Capítulo 25 - Confissões de Josias

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[Edu]

As minhas consultas e meus plantões haviam acabado no final do dia. Fazia alguns dias que não via Gael, porém, nos falávamos direto pelo WhatsApp. Os noticiários anunciavam que o pai de Gael não havia morrido e, que está preso na delegacia da Polícia Federal aqui no Rio de Janeiro. Senti-me apreensivo por tudo que está acontecendo, mas, ao mesmo tempo, bravo com Gael porque ele não me falou. Fui até a mansão dos Ivanovitch. Apertei a campainha e Marcos atendeu.

― Boa noite. ― cumprimentei-o.

― Boa noite, Dr. Lacerda. ― respondeu  sério com sua voz grossa.

― O Gael está? ― perguntei sorrindo.

― Está na sala com todo mundo. ― respondeu fazendo sinal para eu entrar.

― Obrigado. ― agradeci.

A seriedade de Marcos me deixou um pouco encabulado, porém, não estou preocupado com isso. Ao passar pela escada, vejo Murillo ao telefone e alguns amigos de Gael perto da escada. Acenei para todos e fui até a sala de estar. Ao me ver, Gael correu e me deu um abraço forte.

― Edu. ― falou Gael abraçado comigo. ― Desculpe. ― pediu. ― Com tudo que está acontecendo, eu não tive tempo de te avisar. ― disse abraçado comigo.

― Não se preocupe, meu anjo. ― falei dando um beijo na testa de Gael. ― Assim que vi nos noticiários, vim te ver. ― falei.

― Obrigado. ― agradeceu Gael, que sorriu.

― De nada. ― sorri.

Gael e dona Rebeca me explicaram que Josias forjou a própria morte por motivos que eles não sabiam ainda e que o avô de Gael morreu nesse acidente no qual ele foi dado como morto. Gael segurou minha mão e eu fiquei atento ao que dona Rebeca falava. Pelo que sei pouco da lei, seu Josias responderá por ter havido uma morte na falsa comunicação de sua morte. Percebi que Marcos nos olhava de canto. Matheus falava com os amigos nos olhando, porém, eu não tinha cabeça para pensar em nada. Afonso Ribeiro, o advogado de defesa de Fred no tribunal, havia sido contratado para assumir o caso de Josias. Gael levantou-se do sofá, me puxou e seguimos para perto dos amigos dele.

― Pessoal. ― chamou Gael sorridente. ― Esse aqui é o Dr. Eduardo Lacerda. ― olhou-me. ― Meu namorado. ― falou sorrindo.

― Satisfação, pessoal. ― cumprimentei-os querendo explodir de alegria saber que Gael me apresentou como namorado.

― Eu sou o Pedro. ― apresentou-se estendendo sua mão. Apertei-a. ― Esse é meu irmão gêmeo Sandro, Jessica, Flávio e Miguel. ― finalizou sorrindo.

Rebeca aproximou-se de mim, colocou a mão em meu ombro e me convidou para ficar com eles para o jantar. Aceitei o convite e me sentei ao lado de Gael. A tia e tio de Gael ficaram conversando comigo. Rodrigo e Raquel são bem legais, porém, protegem muito Gael. Começamos a nos servir quando um homem grisalho adentra a mansão gritando e brigando com duas moças louras. Uma parecia ter uns quarenta e poucos e a outra uns vinte e poucos.

― Você não parece preocupada para um falecido marido que ressuscitou dois anos depois. ― disse a loura de cabelos curtos.

― Isso não é da sua conta, Megan. ― falou dona Rebeca. 

― Tu não vale nada né, Rebeca. ― disse Megan nervosa. ― No colegial ficou grávida de Ângelo e pouco tempo depois, casou-se com Josias com filho de outra barriga. ― falou. ― Piranha, vagabunda, rameira. ― ofendeu Megan. Dona Rebeca deu uma bofetada tão forte na cara de Megan, que a fez cair sobre o sofá. A outra moça vai defender Megan, mas, dona Rebeca esbofeteia a moça. 

Os Filhos do Meu Padrasto  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora