Capítulo 2

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Não consigo dormir... viro para um lado, elas se mexem... viro pro outro, fico incomodada.

Levanto e vou em direção a cozinha. Talvez elas sosseguem se eu comer alguma coisa, penso eu.

Confesso que a mudança de quarto também ajudou na minha insônia. Matheus e André mudaram nosso quarto para o térreo como pedi.

Talvez seja isso. O lado bom é que a cozinha fica bem mais perto.

Pego um pedaço de torta de frango e me ajeito na bancada da cozinha.

— Lanchinho noturno? — pergunta Guga me dando um grande susto.

— Nossa!!! Quer me matar do coração? — pergunto com o coração acelerado.

— Desculpe. Noiva nervosa?

— Acho que sim... elas também estão agitadas essa noite.

— Não vejo a hora de pegá-las nos braços — diz ele me abraçando por trás, passando duas enormes mãos pela minha barriga e beijando meu rosto.

— Em breve elas estarão aqui... e estaremos casados.

— Reunião familiar? — pergunta André sorrindo, parado só com a calça do moletom na porta da cozinha.

— Fominha noturna — digo.

— O que está comendo de bom? — pergunta ele me dando um beijo na testa.

— Torta de frango, quer?

— Quero um doce... — diz André indo até a geladeira.

— Acho que ainda tem pudim — digo sorrindo.

— Matheus e Renato nos chamaram para sair na sexta-feira... — diz André voltando seu olhar para mim como se pedisse permissão.

— Como assim? — pergunto irônica.

— Despedida de solteiros — explica Guga sorrindo.

— Quer dizer... os dois bonitos vão me deixar em casa pra cair na gandaia com os amigos? Que ótimo!

— Não, amor... não pense assim — tenta me convencer Guga.

— Quando eu te procuro, você foge... aí quer ir numa despedida que, conhecendo como conheço os meninos, vão ter strippers... aí pode? — falo muito brava.

— Manu, já pedimos que não tenha nada que possa te estressar... — diz André.

— Ah, sim! Quanta consideração! Já estou estressada, obrigada!

— Não fala assim gatinha, não quero ver você nervosa! — me abraça Guga com carinho.

— Isso não é justo... vocês estão gatos e belos como sempre foram... eu tô inchada, quase desfigurada, tô me sentindo feia e gorda, com dor e indisposta, tô me sentindo tudo, menos sexy, tenho que ficar uma noite inteira pensando em mulheres lindas e gostosas dançando e sensualizando para vocês... e tenho que ficar tranquila? Não quero e ponto final! — eu me desvencilho de seus braços e saio da cozinha batendo os pés, indo para o quarto.

André pede pra Guga esperar um pouco na cozinha e vem atrás de mim...

— Amor... não fica assim. Não precisamos de despedida, tá bom? E você está linda e nós te amamos do jeito que for... não chora! — diz ele me abraçando.

União Inesperada - Livro 3 (Trilogia: Inesperada)Onde histórias criam vida. Descubra agora