drama estadunidense

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TRILHA SONORA: IN THE NAME OF LOVE - MARTIN GARRIX FEAT. BEBE REXHA)

- Beatrice, faz um grande favor e tire o seu amigo da minha casa agora! - gritei.

- Calma, Bia...

- Agora!

MINUTOS ANTES

- Não importa.

- Claro que importa - ele falou. - Eu tenho que conhecer a concorrência.

- Não existe concorrência, Bruno - revirei os olhos. - Quem me deu isso foi um amigo, eu... Sempre gostei de pandas e ele me deu um, mas está viajando e vai demorar um pouco pra voltar, talvez você nem o conheça. E nada aqui está em jogo, pra que fique claro.

- Ah, Bea me contou sobre os dois irmãos que foram pros Estados Unidos, é um deles?

- Sim - concordei. - O Lucas, o mais velho. O Tiago é o mais novo, mas ele é mais próximo da Anne, se tratando das meninas.

- Entendo, mas... Você gostava dele?

- Isso não é da sua conta - rebati e ele bufou.

- Ok, Bia, estou tentando conversar com você.

- Eu não preciso conversar, ainda mais com alguém que acabou de chegar, eu gostaria que você não invadisse minha privacidade - falei e me levantei.

- Eu pensei que estávamos nos dando bem, qual é o seu problema?

- Eu não tenho problema nenhum, aliás, eu quero ficar longe de problemas - rebati. - Por isso... - abri a porta. - Vai embora, por favor.

🌙💫🌑❤ DANI 🌙💫🌑❤

SEXTA-FEIRA

Repeti a sequência de acordes, mas errei o último e Mark respirou fundo na mesma hora.

- Dani, você fez Si de novo, eu falei pra fazer ! - eu revirei os olhos.

- Eu não tenho culpa, Mark! - gritei.

- E não precisa gritar também - ele falou, nervoso.

- Acho que por hoje já chega - eu bufei.

- Para de ser preguiçosa, já é a segunda aula que você interrompe, não vai aprender nunca desse jeito! - ele começou com a mesma falação de sempre. - Presta atenção, Daniela, você precisa ter foco, e você tá no mundo da lua, e eu não estou tendo paciência pra você. E acredite a minha vontade é sair por aquela porta agora, mas eu prometi que ia te ajudar e estou me esforçando pra isso, tem como você colaborar?

- Eu estou colaborando, você é que não presta pra ser professor - respondi, nervosa. - Não adianta falar que está se esforçando, por que você adora me ver errar as notas e rir da minha cara.

- Isso não é verdade! - ele franziu a testa.

- Claro que é!

- Dani, eu estou sendo obrigado a passar quase uma hora de todos os meus dias do seu lado, você não faz ideia de como eu te enxergo ou o que eu penso de você, mas tenha certeza de que você é insuportável, e que o fato de eu ainda estar aqui é porque eu ainda tenho esperança de que você vai tocar muito bem um dia - ele falou, autoritário, e os olhos dele prenderam os meus insanamente. Mark era ridículo, ele queria me fazer acreditar que ele estava lá porque queria o meu bem, mas o discurso do quarto de hospital não era nada a mais e nada a menos do que puro drama estadunidense.

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