Heey meus amores, como o prometido mais um capítulo dessa fic para vocês. Comentem o que estão achando uh? ❤️
_____________________________________POV Bill
É a primeira vez que saio para comprar roupas e já posso dizer que odeio isso!
Meu pai não tem o mínimo de paciência comigo, sorte que o tio Dave está aqui para me ajudar.
Quando finalmente terminamos as compras - Que por sinal foram enormes - Nos dirigimos à praça de alimentação.
Angel faz os pedidos e logo me vejo comendo um lanche incrivelmente delicioso. Eu jamais havia comido algo assim antes. Em seguida pedimos sorvete e novamente estava incrível.
Eu já disse que amo sorvete??
- Papai, deixe eu experimentar o seu? - Pergunto já tentando roubar um pouquinho do dele.
- Mas você tem o seu, espertinho! - Reclama tentando esquivar. Rio ao conseguir uma colherada do dele.
Meu pai está mais relaxado do que estava hoje de manhã e isso me faz relaxar um pouquinho mais também.
Quando já estávamos quase terminando acabo derrubando um bom tanto de sorvete em minha camisa. Faço bico, eu odeio ser tão desastrado.
- Hey... Parece que se sujou. - Murmura Dave pegando um guardanapo e tentando limpar minha blusa. Olho papai com certo receio mas ele não parece bravo.
- Eu não fiz por mal...
- Sabemos que não... Tranquilo. - Sorri papai me fazendo relaxar. Sorrio e deixo meu tio terminar seu trabalho.
Quando finalmente pagamos a conta nos dirigimos para casa, papai deixa Dave em seu apartamento que não fica muito longe da nossa casa.
- O que achou do passeio filho?
- Eu gostei... Foi divertido. - Sorrio com sinceridade.
- Você não parecia muito animado com as compras.
- Não estava. Você não tem paciência papai. - Falo dando de ombros - Eu não podia experimentar demais que você já estava reclamando.
Papai roda os olhos.
- Você que é fresco demais.
Acabo rindo mas não digo nada. Não demoramos para chegar em casa.
Angel me manda para o banho e eu obedeço prontamente. Gosto muito de banhos, a sensação da água na pele é maravilhosa... Pura.
Não sei quanto tempo fico na banheira, mas tento aproveitar o máximo possível.POV Angel
Uma semana. Faz uma semana que meu filho está vivendo comigo. Embora nos primeiros dias tenha sido extremamente difícil agora as coisas estão mais calmas. Billy é um bom menino apesar do seu histórico sanguíneo.
- Billy? - Chamo entrando na sala. Franzo as sobrancelhas ao ver a bagunça que está aqui. Seus brinquedos - Sim o garoto já é praticamente um homem feito mas nunca havia pegado em um brinquedo na vida. Lhe mostrei alguns e ele simplesmente amou... Acho que está vivendo a infância que nunca teve - os brinquedos estão espalhados pelo chão, quase tropecei em um.
Cerro os olhos respirando fundo, não é a primeira vez que isso acontece.
- William Angel Wolviski! - Chamo em um tom de voz alto e claro.
Espero pacientemente até ouvir passos atrás de mim. Me viro para encara-lo.
- Papai.. O senhor está me chamando? - Pergunta com a voz de bom menino.
- O que significa isso rapaz?! - Aponto para os brinquedos. Ele sabe que eu simplesmente odeio bagunça. Embora desde sua chegada aqui, a casa passe a maior parte do tempo desorganizada.
- Oh... São meus brinquedos papai.
- Eu sei o que são. Não sou idiota rapaz.
- Então...
- Você sabe exatamente que não estou me referindo à isso Bill. - Falo já perdendo a paciência.
- Não precisa se zangar... Só é uma baguncinha.
O pego pela orelha sem prévio aviso, fazendo meu filho se queixar.
- Auch!!
- Nem adianta choramingar, o que conversamos sobre os brinquedos? - Questiono sério o levando até uma das paredes.
- Que eu tenho que guardar tudo depois que brincar papai. - Responde choroso. Suspiro, ele é tão sensível.
- E porque não estão guardados?
- Porque eu esqueci..
Lhe dou uma palmada.
- Trate de não esquecer novamente ou não serei tão paciente com você filho.
- Tá papai... - Murmura com um bico terno nos lábios.
- Cinco minutos com nariz na parede. - Falo dando uma olhada em meu celular. Tenho que fazer uma consulta em quinze minutos.
- Ah não... Eu odeio isso!
- E eu odeio bagunça.
Meu filho roda os olhos e cruza os braços em forma de protesto. Seguro o riso e vou para o meu escritório. Organizo tudo e volto para a sala liberando meu menino do castigo e mandando ele organizar seus brinquedos.
- Arrumar é chato.
- Você também é e eu não fico me queixando a cada cinco minutos. Anda antes que o paciente chegue.
Bill bufa e começa a arrumar tudo em silêncio com com um biquinho nos lábios. Sinto vontade de rir ante essa cena.
Quando ele termina lhe mando subir e não demora para que a campainha toque. Coloco meu jaleco e um sorriso gentil nos lábios ao abrir a porta e constatar que de fato se trata de Timothy, um garotinho de sete anos que já é um paciente frequente.POV Bill
Lá estava eu assistindo TV e comendo caramelos no quarto do meu pai quando sinto uma energia estranha. Tenho certeza que é um anjo, tem o mesmo cheiro do meu pai.
Levanto da cama descalço e corro até a janela de vidro notanto um carro estacionando diante de casa. É um carro vermelho e bem moderno. Logo atrás dele está um mais antigo, puxando para o lado clássico. Trata-se de um Chevy Impala ano 67.
Coloco as mãos no vidro ficando na ponta dos pés para tentar ver de quem se trata. Mas não demora muito para as portas se abrirem, deixando três moços saíram do veículo.
Um deles era loiro e com uma postura de "Fodão". O outro era o mais alto de todos, com cabelos maiores e castanhos. E o último é o mais baixo, branco e usando um sobretudo creme.
É dele que vem a energia angelical.
De repente o anjo volta sua atenção para mim, arregalo os olhos e me afasto da janela. Ele veio me buscar... Todos esses anjos querem isso.
Sinto o olhos marejados e saio correndo em busca do meu pai.
- Papai!!! - Chamo assustado quase caindo nos degraus da escada. Por sorte me agarrei ao corrimão e evitei um tombo. Seria uma cena feia.
Ele disse que estaria com um paciente. Então provavelmente deve estar no escritório.
Invado a sala sem pensar duas vezes dando de cara com Angel examinando um garotinho sentado em uma maca. O pequeno está sem camisa e há uma mulher ao lado dele. Todos os olhares da sala caem sobre mim.
Vejo os olhos azuis de papai faíscarem.
- O que faz aqui William?! Eu não mandei ficar quietinho lá em cima? Papai está trabalhando filho.
- Eu sei eu sei... Mas é importante! Você precisa vir comigo agora! - Falo com certo desespero. Mas isso só serve para irritar ainda mais à Angel.
- Billy deixe o papai trabalhar sim? Depois conversamos. - Murmura soltando um suspiro pesado.
- Não sabia que você tinha um filho Angel . - Comenta a mulher. Parece ser bem próxima do meu pai já que o chamou pelo nome e não por Dr. Wolviski como a maioria se refere ao mesmo.
- É, ele tem. Agora vamos deixar as conversas para depois. Pai...
- Olha os modos rapaz! - Me repreende o mesmo irritado. É tão fácil tirá-lo do sério.
- Papai...
- Se desculpe vamos.
- Mas eu não fiz nada! - Me irrito também.
- Foi rude com a Karen.
- Eu só disse que temos assuntos mais importantes para resolver do que ficar aqui batendo papo! - Respondo bravo por ele não me ouvir.
Angel respira fundo:
- Você invadiu o meu escritório em horário de trabalho, e nem ao menos se dignou a cumprimentar as pessoas! Isso não é educado William! Achei que já tivéssemos conversado sobre isso!
- Mas papai... - Tento interromper com os olhos marejados.
- Silêncio que eu ainda não terminei! - Diz se aproximando de mim enquanto aponta o dedo indicador para o meu rosto. - Você não entende as coisas? Eu mandei esperar lá em cima porque estou trabalhando Bill, você não pode simplesmente chegar e exigir que eu vá brincar com você..
- Eu não quero brincar!!! Eu só queria dizer que...
Papai para de falar ao ouvir meu grito.
- Você acabou de gritar comigo?!
Me assusto com seu tom de voz e nego rapidamente com a cabeça.
- Ah você gritou sim. Olha aqui garoto, acho melhor você subir e me esperar em seu quarto antes que eu decida dar as palmadas que você mercece aqui mesmo!
O olho e passo as mãos nos olhos tentando não chorar.
- Angel.. Não precisa disso. - Se intromete a moça de pele negra.
- Ah precisa sim Karen. Eu já expliquei isso à ele dezenas de vezes, mas parece que o intuito desse menino é chamar minha atenção de qualquer forma.
- Você não se importa comigo... Eles vão me pegar e você não dá a mínima para isso... - Falo com a voz quebrada pouco antes de sair de seu escritório. Sei que papai me mandou subir mas estou com medo de ficar sozinho e o anjo me pegar. Por tanto sento no sofá da sala e abraço os joelhos sem tirar os olhos da porta. Estou com medo... Um medo que não sentia desde que estou vivendo com Angel.
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Entre sombras e luz
FanfictionEle apareceu na porta da minha casa em uma noite qualquer. Seus olhos castanhos. Alguns cortes deixavam-se ver por todo o seu torso. A pele suja de um líquido viscoso e vermelho. Sangue. Ele estava sozinho, carregando apenas dor e ressentimento...