durante o caminho para o velório disfarçadamente, nós dois olhávamos um ao outro de relance. Senti minha respiração ficar ofegante, minhas mãos suarem e minha garganta secar. O que estou sentindo é muito novo para mim, até porque, há pouco tempo eu senti que estou me apaixonando por Marcos, porém, o mesmo só quer brincar com meus sentimentos. Chegamos ao local do velório. Quando estava prestes a descer do carro, meu celular cai do lado do banco do motorista e, minha mão e a de Matheus ficam uma em cima da outra. Nossos olhares se cruzam por alguns minutos e eu retiro minha mão rapidamente. Sai do carro assustado e acelerei meus passos para perto de minha mãe e Estevão.

Os Filhos do Meu Padrasto  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora