CHAPTER 18: Alguns exemplos

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Boa tarde meus amores, como vocês estão? Aqui está mais um capítulo e espero de coração que vocês gostem ❤️
Estou pensando em fazer att dupla hoje, me digam se querem ;D

PS: Amores a história irá acabar dentro de pouco mais de dez capítulos, já estou escrevendo os últimos. Gostaria de saber, vocês querem uma segunda temporada? Ou podemos encerrar com apenas uma? A resposta de vocês irá decidir o final.
Beijinhos e até breve ❤️

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POV William


   Hoje o dia foi bem cansativo, papai ficou conversando com tio Dave até tarde, pareciam estar falando sobre algo realmente sério. E embora temas assim chamem minha atenção, sei que se fosse pego bisbilhotando atrás da porta iria acabar indo dormir com a bunda quente.
   Angel é ótimo comigo... Ele cuida de mim, é carinhoso e cuidadoso. Porém quando está bravo ele não tem dificuldade em me castigar. Obviamente seus castigos são moleza se comparado com os que eu recebia no submundo. Lá as coisas eram difíceis... Muito difíceis. Aqui as coisas são calmas e os momentos em que acabo sendo castigado são no máximo desconfortáveis. A dor não demora muito para passar, e até alguns dias atrás eu não entendia muito bem porque levar uns tapas no bumbum era considerado um castigo. Parecia algo tão simples e indolor.
   Porém convivendo com os humanos entendi melhor, o pudor faz parte da existência humana. E embora eu não tenha praticamente pudor nenhum entendo seu significado.
   No momento estou deitado no sofá comendo pipoca enquanto papai fala ao celular com alguém. Já faz mais de vinte minutos que ele está nisso.
   Apenas observo de longe, tentando manter minha curiosidade escondida. Ele não comenta comigo as conversas que tem com os caçadores ou coisas relacionadas ao seu trabalho. Pensar nisso faz minha consciência doer um pouco menos por mentir a ele sobre Lilith. Sorrio ao ver o mesmo desligar o aparelho e seguir até onde estou. Angel se joga no sofá.
  — O que foi? Parece irritado. – Murmuro me movendo para subir no colo dele. Sento em suas pernas me aconchegando ali com o pote de pipoca no colo.
  — Os Winchesters... Estão alegando que Lilith está mais perto do que imaginamos.. – Solta ele me olhando durante alguns segundos – Tem certeza que não a viu?
  — Absoluta... – Minto após ponderar minhas próximas palavras – Caso contrário você já estaria sabendo papai... Sabe disso.
  — Eu não sei Ariel. Sinceramente. Você não está sendo totalmente sincero comigo e Castiel me garante que você sabe sobre ela...
  — Castiel não sabe de nada! – Digo um pouco alterado. Quem esse anjo pensa que é para se meter em minha vida?
  — Abaixe o tom de voz para falar comigo moço. Não estou gritando com você, estou?
   Nego com a cabeça sabendo que ele tem razão.
  — Desculpa... Eu só não me sinto confortável em saber que um estranho está se metendo em nossas vidas.
  — Ele não é um estranho.
  — Mas também não é um amigo.
   Papai solta um suspiro e volta sua atenção para o aparelho de tv que está suspenso no painel na parede.
   Apoio a cabeça em seu ombro fechando os olhos com certa sonolência. Sinto ele me abraçar de forma protetora e um leve sorriso escapa de meus lábios. Eu gosto desses gestos de carinho que ele demonstra... Por alguma razão me passa uma sensação de segurança e proteção. Como se de repente eu não tivesse mais que me preocupar com nada... Que ele sempre estará a cargo de tudo.
   Minha vida ao lado de Angel é como uma utopia que eu sempre desejei e nunca pude ter. Embora ele seja um pouco rígido demais para o meu gosto, sei que ele me ama... Independente do que eu sou.
   Fico com ele durante um bom tempo, apenas aproveitando o momento.

POV Angel


   Ariel é o meu filho... E eu não tenho certeza se posso de fato confiar nele. A confiança é algo que se conquista... E ele não está fazendo muito por merecer. Sinto que ele está me escondendo algo... Eu conheço o meu filho bem o suficiente para saber disso.
   Suspiro baixo olhando meu bebê que este deitado no sofá, com a cabeça em minhas pernas enquanto acaricio seu cabelo suavemente. Ariel está com um dos dedos na boca e seus olhos estão fixos no desenho animado que passa na TV. Não sei porque ainda me surpreendo pelo fato dele gostar tanto de desenhos animados. Meu menino gostou tanto do passeio de hoje... Talvez eu devesse levá-lo para sair mais vezes. Afinal ele mal conhece o mundo ainda...
  — Hey bebê... O que acha de irmos ao zoológico amanhã?
  — Zoológico? – Pergunta ele confuso enquanto desvia a atenção da TV e a direciona para mim.
  — Isso. É um local aonde vários animais estão abrigados. As pessoas sempre podem ir lá para conhecê-los. – Explico resumidamente para que ele entenda.
  — Eles estão presos lá?
   Pelo seu tom de voz posso perceber que Ariel não gostou muito de receber essa informação.
  — Estão... Mas não são maltratados, lá eles são muito bem cuidados, ganham um lar, refeições decentes... – Tento explicar e vejo meu filho fazer uma careta.
  — Está querendo justificar isso?
  — Heey não fui eu que criei os zoológicos ok? – Me defendo notando seu olhar ameaçador. Acho que nunca vi esse olhar nos olhos dele antes. Isso é um problema?
  — Eu adoraria conhecer esse tal de zoológico. – Diz após alguns segundos, com uma doçura na voz que não condiz em nada com o fogo em seus olhos.
  — Você quer ir...? – Pergunto meio desconfiado. Ele não pareceu muito feliz com o que eu contei.
  — Quero... Eu fiquei curioso e quero ver como os animais vivem... – Se justifica calmamente, voltando sua atenção para a TV – Podemos ir?
  — Podemos sim filho. Tem um não muito longe daqui.
  — Perfeito. – Sorri ele ainda olhando a TV. Segundos depois ouço-o rir como consequência de uma das cenas do desenho. – Olha papai! O gatinho ficou todo quadrado! Acho que é Tom o nome dele...
  — Acertou. – Sorrio olhando a TV. Está passando Tom&Jerry.
  — O Jerry é muito irritante, eu acho que o Tom poderia pegá-lo. – Murmura apontando para as duas personagens, Tom está correndo atrás do Jerry que logo se enfia em um buraco na parede.
  — Você quer que ele coma o Jerry??
  — Não papai! Eu não quero que ele mate o ratinho. – Se horroriza meu filho – Eu só acho que o Jerry merecia uma boa lição. Ele provoca muito o Tom!
   Rio baixo, ele parece tão indignado nesse momento.
  — Umas palmadas talvez? – Pergunto em tom de brincadeira.
  — É uma boa solução. – Diz pensativo – Iria fazê-lo pensar bem antes de aprontar neh?
  — Certamente. – Rio baixo por sua ingenuidade. Tudo o que meu filho considera errado ele acha que umas boas palmadas iriam resolver. Acredito que ele tenha associado atitudes malcriadas ou erradas a esse tipo de punição. Já que eu utilizo esse método com o mesmo.
   Claro que não o castigo tanto assim, às vezes apenas duas palmadas no bumbum e uma bronca já servem quando a falta não é muito grave.
   Acaricio seu cabelo ouvindo o mesmo se queixar que tudo era muito injusto com o Tom, meu menino é tão inocente... Acho que a mistura dos genes angelicais com os genes demoníacos resultaram nisso. Em vários momentos ele é extremamente ingênuo como muitos anjos... E em outras situações consegue ser bem esperto e estratégico como Lilith...
   Suspiro baixo e balanço a cabeça querendo não pensar nessas coisas agora. O que importa é que ele está feliz e eu quero que as coisas continuem assim.



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