Olá amores, tudo bem com vocês?
Aqui está o capítulo de hoje, um pouco maior. Espero que gostem ❤️
______________________________________POV Angel
Quando eu cheguei na terra há tantos séculos atrás não imaginava que minha vida seria como é hoje. Não imaginava que fosse construir uma vida humana tão completa, não imaginava que meu melhor amigo seria um ser humano e não imaginava que minha família angelical fosse aceitar isso tão bem. Eles não possuem um histórico positivo nesses casos, mas quem me expulsou de lá foram eles... Ainda assim alguns de meus irmãos ainda matem contato, provavelmente contra a vontade da maioria. Para eles eu não mereci a punição... Mas eu discordo. Meus erros foram tão grandes... E hoje possuem uma consequência viva.
Desde que William chegou até mim, minha conexão com os poucos anjos que ainda me apoiavam caiu completamente. Não que eu precise de atenção agora, o que menos quero é que elas apareçam e descubram que Bill está aqui. Se é que já não sabem...
Suspiro baixo quando vejo William sair do banheiro apenas com uma toalha com a estampa de dálmatas enrolada na cintura. Seus cachos ainda estão úmidos, o olhar terno fixo em mim. É incrível o fato dele aprontar tanto e seguir com essa expressão inocente. Preciso me manter firme a não ser que eu queira uma criança sem limites que acha que tem o direito de fazer o que bem deseja. E as coisas não são bem assim. Pelo menos não serão, não comigo aqui para guiá-lo. Por mais que me doa ser firme com o meu pequeno, eu serei sempre que for preciso.
— Venha aqui meu filho. – Chamo notando que o mesmo ainda está molhado e por consequência disso acabou deixando um rastro de água por onde veio. Depois eu cuido disso.
Bill se aproxima lentamente sem desviar os olhos de mim, pego o pijama que separei para o mesmo, é um dos que compramos recentemente e por sinal um dos favoritos do meu bebê. Possui estampas de ursinhos e o tecido é folgado e confortável. Consiste em uma blusa de mangas e uma calça.
Billy concentra sua atenção no objeto que está ao lado do pijama em cima da cama, trata-se de uma escova de cabelo grande e pesada feita de madeira e moldada no formado retangular. Possui detalhes dourados e as cerdas bem estruturadas. É muito antiga, com mais de um século. Era de uma antiga humana com quem acabei tendo um curto relacionamento amoroso, jamais pensei que fosse usar esse objeto com o fim no qual irei.
Tiro a toalha de sua cintura me dispondo a seca-lo cuidadosamente e em completo silêncio, assim que vejo que seu corpo está completamente seco pego a blusa:
— Levante os bracinhos. – Peço vendo-o obedecer prontamente, com facilidade coloco a blusa no mesmo deixando a calça de lado. Afinal ele não irá precisar dela nesse momento. – Muito bem, quero que me diga quem te deu esses cigarros.
— Foi o Josh papai.. Mas não fique bravo com ele...
— Irei avisar o Dave, aparentemente aquele menino não está com as melhores companhias. – Indago após pensar um pouco. – Você sabe porquê papai irá castiga-lo?
— Eu sei... – Responde segurando a barra da blusa com certo nervosismo.
— Então me diga. Em alto e bom tom minha criança. – Peço sério porém sem alterar o tom de voz. Aprendi que antes de castiga-lo a melhor coisa que posso fazer é me certificar que o mesmo saiba bem o motivo de eu estar fazendo isso. Fazê-lo refletir e admitir seus erros é um aprendizado que fará o mesmo entender meus motivos da melhor forma possível.
— Porque eu fumei um cigarro papai. – Responde sem tirar os olhos da escova.
— E isso é certo?
— Não senhor. – Exclama negando com a cabeça em seguida, como se quisesse realçar suas palavras.
— Por que isso é errado filho?
— Porque pode me prejudicar de muitas formas diferentes.
— E você sabia que isso era errado antes de fazer? – Questiono segurando seu queixo delicadamente para que o mesmo me encare.
— Sim... Eu sabia.
— Muito bem, então o que irá acontecer agora? – Pergunto ainda suave. Vejo Billy morder o lábio inferior.
— Papai vai me castigar...
— Como?
Okay, sei que são muitas perguntas e sei que é uma tática infantil, mas como eu disse. É um dos meus métodos e funciona com ele.
— Você vai bater no meu bumbum..?
Assinto puxando um pouco as mangas de minha blusa até os cotovelos e com um gesto delicado o deitando de bruços em meu colo. Lhe acomodo bem para que o mesmo fique o mais confortável possível considerando a situação, sua pele é muito clara e qualquer coisa já deixa marca, por isso não posso evitar de pensar que em menos de dois minutos seu bumbum irá adquirir uma tonalidade já avermelhada. Não queria ter que fazer isso...
Billy está com o peito sobre a cama e rapidamente esconde o rosto entre os braços. Respiro fundo puxando um pouco sua blusa para cima e optando por começar sua punição com a mão.
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT
Sou bem rápido nas palmadas, depositando uma sequência de dez na nádega direita, dez na esquerda e dez no centro. Repetindo o processo com força moderada.
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT Não quero te ver com um cigarro em mãos novamente pequeno anjo.
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT Como você disse, isso é prejudicial e não é algo para crianças.
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT Não quero saber de você fazendo coisas por influência dos seus amigos.
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT Você já entende e é responsável por suas escolhas. Se Josh está fumando você não fará igual.
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT Espero que esteja entendendo meu filho.
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT Fui claro criança?
Nesse momento o traseiro do garoto está em um forte tom rosado, já indo para a coloração vermelha. Posso sentir o calor emanar de suas nádegas, minha mão provavelmente não é a única a estar queimando nesse momento.
— S-sim papai.. – Choraminga Billy em um tom de voz choroso e baixinho. O mesmo já deve estar chorando, mas sem escândalo pois ainda não ouvi nenhum soluço.
Faço uma pausa curta pegando a escova devagar para lhe dar um tempo antes de continuar. Meu filho é forte e bem tolerante a dor, mas quando lhe dou palmadas ele fica bem mais sensível e o choro acaba vindo logo. Sei que já lhe machucaram de muitas formas possíveis e isso o fez resistente a muita coisa. Mas esse tipo de castigo que estou lhe aplicando não lhe machuca. Não de verdade. Meu intuito nunca foi machuca-lo... Eu jamais faria isso.
— Espero não ter que repetir essa conversa com você meu filho. – Suspiro tomando força para terminar esse castigo de uma vez por todas. Levanto e mão e com força moderada deixa a escova cair sob seu bumbum repetidas vezes.
PLOF PLOF PLOF PLOF PLOF
Bill bate as pernas provavelmente no ar se movendo em meu colo enquanto deixa pequenas queixas escaparem.
PLOF PLOF PLOF PLOF PLOF
— Auu!! Papai eu entendi!!!
PLOF PLOF PLOF PLOF PLOF
— Eu espero William.
PLOF PLOF PLOF PLOF PLOF
Billy tenta sair de meu agarre soltando um gritinho depois da última sequência.
PLOF PLOF PLOF PLOF PLOF
— Aii!! Isso dói muito papai!!! Eu não faço mais!!!
Suspiro tentando lhe conter, Bill está se mexendo demais e embora eu tenha força para contê-lo posso acabar lhe machucando se acertar o lugar errado. Com ele se movendo tanto fica difícil. Sei que esse comportamento se deve a escova, é um instrumento aparentemente bem eficiente.
Seguro ele pelo bíceps fazendo o mesmo se sentar em meu colo. Dessa forma consigo lhe conter muito melhor. Bill se agarra com força ao meu corpo, escondendo o rosto em meu pescoço e chorando baixo. Respiro fundo abraçando ele com o braço livre enquanto lhe viro um pouco de lado. Com a escova ainda na outra mão aproveito a posição para encerrar o castigo:
PLOF PLOF PLOF PLOF PLOF
Deixo mais cinco escovadas caírem em seu bumbum, William me aperta com força começando a soluçar. Tenho certeza que depois dessa esse garoto nunca mais irá querer colocar um cigarro na boca.
Deixo a escova na cama e lhe abraço com intensidade.
— Shh já acabou meu anjinho, já acabou. – Digo suave enquanto lhe balanço suavemente. – Você foi muito valente, enfrentou o castigo muito bem...
— Você já me desculpou? – Pergunta me olhando com os olhos vidrosos e o rosto levemente rosado.
— Eu sempre irei lhe perdoar minha criança. Não importa o tamanho do seu erro. – Admito suavemente sabendo a verdade que tais palavras carregam.
Isso parece lhe tranquilizar um pouco, a próxima hora pesso consolando o meu bebê, lhe mimando o máximo possível exatamente como costumo fazer depois de um castigo.
Sei que William precisa disso para se acalmar e se sentir melhor, e a verdade é que o consolo não serve unicamente para ele. Também serve para mim, castiga-lo não é tarefa fácil. E tudo o que desejo depois disso é fazer o meu menino sorrir, tentar limpar qualquer rastro de lágrima ou dor que possam estar ali. Esse é o meu propósito.
POV Bill
A nudez nunca foi um problema para mim, pelo menos não quando se trata de Angel. Eu não me importo de ficar nu diante dele e acho que nunca irei me importar. Meu bumbum ainda está bem dolorido pela surra que recebi e com certeza não quero nem ouvir sobre o cigarro por um bom tempo. Papai deixou bem claro que eles não são bons e que devo me manter afastado dessa droga.
Já me acalmei bastante para ser sincero, mas não quero desgrudar do meu pai. No momento estou vestido e deitado na cama ao lado dele, abraçando o mesmo com necessidade. Jantamos a pouco tempo e agora papai diz que preciso dormir.
— Papai? – Chamo após alguns minutos tentando dormir sem muito êxito. O pijama é bem confortável mas a dor chata ainda continua ali.
— Hmm?
— Eu não poderei mais sair com o Josh? – Pergunto com um pouco de receio. Isso vêm me incomodando desde o jantar.
— Não acho que te proibir de ver seu amigo irá ajudar a te manter fora de problemas. Só não quero que repita tudo o que ele faz ok? – Determina Angel após alguns segundos em silêncio. – Além do mais ele é um bom menino, o conheço há anos.
Sorrio grande ao ouvi-lo, Josh é o meu único amigo até agora e saber que ainda poderei vê-lo me reconforta.
— Prometo que não farei papai, eu não vou ser um menino mau. Eu prometo. – Sorrio com certa animação. – Ele me chamou para ir ao shopping qualquer dia. Eu posso??
— Uma coisa de cada vez bebê... Uma coisa de cada vez. – Murmura o anjo soltando um risinho baixo – Quando as coisas estiverem mais calmas prometo lhe deixar sair com seus amigos.
— Vai demorar?
— Eu não sei filhote...
Fico em silêncio durante mais alguns minutos, simplesmente pensado no que ele disse.
— Papi? – Volto a chamar.
— Bebê vamos dormir? Já está tarde..
— Só mais uma perguntinha. – Falo olhando ele sem desfazer o abraço.
— Só mais uma mocinho. – Cede o anjo, me fazendo sorrir vitorioso.
— O que significa "Caralho"?
Papai me olha arqueando uma de suas sobrancelhas visivelmente surpreso.
— Aonde você ouviu isso?
— O Josh disse. – Respondo inocente e ainda curioso.
— Ah Billy não diga mais essa palavra ok? É uma palavra muito feia e o papai ficará bem bravo se te ouvir falando-a novamente. É um "palavrão" e palavrões são proibidos nessa casa.
— Por que? – Indago ainda mais curioso.
— Porque são feios e só crianças malcriadas falam. – Responde ele depositando um beijo em minha cabeça. – Agora chega de perguntas e vamos dormir bebê.
Concordo com a cabeça fechando os olhos bem mais satisfeito. Mas não demoro para abri-los novamente, apesar de estar com o bumbum dolorido não posso evitar de me sentir a pessoa mais sortuda do mundo.
— Boa noite papai.
— Boa noite bebê. Papai te ama muito.
Sorrio mais ao ouvi-lo, estou tão cansado que acredito que em breve pegarei no sono. Confesso que já estou com um pouquinho... Fico olhando em direção a janela que está com a cortina aberta. Arregalo os olhos ao ter a impressão de ver alguém ali... Me encolho mais em Angel, olhando fixamente para a mulher parada ali na varanda do lado de fora. Apenas nos observando. Eu a reconheceria em qualquer lugar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre sombras e luz
FanfictionEle apareceu na porta da minha casa em uma noite qualquer. Seus olhos castanhos. Alguns cortes deixavam-se ver por todo o seu torso. A pele suja de um líquido viscoso e vermelho. Sangue. Ele estava sozinho, carregando apenas dor e ressentimento...