Capítulo 7

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Philippe já nos esperava na saída e assim que aproximamos ele já entra no automóvel, pelo menos não ia bancar o cavalheiro comigo. 

Ainda relutante caminho para perto do carro e no exato momento que levo a mão para abrir a porta de trás, Alice avança em minha frente e já vai entrando.

— Ops!  — ela diz cínica e eu semicerro meus olhos incrédula. Como ela pode fazer isso comigo? 

Ela ainda pagaria por isso.

— Vamos, Emilly. Entra logo!  — respiro fundo e me decido. Quer saber? Não vou bancar a infantil e fazer drama por causa de um mísero banco que não ia influenciar em nada.

Entro no carro e Philippe olha para mim com um sorriso convencido, me fazendo revirar os olhos e assim deu partida no carro. Não adiantava ficar evitando ele, eu sabia que a partir de hoje ele não teria influência nenhuma sobre mim, além de ter conseguido me deixar irritada. 

Durante o trajeto um silêncio predomina no carro. Alice estava concentrada em seu celular enquanto Philippe prestava atenção na estrada e eu apenas viajava em pensamentos.

O bom é que ninguém tentou conversar e não deixou nada mais constrangedor ainda. O silêncio não me incomodava até porque eu não queria conversar com Philippe e ainda estava chateada com a atitude de Alice. 

Eu tinha que seguir em frente e agir como se ele não existisse, assim como vivi todos esses anos.

O caminho nunca pareceu tão longo, eu queria apenas deitar na minha cama e esquecer do mundo. Esquecer de hoje. Esquecer até que eu existo. 

Depois de alguns minutos que mais pareciam ser horas, chegamos ao nosso destino. Ele parou em frente nossa casa. 

— Phil, você foi um anjo! Muito obrigada pela carona. — Alice agradece feliz demais. Não sei se é o efeito da bebida ou ela que estava feliz por seu plano ter dado certo.

— Não foi nada.   — respondeu ele.

— Tchau!  — ela diz apressada.

Enquanto eu tiro o cinto de segurança ela já havia descido do carro sem ao menos me esperar e correu para dentro de casa. 

Mas que vaca! 

Balanço a cabeça negativamente enquanto estrangulo Alice em minha mente. 

— Obrigada pela carona... — agradeço.

Eu já estava abrindo a porta do carro para descer e ficar finalmente livre dele, mas ele segura meu braço me impedindo.

— Emmy...   — olho para ele. 

Seu olhar me prende de uma forma que eu não consigo desviar, o seu toque despertou algo em mim e só agora descobri que eu estava errada sobre ele. Talvez ele não fosse uma pessoa ruim. Era só o meu instinto me alertando sobre o que poderia acontecer. Eu era uma mulher despedaçada e insegura por causa do meu passado.

— Oi?  

— Sobre mais cedo eu queria me desculpar, eu juro não foi minha intenção.  — e todo meu discurso foi por água abaixo. Sua atitude demonstrou que ele se importava e que eu tinha sido uma ingrata com ele e com tudo. Eu nem se quer dei a ele uma oportunidade.

— Tudo bem...  — foi tudo que consegui dizer porque ele continuava a me olhar com aquele olhar indecifrável que tinha a capacidade de me fazer sentir como se eu fosse uma boba.

— É sério. Aquela garota não significa nada para mim. Não aconteceu nada, eu juro. Eu sinto muito por não ter a impedido... Eu só não tive um bom dia hoje e...

— Você não precisa se explicar. — digo e era verdade. 

Ele não me devia nenhuma explicação e eu também não tinha esse direito.

Desde que nos conhecemos nunca houve uma aproximação significativa, ainda mais para uma intimidade ao ponto de dar explicações. 

Somos apenas conhecidos, nada mais que isso.

Philippe aproxima-se de mim e eu posso sentir sua respiração em meu rosto. Meus olhos descem para sua boca que agora parecia mais convidativa do que antes. Nossos narizes se tocam por conta da proximidade e eu já estava suando frio. Com todas as sensações inexplicáveis em mim não fui capaz de mover nenhum músculo, por mais que meu subconsciente gritasse e implorasse para eu me afastar, eu não conseguia.   

Ele leva uma de suas mãos em meu pescoço, seus dedos raspando em minha bochecha onde levemente acariciou e então aproxima nossas bocas fazendo com que seus lábios roçassem nos meus. 

Seus lábios eram tão macios e eu me sentia assustada por querer tanto beijá-lo e saber como é o seu gosto.

Estávamos prestes a iniciar um beijo quando o seu celular toca provocando um susto em nós que rapidamente nos separamos apesar de não querermos isso.

— Ér... eu... melhor eu ir.  — gaguejo toda atrapalhada enquanto ele mexia em seu celular, parecia frustrado e com razão.  — Muito obrigada pela carona. Tenha uma boa noite.  — digo descendo do carro e o olhando pela última vez.

— Boa noite, Emilly.  — ele se despede com um sorriso maravilhoso em seu rosto e eu fecho a porta, porque se ficasse mais um pouco eu não resistiria e faria algo em que me arrependeria amargamente depois.   

Após sair do carro, posso finalmente respirar melhor. Paro na porta de casa por um momento para conter a ansiedade e também recuperar o fôlego enquanto mil e uma perguntas rondavam minha cabeça. Ele iria me beijar? Nós iríamos nos beijar? 

Por incrível que pareça esse pensamento me fez sorrir e meu coração acelerar. 

Com meus dedos trêmulos toco em meus lábios sem ainda acreditar que quase nos beijamos e o mais inacreditável de tudo que eu tinha desejado que acontecesse.


Hey angels

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Hey angels

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All the love,

V. Collins

Corações em Jogo | CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora