Hey amores, como estão? Demorei mas voltei ksksks
Espero que gostem desse capítulo, votem e comentem se tiverem gostado ❤️__________________________________
POV Angel
Meu melhor amigo realmente é o único capaz de me fazer relaxar em momentos tensos como o que estou passando. Ele conseguiu me tirar de casa e me trazer para o parque aqui no nosso bairro. Disse que seria bom para o meu filho e para mim também...
— Papai eu quero aquilo ali! – Ouço a voz de Billy segundos antes de ver ele correndo até o banco onde estamos sentados. Seu rostinho está alegre e um sorriso grande toma conta de sua face.
Olho na direção que ele aponta e vejo um carro de algodão doce.
— Cara, não precisa correr tanto assim. – Murmura Josh se aproximando de nós. Eles se dão tão bem...
— Aqui. – Lhe entrego vinte dólares ao ver que não tenho trocado. – Compre para você e para o Josh. E me traga o troco uh?
Vejo meu menino concordar com a cabeça e correr até o carrinho juntamente com seu melhor amigo.
— Os dois se dão tão bem.. Já pensou em quando irá colocar o Billy no colégio?
— Eu não sei... Ainda é cedo para pensar nisso.
— Mantê-lo em casa durante tanto tempo não irá lhe fazer bem Angel. – Adverte David.
— Cara não se preocupe, eu posso lidar com ele. – Resmungo baixo.
— Você sabe que uma hora irá ter que deixá-lo sair não é?
— Ainda não é essa hora.
— Não adianta tentar evitar Angel...
— Dave não é seguro para ele aqui fora. Quando for eu prometo que pensarei a respeito. – Digo rodando os olhos. Ele é tão insistente que às vezes me irrita.
— Aos seus olhos nunca será seguro o suficiente não é?
— Nunca é uma palavra forte para um anjo não acha?
Ele solta uma gargalhada e balança a cabeça me fazendo rir.
— Você é engraçado Dave. – Sorrio vendo as crianças voltarem correndo, William parece tão feliz, ao parecer meu menino já esqueceu-se do castigo que recebeu mais cedo, acabei lhe questionando sobre o local aonde havia estado nesse tempo que ficou fora de casa. Mas Bill só me disse que ficou passeando pelo bairro, obviamente essa história me pareceu muito estranha.
— Quer algodão doce papai? – Pergunta meu filho realmente contente enquanto senta em meu colo. Rio baixo ao ver que ele não se importa de fazer isso em público. Lhe abraço sem conseguir me conter.
— Não quero bebê, pode comer.
Ele sorri colocando um pouco na boca e estendendo a mão para mim. – Olha o que eu comprei.
Estranho ao ver o objeto que o mesmo segura em mãos. Trata-se de um jogo para Xbox, na capa há algumas imagens violentas que me fazem franzir o cenho.
— Um jogo?
— Não é qualquer jogo não. É o mais legal de atualmente papai. – Conta ele dando pulinhos de animação.
— Por acaso eu mandei você comprar isso?
— Não... Mas..
— Mas nada rapaz. Acha que pode fazer o que quiser e quando quiser?
— Não senhor...
— Então vá devolver isso.
— Mas...
— Eu mandei devolver William. – Falo mais sério deixando bem claro que não aceito uma contra resposta.
Meu filho forma um bico fofo nos lábios e concorda com a cabeça.
— Duvido muito que eles aceitem. Compramos em um camelô de esquina. – Diz Josh dando de ombros. Respiro fundo olhando meu melhor amigo, esse sobrinho dele não está sendo boa influência para o meu filho. E isso está bem óbvio.
— Desculpa papai... Eu não achei que você fosse ficar tão bravo. É apenas um jogo... Desculpa ter desobedecido..
Suspiro baixo olhando meu menino. Ele realmente parece arrependido e tenho certeza que se eu continuar com a bronca acabarei lhe fazendo chorar. E eu definitivamente não quero isso.
— Tudo bem... Eu sei que não fez por mal meu bem. Mas você precisa pensar antes de agir. – Lhe explico suave acariciando seu cabelo como forma de consolo – Esse jogo nem é original meu filho, pode estragar seu aparelho.
— Eu não sabia...
— Eu sei.. Você ainda é novo nesse mundo. Mas quando o papai disser algo quero que ouça sim?
— Sim senhor... – Murmura baixinho.
Decido lhe dar três palmadas de advertência, apenas para reforçar o aviso.
PLASS PLASS PLASS
— Nada de fazer o que der na teia sim? – Aviso o puxando para um abraço. Noto que somos observados por várias pessoas que passavam pelo local no momento. Não me importo.
Billy se encolhe em meu colo choroso e esconde o rosto em meu peito.
— Tio, você não pode bater nele assim...
— Joshua não se meta. Você também errou, provavelmente incentivou o Billy com essa coisa de comprar o jogo. Saiba que isso foi muito errado. – Ouço a repreensão que meu melhor amigo lança ao sobrinho.
— Aff tio Dave, o Billy já é grande e sabe muito bem o que faz. Eu não obriguei ele a comprar o bendito jogo. Só disse que era um jogo legal e que seria legal se tivessem um para passar o tempo. – Explica-se o menino em um tom de voz manhoso. Ele é tão mimado...
Respiro fundo desviando a atenção dos dois e encarando meu filho.
—Termine seu algodão filhote.
— Não quero mais..
— Ah filho, não me diga que vai ficar de bico por causa disso.
— Você me bateu... De novo.
— Eu te dei três tapinhas que nem coçaram. Não seja dramático vai.
— Mas doeu!
— Claro que doeu, é um castigo.
Lhe balanço enquanto falo, sei que isso lhe acalma.
— Mas foi na frente das pessoas papai.
— Desde quando você tem vergonha?
O menino cora um pouco voltando a esconder o rosto em meu peito.
— Desde que eu entendi que as pessoas da minha idade não apanham mais dos pais no bumbum.. – Murmura com certa timidez.
Era só o que me faltava.
— Primeiro, você apanha aonde aprontar. Segundo, você não é todo mundo e terceiro, você nunca mais verá a maioria das pessoas que te viram. É uma cidade muito grande e mesmo se te virem por aí, ninguém irá se lembrar. – Falo mais suave tentando tranquiliza-lo.
— Mas eu sou grande..
— Não, você é uma criança se comparado a mim. – Aviso beijando sua cabeça – Agora termine seu doce antes que as formigas ataquem.
Isso faz com que meu pequeno comece a comer, o que me alivia um pouco. Espero que ele deixe essa vergonha boba de lado e aproveite o passeio.
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Entre sombras e luz
FanfictionEle apareceu na porta da minha casa em uma noite qualquer. Seus olhos castanhos. Alguns cortes deixavam-se ver por todo o seu torso. A pele suja de um líquido viscoso e vermelho. Sangue. Ele estava sozinho, carregando apenas dor e ressentimento...