Capítulo 31 - Psicopata á solta!

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[Matheus]

Acordei na manhã de sábado pensativo sobre o que havia acontecido com Edu. Levantei, tomei um banho, vesti uma calça jeans, uma camisa florida e um perfume. Fui até o quarto de Gael, peguei umas trocas de roupa, coloquei em uma mochila e fui tomar café. Ninguém em casa havia acordado. Pedi para Vilma preparar umas marmitas de café da manhã para eu levar pro Gael. Vilma trouxe as marmitas e segui para o carro. Durante o caminho, ligo o rádio e o locutor informa que o médico que está cuidando do estado de saúde de Edu, foi assassinado no hospital. Chegando ao estacionamento do hospital, estacionei meu carro e identifiquei-me na recepção. Os jornalistas estavam marcando plantão para entrevistar o diretor e o Delegado responsável pelo caso. As visitas não foram proibidas, porém, as visitas do andar onde aconteceu o crime, estava restrita até retirarem o corpo do local. 

Minha visita não foi barrada por conta que, no dia anterior, eu já havia feito check-in. Avistei de longe o Delegado conversando com Gael, que ao me ver, sorriu.

― Olá. ― cumprimentei Gael beijando seu rosto. ― Trouxe essa troca de roupas e esse cafe da manhã pra ti. ― falei entregando a mochila e as marmitas.

― Obrigado. ― agradeceu Gael me abraçando. 

― Teve notícias do Edu? ― perguntei.

― Ainda não. ― respondeu Gael comendo um pedaço de pão. ― Ramírez foi assassinado essa madrugada. ― falou.

― Eu ouvi no rádio. ― comentei. ― O que está acontecendo? ― perguntei.

― Eu não sei. ― respondeu. ― Gostaria de entender o por que de matar Ramírez e a tentativa de matar Edu. ― falou Gael.

― A maior hipótese é que seja um psicopata. ― respondeu o Delegado. 

Gael e eu olhamos para ele. Este Delegado aparenta ter ao menos, uns 33 anos. Nossos olhares se cruzaram, mas disfarcei.

― Psicopata? ― indagou Gael.

― Provavelmente este assassino está envolvido em algumas mortes em que o assassino não foi descoberto. ― contou. 

― Qual é o seu nome? ― perguntei. O Delegado sorriu de canto, sentou-se na poltrona de frente para mim e Gael. 

― Lorenzo. ― respondeu. ― Lorenzo Fernandes. ― sorriu. ― Com licença, rapazes. ― pediu. ― Preciso resolver algumas pendências na delegacia. ― falou.

Lorenzo caminhou até o elevador, adentrou o mesmo e, antes de a porta se fechar, ele olha para mim e pisca. A porta do elevador se fecha e aquela cena fica presa em minha memória. Assistindo ao  jornal local,  o telejornal anunciava que o corpo de Ramírez ia ser velado e enterrado na Argentina, seu País de origem. Lorenzo aparece dando entrevista e não consigo tirar o olho da TV. Só volto a realidade quando Gael e o novo médico se aproximam.

― Vocês são parantes do Dr. Lacerda? ― perguntou o médico.

― Eu sou namorado. ― respondeu Gael eufórico.

― Bem. ― falou foleando algumas folhas. ― Pelo exames do falecido médico, o Dr. Lacerda encontra-se em coma. ― falou.

― Como está meu namorado, Dr.? ― perguntou Gael.

― Ele está em coma, rapaz. ― disse o médico. ― Agora, só um milagre de Deus para livrar o Dr. Lacerda da morte. ― falou.

― Oh, meu Deus. ― falei.

― Eu me chamo Brendo Junqueira. ― apresentou-se. ― Serei o novo médico do Dr. Lacerda. ― disse e saiu.

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Os Filhos do Meu Padrasto  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora