Três dias tinha se passado desde o dia da sessão de filme, meu machucado da canela estava cicatrizando assim como os arranhões na lateral do corpo da shay, tinha já me acostumado com minha mais nova tatuagem e devo dizer que levei esporro da minha tia Annie quando lhe contei sobre a tatuagem quando estávamos conversando.
tia Annie tinha perguntado a Artur se ele queria fazer algo para ocupar o tempo vago durante a tarde e ele disse que iria fazer algumas atividades na escola que tinha, ele preferiu jogar futebol, e todas as segundas, quartas e sextas-feiras, ele ficava na escola ate três hora da tarde. Eu resolvi continuar sem fazer nada por enquanto ate colocar minha cabeça no lugar. Desde o meu desabafo com Emmet eu estou mais sentimental e quase toda noite eu tenho chorado, sentia que não tinha cabeça para fazer mais alguma coisa alem de ir colégio. Tinha conversado com Hannah sobre eu ser líder de torcida já que a mesma veio ate mim para que eu participasse, e devo admitir que foi prazeroso vê-la me querendo com as lideres. Mas eu tive que negar, ela não gostou, claro.
Agora eu estava indo em direção ao colégio de Artur numa quarta feira a tarde, tinha comprado um sorvete e estava na rua do colégio. Uma movimentação chamou a minha atenção, as crianças estavam gritando em uma roda. Eu me aproximei deles abrindo espaço para ver o que estava acontecendo, eu abri a boca quando reconheci meu irmão em baixo de um menino, e antes que o garoto pudesse acerta-lo com um soco eu fui mais rápida e segurei seu braço chamando sua atenção, o puxei de cima do meu irmão e o empurrei pra longe.
- Artur - o chamo ajudando ele a se levantar - o que esta acontecendo aqui?
- ele me bateu primeiro - Artur disse, com o rosto vermelho, o cabelo molhado de suor e sua bochecha com um corte.
- eu não bati nada - o outro disse, eu fiquei em pé para olha-lo, o menino era muito maior que Artur.
- quantos anos você tem moleque? - pergunto ao garoto, que com um sorriso travesso responde.
- doze - ele diz.
- doze? - eu digo incrédula - e isso lhe permite bater em alguém mais novo que você? sera que não tem vergonha? - ele riu - escuta aqui garoto - me aproximo dele - você devia ter vergonha na cara por bater em um menino de dez anos. Eu conheço muita gente que nem você, sabia? valentão. Não é só porque ele é menor que lhe da direito em bater nele.
- minha mãe diz que os mais novos devem respeitar os mais velhos e se não respeitar eles apanham - aquilo parecia o certo para ele.
- então me escuta bem garoto, eu sou mais velha que você - eu coloco minha mão livre sobre o joelho para ficar na sua altura - eu sou irmã daquele menino ali e se eu souber que você chegou perto dele, tocou nele, respirou perto dele ou chegou a pensar nele eu juro que vou atras de você, eu vou ser seu pior pesadelo, vou ser o seu maior medo - o garoto arregalou os olhos - quando você estiver dormindo eu vou esta la, quando estiver escovando os dentes eu vou esta la, tomando cafe opa, olha eu de novo - ele engoliu em seco e se afastou um pouco para trás, pelo canto do olho eu vi outros garotos assustados - se afaste do meu irmão enquanto ainda a tempo - sorrio sínica e endireito minha postura - passar bem - e antes que eu pudesse me segurar eu coloquei o sorvete na cabeça do garoto - vamos, Artur - digo pegando em seu braço e o tirando dali que estava rindo.
- aquilo foi hilario! - ele disse me olhando chocado e com uma certa admiração, eu apertei os passos antes que alguém me chamasse.
- não conta isso pra ninguém - digo, ele concorda ainda rindo. eu não me orgulhava do que eu tinha feito, mas ver aquele sorriso no rosto de Artur me confortava.
Já dentro de casa eu volto a respirar com tranquilidade já que ninguém tinha visto o que eu tinha feito com o garoto.
- por que ele te bateu? - perguntei a Artur e ele abaixou a cabeça antes de responder.
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Vênus
Dla nastolatkówSempre a algo/alguem que possa lhe fazer feliz de novo, ter sua noite de sono regulada, lhe deixar tranquila e relaxada, vai ter sempre uma voz, um rosto, um sorriso que vai lhe fazer sorrir, mas no caso da garota, não haveria apenas só uma voz, ape...