Capítulo 13

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➵ Luke

- Era o voo da Chloe, não era? - acabei por perguntar à Marlene, o que ninguém tinha tido coragem de perguntar.

- Sim - respondeu com a voz trémula.

O meu coração parou de bater durante uns segundos. Agora que tudo se estava a resolver, o avião dela caiu?! Não posso perder a Chloe, mais uma vez é demais. Ela prometeu-me que iria ficar comigo...

- Não! Isto não pode ter acontecido! Eu recuso-me a acreditar!  - exclamei.

Senti a Alex abraçar-me e acabei por abraçá-la de volta. Conseguia ouvir a Marlene chorar enquanto fazia uns quantos telefonemas e também conseguia sentir os soluços da Alex contra o meu peito. Isto era mau demais. Todos nós precisávamos dela, da nossa Chloe. Ela não pode simplesmente ter morrido... Não pode. Ela não me podia ter deixado!

- O que é que vamos fazer? - perguntou a Marlene. - Ela não atende o telemóvel, está desligado, o que significa que entrou mesmo no avião.

- Tenho que ir ter com os meus pais - disse a Alex, separando-se de mim.

- Eu vou ficar aqui, não consigo ir para casa, se não se importarem claro.

- Claro que não.

Reparei no olhar delas - pena. Não queria a pena delas, porque eu tenho a certeza de que ela está bem. Tenho que acreditar nisso e ter esperança. Sei que depois do que aconteceu ontem, ela não me iria deixar.

Luke, não foi ela que decidiu.

Elas as duas saíram para ir ter com os pais da Alex, enquanto me dirigi ao quarto da Chloe. Reparei na moldura da mesinha-de-cabeceira e peguei nela. A minha visão começou a ficar turva e uma onda de dor invadiu-me.

A Chloe estava naquele avião. O avião despenhou-se. Ela pode ter morrido, como pode ter sobrevivido com maus tratos. A Chloe era forte, era uma sobrevivente, pode muito bem ter sobrevido. A minha melhor amiga não desistia facilmente, eu conhecia-a.

Peguei no meu telemóvel e liguei mais uma e outra vez para a Chloe. Infelizmente, ouvia sempre a gravação do voicemail.

Dirigi-me ao quadro de cortiça que ela tinha por cima da secretária. Quando chegara, devia tê-lo remodelado, pois não conhecia a maioria das fotografias. Tinha várias em concertos, em monumentos internacionais (London Eye, Torre Eiffel, Canais de Veneza, Central Station [Amesterdão], Times Square, Broadway), em entregas de prémios, sessões fotográficas e fotos com amigos. Estavam algumas fotografias antigas comigo, com o Calum, com a Alex e com a Samantha. Chamou-me à atenção uma fotografia nossa de quando participámos no musical Grease na nossa escola. Eu era o Danny e ela era a Sandy. (Fotografia na parte de multimédia). Foram boas memórias...

Será que a partir de agora, seria só isto que iria ter dela? Memórias e fotografias? Nunca mais seria capaz de lhe tocar? De ver o seu sorriso? De a ter nos meus braços durante a noite para a proteger?

Não!  Não!  Não!  Eu prefiro morrer a ficar sem ela! Recuso-me!

Chloe

Arrastei a minha mala até ao sítio onde estava o carro do Simon à minha espera. Eu pu-la na mala do carro e entrei para o lugar do passageiro, cumprimentando o Simoncom dois beijinhos.

- Simon, não era preciso nada disto! Já não é a primeira vez que venho a Los Angeles a partir de Sidney.

- Sabes que eu gosto de tratar bem as minhas estrelas - disse, pondo os seus Ray Ban.

If You Say So ➵ Luke Hemmings (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora