Capítulo 37 - Pedido de casamento e Marcos descontrolado

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[Gael]

O meu beijo e de Matheus está calmo e cheio de amor. Nossas línguas se encontram dentro de nossas bocas e, de repente, a porta do quarto abre-se. Nós dois acaba se assustando e, ao olharmos em direção da porta, vemos Miguel, Marcos e minha mãe nos olhando. Um misto de vergonha, desespero e vontade de chorar se apodera de mim. Encarando-me, minha mãe se aproxima de mim, olha nos meus olhos.

― Você não deveria fazer isso com o Edu, Gael. ― falou minha mãe dando-me uma bofetada. ― Respeita o seu namorado. ― disse dando vários tapas.

Marcos segurou minha mãe e eu sai do quarto. O flagrante rendeu grandes comentários dentro da casa dos Ivanovitch e minha mãe, avisou que vai contar o que viu para Edu. Depois de horas trancado no quarto, escuto bater na porta, levanto e vou abrir. Ao abrir a porta, vejo Estevão parado olhando-me.

― Posso falar com você? ― perguntou Estevão calmo.

― Pode. ― respondi fazendo sinal para Estevão adentrar meu quarto.

― Como você se sente? ― perguntou.

― Eu me sinto a pior pessoa do mundo, Estevão. ― respondi segurando o choro.

― Você precisa se encontrar, Gael. ― disse Estevão. ― Se tu ama o Matheus, termina tudo com o Edu e assuma esse amor que sente pelo meu filho. ― aconselhou.

― A essa altura do campeonato minha mãe já deve ter contado para o Edu. ― falei.

― Não contou. ― avisou. ― Eu pedi para ela não dizer nada por que caberia a você contar o que houve entre Matheus e você. ― falou.

― Obrigado. ― agradeci.

― Saiba que se continuar com o Edu, terá que se afastar definitivamente do Matheus. ― aconselhou. ― Não esconda do Edu nada do que aconteceu hoje a tarde. ― disse dando-me um beijo na testa e saiu do meu quarto.

Assim que Estevão saiu, eu fiquei pensando em nossa conversa. Eu estou vestindo um short, camisa cavada estampada. Coloquei o chinelo nos pés, peguei a chave do carro e desci as escadas. Escutei um dos empregados dizendo que Matheus está trancado no quarto e não quer se alimentar. Subi novamente as escadas, bati na porta do quarto de Matheus e ele abriu.

― Não deixe de se alimentar pelo que aconteceu conosco hoje á tarde. ― falei. ― Agora, todo mundo sabe que nós nos amamos. ― sorri.

― Só que você ainda está namorando o Edu. ― falou Matheus.

― Não se preocupe. ― acariciei seu rosto. ― Eu estou indo resolver a questão do meu namoro. ― falei. ― Estou indo terminar com o Edu para ficar contigo. ― contei.

Sorri para Matheus, desci as escadas e caminhei até meu carro. Adentrei meu carro e segui para o apartamento de Edu. Durante o caminho, fui pensando em tudo o que havia acontecido e feito. Está na hora de eu ser sincero com o Edu e dizer que quem eu amo na verdade é o Matheus. Estacionei o meu carro na porta do prédio onde Edu mora, o porteiro liberou minha entrada e segui para o elevador. Apertei o andar onde Edu mora e a porta do elevador se fechou. O elevador chegou no andar. O silêncio do corredor estava sendo quebrado com um som ambiente. A música em si, tocava OneRepublic - Apologize

I'm holding on your rope
Got me ten feet off the ground
And I'm hearing what you say
But I just can't make a sound
You tell me that you need me
Then you go and cut me down, but wait
You tell me that you're sorry
Didn't think I'd turn around, and say...

That it's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize
It's too late

Parei de frente a porta e escutei um pouco da música. Quando ia tocar a campainha, a porta se abre. Meu olhar e de Edu se cruzaram perante o corredor meio escuro. Edu sorriu para mim.

Os Filhos do Meu Padrasto  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora