Não me deixe

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LÊONIDAS

Acordei e senti meu coração aquecido, olhar Helena debruçada em cima de mim era a realização de um sonho.  Porra, como ela era bonita.

Olhei ao redor do quarto e reparei nos detalhes da decoração em tons pastéis, no tapete felpudo no chão e na escrivaninha feita em madeira lei, fora os quadros motivacionais que decoravam a parede. Era uma mistura de clássico, feminino e era tão meigo que me assustava, mas também era muito aconchegante.

Me levantei, precisava preparar o café. Quando terminava de por as xícaras na mesa Helena passou pela porta e parou para me observar.

_ Gosta do que vê?- Sorri.

_ Gosto, Sr. Vidal.-Fiquei excitado.

Larguei a xícara sobre a mesa e fui de encontro a ela prensando-a na parede, dos seus lábios saiu um leve gemido. Levantei sua perna e rocei meu membro na sua intimidade, todo o seu corpo deixava claro que me queria, mas ela tentou me empurrar.

_ Para, tenho que trabalhar.- ronronou, bufei.

_ Te levo no trabalho.- Resmunguei, ajeitando o meu amigão dentro da cueca.

Sai em direção ao quarto sem dar tempo dela responder. Estava bravo, se eu ainda fosse seu chefe ela teria o dia de folga e nós o passaríamos  na cama, todavia não era assim.

O escritório central dos Museus era de uma arquitetura fenomenal, era emocionante ver um lugar tão belo e tão rico. Sai do carro e abri a porta para que ela descesse , quando entramos uma música suave tocava e onde se olhava podia ver história. Helena tocou meu ombro me tirando daquele desvaneio de admirar aquilo tudo, me senti um menino.

_ Leônidas, se você quiser conhecer o museu fique á vontade. - Sorriu e olhou para o relógio.- Tenho um relatório para terminar.

_ Claro. Almoça comigo? - Ela acenou em concordância e me entregou um cartão.

_ Passe livre em todo centro histórico. - Aceitei, mas não usaria. Eu queria uma guia, e a minha guia estava de saia lápis preta e saltos andando em direção as escadas. Sou educado, esperaria ela desocupar.

Na hora do almoço, voltei para buscar Helena. Estava sentado no hall quando ouvi sua risada, um homem com uma pasta cinza na mão conversava com ela animadamente e ele devia ser um comediante do comedy center de tanto que a minha mulher ria. Estavam de brincadeira comigo! Fui em direção a eles, eu sei quando um homem quer comer uma mulher e cortava o pinto dele antes de chegar na minha.

_ Oi, amor! Já está pronta?- Helena enxugou uma lágrima, pois havia chorado de tanto rir, o palhaço ainda ria também.

_ Sim, já podemos almoçar.- O cara que ela conversava me encarava e eu havia feito questão de não cumprimenta-lo até agora.

_ Olá! Sou Jefrey, e você..? - O filho da puta estava me medindo. O cara queria morrer!Na boa, eu ia juntar esse desgraçado. 

_ Ahh! Jey,  me desculpa, este é Leoni..- A interrompi.

_ Sou Leônidas, o noivo da Helena. - O tal de "Jey" , depois ia discutir essa intimidade da Helena com ele, me olhou com ironia e ela me encarou espantada.

_ Helena  até esse final de semana semana era solteira. - Me encarou e depois olhou para minha mulher - Não sabia que tinha noivado, querida. Se bem que noivo em espanhol é namorado. -Destacou a palavra noivo e continuou - Seu namorado não deve ter domínio da língua. - E sorriu condescendente.

Vou encher a cara desse desgraçado de bolacha,  ele vai perder esses dentes brancos um a um..

_ Falo muito bem inglês, senhor..?- Deixei que ele falasse o sobrenome, queria impor distância.

HelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora