eu não diria aquela frase

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TRILHA SONORA: 8 LETTERS - WHY DON'T WE

Depois de um papo completamente aleatório com a Anne, ela se despediu e levou consigo os desenhos para um trabalho de escola que ela me pediu para fazer. Eu desenhava bem, então geralmente quando todo mundo precisava de ajuda com isso, eu ajudava, contanto que não fosse muita coisa. Ao me deitar, respondi as trezentas mensagens da Rebeca, e depois, as dele:

Bruno: Heeeey!

Bruno: Já me abandonou?

Bruno: Fica online!

Bruno: Eu vou invadir sua casa, me responde.

Bia: Calmaaaa!

Bia: Eu estava com a Anne.

Bruno: Ah, então, vamos sair amanhã?

Bia: Eu tenho que estudar KKKK Não podemos sair todos os dias

Bruno: Não precisamos sair todos os dias, amanhã não significa todos os dias

Bia: Ok, ok, depois que eu terminar tudo

Bruno: Ok, me manda mensagem e eu passo aí

Eu não era o tipo de pessoa grudenta, mas com ele era diferente. Eu não sei se era coisa do momento, mas a impressão que eu tinha era que eu jamais me cansaria dele. Algumas horas depois, quando eu precisava urgentemente dormir, eu só sabia deitar a cabeça no travesseiro e pensar sobre como a noite anterior tinha sido.

Flash Back On

- Eu preciso ir pra casa, vou fazer um favor pra Anne - falei me levantando da grama e limpando a roupa.

- Ah não, faz isso depois - ele me olhou com olhar de súplica.

- Eu não tenho tempo pra fazer isso amanhã, eu tenho que estudar, e além disso, Mark disse que precisava falar comigo depois, então ele vai passar em casa depois que eu terminar de estudar - falei.

- O que ele quer com você? - Bruno se levantou em um pulo.

- E olha lá, ciúme já? - perguntei.

- Eu não tenho ciúme, é que Mark fica na sua cola. Eu tenho que saber o que ele quer, não é? - eu o encarei, séria.

- Já pode parar se estiver pensando em começar com isso, Mark é um dos meus melhores amigos e ele nunca me julgou por ter começado a gostar de você mesmo depois de tudo o que aconteceu com o Lucas, coisa que ele também nunca julgou como outras pessoas fariam por eu estar gostando da mesma pessoa que a minha amiga gostava - ele revirou os olhos.

- Tá, tá bom - ele sorriu, me fazendo sorrir também. - Esquece isso. Então... Eu posso ir com você pelo menos? - ele perguntou.

- Tá, eu vou ter que falar com a minha mãe, então a gente tem que dar um jeito de não ficar estranho.

- Não falou com ela ainda? - ele perguntou.

- Não é tão fácil! - exclamei.

- Ok, a gente não fala nada então, vamos esperar mais um pouco, a gente nem sabe como vai ser daqui pra frente - ele falou. Eu fiquei um pouco insegura em ter que esconder esse tipo de coisa da minha mãe, e muito mais insegura com a parte do "a gente nem sabe como vai ser daqui pra frente". Mas resolvi deixar pra lá.

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