Capítulo 08 - Todos querem Gael

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[Murillo]

As coisas em casa estavam tudo indo bem. Devido eu trabalhar muito e chegar tarde da noite, eu ainda não havia conhecido esse tal irmão. Ficava mais nas Indústrias que em casa. Meu pai está curtindo a vida de casado que não tinha desde que minha mãe nos abandonou. Rebeca é uma mulher doce e compreensiva. Não quer tomar o lugar de nossa mãe e sim nos ajudar. Era sexta-feira de manhã e eu já estava exausto com tamanho trabalho que havia pegado nesses últimos dias. Passei as obrigações para os diretores e gerentes e acabei indo para casa. Precisava de um final de semana com minha família e saber como esse "irmão" é. Adentrei meu carro e segui para casa.

Adentrei a mansão com minha pasta e ia subindo as escadas. Peguei meu celular no bolso e fui até o escritório. Coloquei minha pasta em cima da mesa e sentei-me no sofá. Encostei minha cabeça no braço do sofá, estiquei minhas pernas. Fechei os olhos e, por um segundo, relaxei um pouco. Levantei do sofá, sai do escritório e subi para meu quarto. Dentro do meu quarto, tirei minha roupa social, meus sapatos e minha calça. Adentrei o banheiro, liguei o chuveiro e tomei uma ducha rápida. Enrolei-me na toalha, fui até meu guarda roupa, peguei uma sunga e vesti. Fui até a sacada do meu quarto e vi que o dia estava propício há ficar o dia na beira da piscina. Apesar de morar no Rio de Janeiro, detestava as praias lotadas da cidade. Peguei uma toalha no meu guarda roupa e desci as escadas.

Parecia que meus irmãos resolveram ficar em casa. Escutei um converseiro no quarto de Miguel e resolvi averiguar. Abri a porta e vi Marcello, Miguel e o nosso "meio irmão" rindo e brincando de lutinha.

― Desculpe. ― falei sem graça. ― Não queria atrapalhar a brincadeira de vocês. ― falei e ia fechando a porta.

― Espera Murillo. ― gritou Miguel. ― Se junte a nós. ― pediu. ― Faz muito tempo que não ficamos juntos. ― sorriu Miguel feliz.

Ouvir aquilo de Miguel me deixou bastante feliz. Realmente fazia mais ou menos uns cinco anos que eu e meus irmãos não passávamos um dia juntos. Sorri para Miguel, desarrumei seu cabelo e adentrei o quarto dele. O nosso "meio irmão" me observava discretamente e eu, não por que, retribuía os olhares. Esperei meus irmãos vestir suas sungas e descemos fazemos algazarra pela casa. Januária ficava louca de raiva quando nós fazíamos isso. Só faltava Marcos e Matheus para completar a turma do barulho. Matheus do jeito que adora uma farra ia se enturmar fácil; já Marcos? Esse ia reclamar do barulho.

Meu pai sempre matinha os freezers do quiosque da piscina cheio de cerveja, vinhos e champanhe. Os olhares com meu "meio irmão" ainda continuavam. Decidi aproximar-se dele e fazer amizade.

― Desculpe não aproximar-me de ti para perguntar seu nome. ― sorri. ― Há muito tempo que eu e meus irmãos não ficávamos juntos. ― falei bebendo um gole de cerveja.

― Não se preocupe Murillo. ― sorriu. ― Eu sou seu – fazendo aspas com o dedo – seu meio irmão. ― tomou um gole de sua cerveja.

― Agora falta me dizer seu nome. ― sorri encarando-o. Ele desviou o olhar, mas olhou-me no fundo dos olhos com seus olhos verdes.

― Gael. ― falou sorrindo. Observei que Miguel e Marcello haviam ido à cozinha fazer petiscos, aproximei-me de Gael.

― O cheiro da sua pele é maravilhoso. ― falei sem pudor cheirando seu pescoço. Percebi que ele se arrepiou e eu fiquei um pouco excitado.

Eu não sabia o motivo de estar falando e meu corpo reagindo dessa forma. Nunca havia sentido nada por nenhum homem antes. Disfarcei minha cara de pau, coloquei minha cerveja sobre o balcão do quiosque, corri e mergulhei. Durante o mergulho, fiquei pensando que pode ser a falta de sexo que estou durante alguns dias. Nadei até a metade da piscina e fui para superfície. Nesse momento, vi Matheus tirando sua roupa e ficando de cueca. Ele foi até a geladeira e serviu-se de um copo de vodka. Nadei até a beirada da piscina e peguei minha cerveja.

Os Filhos do Meu Padrasto  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora