CHAPTER 16: Consequências doloridas

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Boa noite amores, eu iria postar esse capítulo ontem, porém acabei não conseguindo revisar a tempo. Então aqui está, um pouquinho atrasado porém chegou kkkkk
Espero que gostem!

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POV William



   Não posso simplesmente revelar a verdade. Se fizer isso muitas coisas estarão em jogo e ainda não me sinto preparado para encarar tudo isso de frente. É bem mais fácil inventar uma história qualquer e escapar da verdade.
   Confesso que o encontro com Lilith foi uma verdadeira surpresa para mim, eu não imaginei que conseguiria o que desejava tão facilmente. Sei que não é algo definitivo ainda porém já é um belo começo... Uma vitória ao meu favor.
   Nesse momento sinto o olhar irritado de Angel sob mim, estou sentado no sofá de couro enquanto ouço seu sermão.
  — Eu já perdi a conta de quantas vezes te disse para não sair de casa sozinho William. Parece que você escuta por um ouvido e solta pelo outro! – Exclama aparentemente nervoso. E não é para menos... Já estou cansado de ouvir que não posso sair sem ele, nem mesmo se for na calçada de casa. Sei que toda essa super proteção tem um motivo e uma justificativa, mas me cansa. Principalmente quando eu já resolvi parte do problema que lhe preocupa tanto... Não vejo a hora de estar com tudo resolvido, longe de Lilith e livre para sair e fazer coisas que garotos humanos da minha idade fazem.
  — Eu já entendi!
  — Além de desobediente ainda irá gritar comigo??
   Suspiro cruzando os braços.
  — Parece que só gritando para você me ouvir. Eu já disse que entendi ok???
   Okay eu sei que não é o melhor momento para gritar na cara dele toda a minha frustração. Mas caramba, eu tive um encontro importante hoje... Eu só queria poder contar detalhadamente tudo o que aconteceu a ele, queria um abraço apertado e talvez ouvir um "Estou orgulhoso por ter tido coragem de enfrentá-la..." Sei que é pedir demais porém é tudo o que eu precisava nesse momento. Angel não tem culpa, ele não sabe a verdade então não posso julgá-lo por estar me dando uma bronca e tanto nesse momento.
   De repente não vejo vir, apenas sinto Angel segurar em meu braço com firmeza e me levantar do meu assento no sofá. Ah não!
   Ele apoia uma de suas pernas no sofá e com prática faz com que eu me deite sobre ela, de forma em que segura em minhas costas com uma das mãos. Vejo o chão abaixo de mim, seus sapatos negros são praticamente a única coisa em meu campo de visão, sem contar com o tapete claro e um dos meus livros de colorir que está perto do sofá. Sempre tem algum brinquedo meu por aqui, isso é de lei.
   Sinto meus pés saírem do chão enquanto papai não demora para deixar sua mão cair com força moderada sob meu jeans.

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   Mordo o lábio segurando em sua perna com força, sentindo cada palmada impactar com força em meu traseiro.

PLASS PLASS PLASS PLASS PLASS Você acha que pode sair sem permissão e ficar impune?

PLASS PLASS PLASS PLASS PLASS Acha que pode fazer o que quiser passando inclusive por cima das minhas regras?

PLASS PLASS PLASS PLASS PLASS Responda Ariel!

  — Não.. Auu.. – Reclamo sentindo meu bumbum doer, mesmo com a proteção da calça dói bastante. – Mas.. Você não entende...!
  — Eu entenderia se você me explicasse!


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  — Desculpa!! – Tento depois de mais algumas palmadas, ele está sendo bem duro.
   De repente sinto meu pai parar, me segurando pelo braço e fazendo com que eu ficasse de pé.
   Meus olhos estão marejados e me apresso em levar as mãos até o bumbum, esfregando o local. Seus olhos ainda estão firmes, o que significa que meu castigo ainda não acabou...

POV Angel

   Encaro meu filho fixamente durante alguns segundos, ele está esfregando o bumbum de uma forma um pouco desesperada.
  — Abaixe a roupa.
  — Mas...
  — Agora, você irá receber 10 com o cinto.
   Vejo o menino arregalar os olhos e isso me faz temer um pouco. Não quero que ele sinta medo...
  — Mas... Mas não é justo!
  — Você realmente não tem noção do quanto me preocupou saindo desse jeito com tantos inimigos a sua procura não é William?
   O vejo morder o lábio e assentir levemente com a cabeça, não gosto de ser tão duro com o meu pequeno, porém sei o quão necessário isso é. Meu filho precisa de limites e eu sou o único que posso lhe dar tais limites. Não é a primeira vez que Billy sai sem permissão, só espero que seja a última.
   Ao ver que ele não irá me fazer caso decido tomar a iniciativa e puxá-lo para mais perto, com cuidado levo minha mão até seus jeans e o puxo para baixo juntamente com sua cueca.
  — Se apoie no sofá.
  — Assim não papai...
  — Obedeça filho. Quanto antes terminarmos isso melhor.
  — Eu disse não!! – Exclama ele tentando sair do meu agarre enquanto sinto uma brisa gelada dentro do comodo.
  — William se acalme...
  — Eu não quero me acalmar! Você vai me bater e eu não quero!
   Respiro fundo quando vejo as luzes do lustre explodirem. Se já é difícil lidar com garotos malcriados humanos, imagine lidar com garotos malcriados não humanos. É como se tudo triplicasse.
  — Ariel William Wolvisky! – Advirto não gostando nada do que está acontecendo. – Pare já com isso!
  — E se eu não quiser??
  — Aí o papai terá que ser mais firme com você, é isso que quer?
   Billy nega levemente com a cabeça e aos poucos o ambiente vai voltando ao normal. Vejo ele abaixar a cabeça visivelmente envergonhado.
  — Desculpa papai...
  — Venha, antes que eu decida aumentar seu castigo.
  — Mas com o cinto vai doer..
  — Serão apenas dez, e você sabe que esses objetos humanos não causam nem metade da dor que os nossos objetos místicos podem causar.
   Meu filho arregala os olhos e se apressa em se tombar no sofá.
   Billy já está com as nádegas rosadas por conta das palmadas que recebeu há apenas alguns minutos atrás. Seu bumbum acabou ficando bem empinado por conta da posição em que ele se encontra.
   Tiro o cinto com agilidade e seguro a fivela para não correr o risco de machucá-lo acidentalmente. Seguro em suas costas e sem prévio aviso começo com o castigo.

ZAS ZAS ZAS ZAS ZAS

   As cinco primeiras cintadas caíram fortes e rápidas.

ZAS ZAS ZAS ZAS ZAS
 

   Termino ouvindo o choro baixo do meu bebê... Respiro fundo soltando o objeto e o ajudando a se levantar. Rapidamente sinto meu anjinho pular em meus braços apoiando o rosto em meu peito e segurando minha camiseta com força.
  — Meu bumbum papai... Tá queimando. – Choraminga ele me abraçando forte. Acaricio suas costas suavemente.
  — Eu sei bebê... Eu sei. Mas espero que isso tenha servido de lição.
  — Serviu!!
   Deposito um beijo em sua cabeça e ajudo ele a colocar a boxers de volta.
  — Agora você ficará sentadinho no banquinho até o papai dar permissão para você sair ok?
  — O banquinho não papai.. – Choraminga batendo o pé no chão – Você já bateu..
  — Eu castiguei e isso ainda faz parte do seu castigo neném. Enquanto papai dá uma organizada na sala você fica no banquinho ok?
   Vejo um biquinho se formar em seus lábios enquanto ele caminha até um dos cantos da sala.
   Há um banquinho de plástico transparente ali, ele já sabe que é seu cantinho do castigo. O banco em si é bem alto e o mesmo precisa de um impulso para subir. Vejo ele dar um pulinho assim que seu bumbum toca o material. Billy fica de frente para a parede e de costas para mim.
   Hoje Dave ficou de vir aqui e eu preciso organizar essa sala antes do meu melhor amigo chegar. Coloco todos os brinquedos do meu pequeno que estão em um canto da sala dentro de seu baú. Pego sua calça que estão no chão e deixo sob o sofá, em seguida arrumo as almofadas.
   Quem diria que ter um filho em casa daria tanto trabalho?
   Dou uma olhada em direção a ele e o vejo se mover um pouco.
  — Papai, vai demorar??
  — Dez minutos filhote.
   Ouço o mesmo bufar baixo e rodo os olhos.
   Espero os dez minutos se passarem e caminho até meu filho.
  — Vem cá bebê...
   Billy não demora para obedecer pulando em meus braços. O abraço forte fechando os olhos.
  — Desculpa...
  — Está tudo bem meu amor, papai já te perdoou. Eu te amo tanto sabia? Não sei o que faria se algo tivesse lhe acontecido.
  — Sabia. – Murmura sorrindo levemente – Eu também te amo muito... Prometo que não sairei mais sem sua permissão.
   Por alguma razão não consigo acreditar nisso... Ele é tão impulsivo às vezes que fica difícil acreditar. Mas não comento nada, apenas sorrio e lhe encaminho para o banho. Daqui a pouco Dave chega e não quero estar ocupado com banhos e deixá-lo esperando.
  

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