visão periférica

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TRILHA SONORA: HEART ATTACK - DEMI LOVATO

- Então quer dizer que... Está tudo bem? - eu perguntei.

- É... Não disse que está tudo bem, mas... As coisas na escola estão melhorando - Mark falou. - Mas eu não sei exatamente o porquê. Simplesmente estão melhorando. Minha mãe também estava preocupada comigo. Ela disse que eu estava muito trancado no quarto ultimamente.

- Você não foi nos nossos rolês, e agora o Clube Teen, Mark! - Bia falou e ele concordou com a cabeça.

- Eu sei, me desculpem - Mark falou. - Por mais que na escola as coisas estejam melhorando, dentro de mim muita coisa precisa mudar.

- Nada precisa mudar dentro de você! - Bia falou. - Nunca mais repita isso! Te amamos do jeito que você é.

- Bia tem razão - ele respirou fundo e olhou para nós em seguida.

- Me desculpem por sumir, eu prometo que vou voltar a frequentar os eventos do grupo, eu só... Não sabia que vocês sentiriam a minha falta.

- Como não sentiríamos a sua falta? - Bia perguntou retoricamente.

Conversamos muito com Mark, e explicamos para ele que ele era importante para nós, do jeito que era. Fizemos o possível para que ele entendesse de uma vez por todas que... Enquanto estivermos sendo nós mesmos, não estaremos errados. Ou podemos até estar errados, mas... E daí? Enquanto não ameaçasse a segurança da sociedade, estava tudo bem!

🌙💫🌑❤ BIA 🌙💫🌑❤

Eu adorei visitar o Mark naquele dia. Mark nunca foi muito próximo de mim, mas naquele dia eu vi o quanto ele era especial, mesmo de longe.

Dudu foi usar o banheiro enquanto eu e Mark continuamos conversando.

- E qual tem sido o seu maior passatempo? - perguntei.

- Na verdade, tem sido bem tedioso, mas ao mesmo tempo necessário, eu precisava desse tempo sozinho - ele falou.

- Eu entendo - concordei. - Ultimamente eu tenho precisado muito disso, mas não tenho como me fechar de tudo e de todos. Ester me arrancaria de casa a força, você sabe.

- Eu sei - ele riu. - Mas... O que tem feito você querer ficar sozinha?

- Acredite ou não, mas meu maior vilão no momento é a minha vontade de não ficar sozinha - falei.

- Como assim? - ele riu. - O que tem te aborrecido?

- Não tem me aborrecido, Mark - falei. - Tem me deixado louca! Já teve que esconder os seus sentimentos para não magoar as pessoas que você ama?

- Eu acho que sou a pessoa com mais experiência nesse quesito - ele riu.

- Desculpe - falei.

- Não tem problema, algo me diz que sua situação não se trata de pessoas da sua família - ele falou. - Então eu... Não sei se já passei pelo que você está passando, mas posso tentar te ajudar.

- Eu não tenho forças pra esconder o que eu sinto, Mark - falei. - Mas ao mesmo tempo não tenho forças pra contar a verdade. E eu não faço a menor ideia do que fazer em relação a isso!

- Tem a ver com algum menino, não tem? - ele perguntou e meu rosto esquentou. Ele deve ter percebido minha reação, mas eu fiz o possível para disfarçar. - Eu sabia - ele riu. - Vem, vou te mostrar uma coisa.

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