Capítulo 41 - A morte de Josias

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[Gael]

Acordei pela manhã apenas de cueca. Fazia alguns dias que não dormia por conta que estou no hospital para que quando ele acordasse, eu estaria ao seu lado. Havia se passado duas semanas da tentativa de assassinato. Sentei na beira da cama,respirei fundo e segui para o banheiro. A ficha não havia caído de que meu pai é um psicopata frio e calculista. Durante o banho, a lembrança da minha infância correndo pelo jardim de casa com meu pai e minha mãe. O sorriso doce de minha mãe e o olhar apaixonado do meu pai para ela estavam em minha memória. Comecei a chorar e, de repente, Matheus abre o box do banheiro e me abraçou.

― Por que meu pai está fazendo isso, Matheus? ― perguntei buscando respostas.

― Também gostaria de saber, Gael. ― respondeu Matheus me abraçando.

Terminei o banho e descemos para tomar café. Descemos separados para não dar o que falar. Na sala, minha mãe, Estevão, meus amigos e os irmãos Ivanovitch me esperavam com um sorriso no rosto. Olhei para minha mãe, Estevão e para todos eles. Antes de eu falar alguma coisa, as lembranças que eu tinha com meus pais voltaram em minha memória, porém, logo se perderam. A minha memória agora, fazia questão de lembrar das poucas lembranças que tive com Matheus. Nosso sexo, as brigas  o beijo calmo e a crise de ciúmes. Minhas lembranças são de interrompidas com o celular tocando.

― Número desconhecido. ― falei e coloquei o celular no viva voz.

― Olá, filho. ― disse meu pai. Na hora, um misto de ódio dele veio em mim.

― O que você quer pai? ― perguntei com raiva.

― Eu quero todos mortos. ― respondeu.

― Eu vejo vocês todos se preparando para contar ao Gael que o noivo dele está em casa sob escolta do exército. ― sorriu meu pai. ― Quem será o próximo que vou matar? ― perguntou gargalhando.

― Deixe nós em paz, pai! ― gritei.

― Rebeca. ― chamou. ― Assim que eu desligar este telefone, vocês todos terão 24 horas para me encontrar se não, Pedrinho morre. ― avisou. ― Jessica também é minha refém. ― falou.

― Se tu machucar minha namorada eu te mato desgraçado. ― ameaçou tio Rodrigo.

― Acha que vou machucar uma gracinha dessas. ― gargalhou. ― Ainda mais sabendo que essa ruivinha linda está grávida. ― revelou meu pai.

― Grávida? ― indagou minha mãe.

― Sim. ― respondeu. ― Eu estou com o resultado do exame dela na mão. ― falou. 

― Eu ia contar assim que chegasse em casa. ― falou Jess desesperada.

― Nos ajudem, por favor! ― pediu Pedro desesperado.

― Você tem 24 horas para me encontrar! ― avisou e desligou o celular. 

As buscas para encontrar o esconderijo de meu pai, já havia começado. Sandro, eu e Matheus, seguimos para os lugares mais distantes da zona sul do Rio. Estevão, minha mãe, tio Rodrigo, tia Raquel e Marcos foram para o lado leste. Murillo, Miguel e Marcello, seguiram para o lado oeste. Já, Lorenzo e sua equipe de policiais, foram para a zona norte. Matheus dirigia o carro. No banco do passageiro, o rosto de Edu ainda estava em minha memória e, dentro do carro, comecei a chorar lembrando que, se estivesse conosco, Edu faria de tudo para encontrar Isaac. Sandro segurou minha mão e, dirigindo, Matheus nada falou. 

― Calma, amigo. ― pediu Sandro. ― Assim que encontrarmos seu pai e ele se entregar, todo mundo vai ter paz. ― falou.

― Ele está assim por que acabou o Edu não está do lado dele. ― ressaltou Matheus.

Os Filhos do Meu Padrasto  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora