CHAPTER 20: Agindo

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Olá meus amores, como vcs estão?? Eu espero que bem :)
Sei que dei uma sumida, mas o último mês foi um período de muitas mudanças, mudanças positivas em minha vida. Porém que acabaram me deixando sem muito tempo livre para me dedicar a escrita.

Porém eu simplesmente adoro escrever, é uma das minhas maiores paixões. E eu não irei deixar de escrever. Peço um pouco de paciência comigo, porque mesmo que demore sempre estarei publicando.

Pretendo continuar com todas as histórias que tenho paradas. Pretendo iniciar novos projetos (Sim eu tenho muitos em andamento kkkk).

Quando comecei a escrever na plataforma eu tinha muitoooo tempo livre, tinha acabado de terminar o ensino médio. Desde então muita coisa mudou, veio a faculdade, o trabalho, meu tempo livre reduziu bastante. Então espero que entendam porque "As vezes" eu demoro tanto para atualizar as fics. Mas saibam que não irei desistir delas ❤️

Sem mais delongas, fiquem com o capítulo de hoje. Amanhã terá mais :)

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POV Ariel

   Existem tantos animais na Terra, tantas espécies diferentes. E vê-las presas realmente me irrita. Os humanos iriam gostar de ficar presos em exposição para outra espécie?! Ninguém gosta de ficar preso... Ninguém merece isso.
   Depois de andar por praticamente tudo e conhecer melhor os animais ali presentes decido que está na hora de colocar meu plano em ação. No momento estou caminhando com meu pai perto de umas barracas de doces. Ele comprou sorvete e confesso que está muito gostoso!
  — Papai quero ir ao banheiro. – Peço assim que terminamos o sorvete.
  — Vem, vamos lá. É logo ali. – Sorri ele apontando para uma construção não muito longe. – Você está gostando do passeio bebê?
  — Estou sim, eu adoro passear e conhecer lugares novos. – Sorrio, claro que seria melhor se esses animais não estivessem presos. Mas não digo isso em voz alta.
  — Acho que nosso próximo passeio será em um parque de diversões. Você irá adorar. – Sorri Angel animado com a ideia. Sorrio mais.
  — Um parque com vários brinquedos igual na TV??
  — Exatamente bebê. Você irá amar. – Sorri papai enquanto abre a porta para mim.
   Entro no banheiro e me deparo com várias cabines. Sigo para uma que está aberta.
  — Me espere aqui tá?
  — Pode deixar. – Ri ele enquanto corro para dentro de uma das cabines. Papai fica na porta do banheiro. Assim que me vejo sozinho me concentro, meus olhos se tornam negros e sinto a energia fluir do meu corpo. Ouço o vento soprar com força lá fora... As luzes do banheiro começam a piscar.
  — Ariel?! – Ouço a voz de Angel se aproximar.
   Não respondo e me concentro mais, dessa vez para abrir todas as traves das trancas que mantém os animais presos. Ouço um forte estrondo ecoar e sei que consegui o que queria.
   Alguém bate na porta com força e rapidamente eu a abro já com os olhos na cor natural.
   Angel me olha com irritação.
  — O que você acabou de fazer?!
  — Eu não fiz nada...
  — Ariel eu sei quando você utiliza seus poderes para algo. – Indaga nervoso me puxando para fora da cabine. Não demoro para ouvir gritos do lado de fora e meu pai não perde tempo, correndo até a entrada do banheiro. Sigo ele vendo uma multidão de pessoas correr em direção à saída enquanto diversos animais as perseguem. Todos estão livres... Por que tanto pânico?
  — Ariel você fez isso?!
  — Eu... Papai os animais merecem estar livres...
   Angel me encara visivelmente furioso e nega com a cabeça.
  — Eu sabia que não deveria sair com você ainda. Olha a bagunça que você fez!
  — Eu fiz o que era certo!
  — Você agiu de forma imprudente, eu irei ajudar essas pessoas antes que alguém acabe se machucando.
  — Ninguém irá se machucar papai...
  — Você acabou de soltar dezenas de animar selvagens. O que acha que irá acontecer se algum desses animais atacar um humano? – Pergunta me tirando dali com rapidez enquanto procura um lugar seguro.
  — Papai...
  — Cala a boca Ariel! Eu não quero ouvir mais nada saindo da sua boca até segunda ordem. – Diz ele me empurrando para dentro do banheiro e fechando a porta em seguida. Tento abrir em vão, pois a porta está selada com algum tipo de sigilo que provavelmente ele utilizou para me manter aqui. Há mais algumas pessoas aqui dentro... Sinto os olhos marejados e corro em direção a janela que fica no alto da parede. Subo em cima de uma das pias para tentar visualizar o que está acontecendo... E tudo o que consigo ver é o tremendo caos que provoquei.


POV Angel


   Três mortes. Três pessoas acabaram morrendo pela irresponsabilidade do meu filho. Crianças não deveriam ter tanto poder em mãos...
   Utilizando meus poderes consegui ajudar as autoridades a capturar todos os animais que acabaram fugindo e voltamos a colocá-los em suas respectivas jaulas. Consegui curar mais de uma dúzia de pessoas que foram atacadas e acabaram gravemente feridas. Limpei a memória delas logo em seguida.
   Tudo aqui é uma verdadeira zona... Porém os animais já estão sob controle. A impressa já está aqui, assim como a polícia e as ambulâncias.
   Sigo para o banheiro aonde deixei o meu filho, precisamos sair daqui o mais rápido possível. Antes que os caçadores apareçam. Não será difícil descobrir o que causou essa bagunça. E o pior, matou essas três pessoas. Quando um demônio utiliza poder, é perceptível a energia no ambiente ao seu redor.
   Abro a porta e ele não demora para sair do banheiro com um olhar assustado.
  — Papai...
  — Vamos para casa. – Falo baixo o puxando pelo braço para bem longe dali.
   Não demoramos muito para chegar em casa, meu filho está assustado e não é para menos. Por sorte ninguém sabe dele...
   Respiro fundo com medo de que alguém nos encontre depois disso. Entramos em casa e eu rapidamente tranco a porta.
   Ariel fica parado ao meu lado, provavelmente com receio de dizer algo.
  — Por que você fez isso?!
  — Eu só queria libertá-los...
  — Ariel eles estão sendo protegidos naquele lugar! Quando você irá colocar isso na sua cabeça?!
  — Eles merecem a liberdade!!! Todo mundo merece! – Grita meu filho nervoso também, as luzes começam a piscar e sei que ele está se deixando levar.
   Lhe seguro pelo braço e aplico uma forte palmada no mesmo.
  — Se tranquilize! – Indago alto e claro, olhando o mesmo nos olhos. – Controle esses poderes antes que eles acabem controlando você.
   Meu filho me encara com os olhos marejados e as mãos trêmulas. Seguro em suas mãos sem desviar o olhar. Aos poucos as luzes voltam ao normal e suas mãos param de tremer.
  — Desculpa...
  — Desculpas não irão mudar o que você fez Ariel... Como pode ser tão irresponsável?! – Pergunto nervoso – Pessoas foram... Foram feridas.
   Eu não irei dizer que pessoas foram mortas, não quero fazê-lo se sentir culpado por isso...
  — Mas eu não queria isso... Só queria vê-los livres...
  — E o que achou que iria acontecer com todos aqueles animais livres em um local público?
  — Eu.. Eu não pensei.. – Fala balançando a cabeça.
  — Você foi tão irresponsável Ariel... Tão irresponsável... – Repito jogando as chaves sob a mesa de centro. Respiro fundo tentando pensar em como agir diante disso.
   Meu filho merece um castigo... E um dos grandes. Ele precisa aprender que nem tudo é como queremos, que nem tudo pode ser resolvido com poderes mágicos.
   Tento me acalmar sabendo que não adianta lidar com ele nesse estado.
  — Suba e tome um banho. Me espere em meu quarto.
   Ariel concorda com a cabeça e corre escada acima. Eu preciso me acalmar... Ninguém irá vir atrás de nós. Ninguém sabe o que ele é e aonde ele vive. Ao menos nenhum caçador... A não ser os Winchesters. Mas eles estão ao nosso lado. Então isso não me preocupa.
   Subo e utilizo o banheiro do corredor para tomar um banho também, enquanto ele utiliza o do meu quarto. Um banho morno faz muito a diferença... Principalmente na hora de acalmar alguém.
   Fico ali por cerca de vinte minutos, até me considerar tranquilo o suficiente para sair.
   Sigo para o meu quarto e encontro Ariel deitado na cama. Ele já está de banho tomado, está vestindo apenas uma camiseta cinza larga e uma boxers vermelha.
   Sigo até meu closet e opto por uma roupa básica, uma calça de moletom preta e uma camiseta branca.
  — Papai... Eu não queria causar aquele caos.
   Me viro para olhá-lo, Ariel agora está sentado na cama me olhando com receio.
  — Sei disso meu filho... Mas você acabou causando. E isso não é algo que eu vá permitir. Seus poderes não são brinquedos e você sabe disso melhor do que ninguém.
   O menino concorda levemente com a cabeça.
  — Você irá me castigar?
  — Você merece não acha?
   Ariel fica em silêncio, provavelmente sabendo que tenho razão mas não querendo admitir isso.
   Caminho até o banheiro pegando a escova de banho que temos aqui. É uma escova quase que inteiramente de madeira, ela é bem comprida e serve para esfregar as costas já que nossas mãos não chegam ali.
   Respiro fundo e volto para o quarto, me sentando na cama.
  — Filho... Eu odeio tanto ter que te castigar. Por que você não me ajuda hein?
  — Como.. Como eu faço isso...?
  — Se mantendo longe de problemas para início de conversa. – Suspiro olhando ele.
  — Eu só queria ajudar os animais...
  — Eu sei que fez isso com as melhores intenções... Mas suas ações tem consequências bebê... E nesse caso muitas consequências negativas...
  — Eu não queria machucar ninguém... – Murmura baixinho e com os olhos marejados. Respiro fundo e o puxo para um abraço forte.
  — Eu sei querido... Eu sei. – Murmuro sentindo meus olhos marejados também. Pais normais não precisam lidar com esse tipo de coisa... Nesse momento eu só queria ser um homem normal com um filho normal e problemas normais...
   Devagar desfaço o abraço querendo acabar logo com isso. Ele precisa entender que tudo traz consequências... Até as melhores intenções se mal executadas.

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