capítulo 12 - sa-nə-tē

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Eu acordei com tec tec de alguém digitando no telefone e a vontade de mandar seja la quem for parar com isso era enorme, porem minha voz tinha sumido. Eu sentia minha garganta seca necessitada de água, sentia um peso sobre minhas pernas e minha cabeça latejava de um jeito que parecia que a qualquer minuto ela explodiria.

Abri os olhos com um pouco de dificuldade, havia pouca luz no lugar e o breu tomava conta, pisquei para minha visão se acostumar com a pouquíssima claridade e olhei em volta. Ainda estava no deposito, o peso em minhas pernas se tratava das pernas de Lisa que estavam jogadas por cima de mim. Resmunguei sozinha e o barulho do tec do celular tinha parado, procurei de onde vinha e encontrei Emmet sentado em um puf preto, seus olhos estavam em mim e um sorriso divertido dançava em seu rosto.

- o que aconteceu? - pergunto com a voz arranhada e me sentando no tapete onde eu estava deitada.

- muita coisa - ele respondeu baixo, eu acabei achando shay e jack jogados no sofá abraçados, Dean estava deitado sobre uma mesa de sinuca quase em uma bola humana, Tabitha estava deitada ao lado de Lisa e japa, bem, não tinha o visto.

- minha cabeça dói - falo fazendo careta e levando as duas mãos ate meu cranio, sentindo-o latejar - minha boca ta seca.

- você esta de ressaca - Emmet pegou uma garrafa que estava ao seu lado no chão e se esticou para me entrega-la, eu a peguei e abri-a e engoli a água com urgência - vocês beberam bastante - ele disse, lentamente eu tirei as pernas de baixo das de Lisa e senti uma ardência na canela quando a mesma se esfregou com a da Lisa.

- meu deus -  arregalei os olhos e engasguei com minha própria saliva. Não era um arranhão. minha canela tinha um machucado feio, porem estava limpo - o que foi isso?

- você caiu.

- eu cai? - repeti pasma. Livre de Lisa eu percebi que também estava sem meus sapatos. - cacete - resmungo sozinha. - eu não lembro de nada.

- ruim pra você, bom pra mim - ele disse com ar de divertimento. Eu o olho feio sentindo minha cabeça dar pontadas fatais.

- por que bom pra você? - pergunto e amarro meu cabelo sentindo o mesmo em puro no, outro trabalho que eu vou ter.

- por nada, baby - ele disse ficando serio - quer remédio? passei numa farmácia mais cedo - ele joga uma sacola pra mim com vários comprimidos - ai tem pra todos vocês quando acordarem.

- obrigada - agradeço ainda curiosa com o que tinha acontecido.

- quem ta com esse som alto? - ouço a voz de Tabitha, ela se senta no chão e faz careta - onde estou?

- no deposito - Emmet respondeu enquanto eu engulo o remédio a seco.

- deus, minha cabeça - ela reclama.

- aqui tem aspirina - digo esticando a sacola e a garrafa com água pela metade.

- obrigada. - Tabitha jogou o comprimido na boca e secou a garrafa - que noite.

- você lembra de alguma coisa? - pergunto, ela assente rindo.

- lembro de você pisando em um buraco, como ta sua perna? - perguntou e nós duas olhou pra minha canela, eu dou de ombros. - nossa, foi feio em.

- sim - concordo sentindo minha perna latejar.

- dois mais dois é trinta e dois! - Lisa levantou subitamente, sentando-se sobre as pernas com os olhos arregalados. Eu e Tabitha nos assustamos com a velocidade que Lisa tinha se sentado, ela fez careta pondo as mãos na cabeça.

- jesus, Lisa - Tabitha resmunga - sonhando com matemática de novo?

- foi pesadelo isso sim. Merda por que isso aqui ta girando? - ela fecha os olhos com força e depois pisca rápido.

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