Capítulo 9: Um novo amigo?

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Olá meus amores! Tudo bem com vocês??? Olha quem voltou com essa história ;D
Passei um tempo sem escrevê-la mas hoje voltei pretendendo voltar a atualizá-la frequentemente, recentemente tive uma onda de inspiração para o universo de Angel e Bill então pretendo usá-la kkkkkk
Desculpem pela demora e espero de coração que gostem do capítulo ❤️
Comentem, votem, deixem sugestões, tudo isso é muito bem vindo! Se o capítulo tiver um número considerável de comentários posso postar outro capítulo ainda hoje, depende de vocês 😘❤️
Um beijo e aproveitem a leitura :D

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POV Dave


   Estou na casa do meu melhor amigo e hoje trouxe meu sobrinho para fazer companhia ao  Bill. Embora Bill já seja grande ele costuma agir como uma criança na maior parte do tempo, Josh tem quinze anos e embora não brinque com brinquedos adora um bom videogame. Acabei convencendo Angel de comprar um Xbox ao filho, e de fato o menino amou.
  Meu amigo me colocou em dia com os acontecimentos de ontem, parece que o negócio foi feio, mas ele parece estar feliz. Sua relação com Bill está mais estreita e isso até eu já notei. Embora o menino tenha evitado se sentar, o que sugere que o mesmo recebeu um castigo e tanto pelo visto. Para jogar ele acabou colocando uma almofada e sentando em cima.
  — Você pegou pesado com ele. – Digo olhando os garotos na sala, ambos entretidos com o jogo na TV.
  — Eu sei. Mas dessa forma garanti que ele não volte a mentir sobre algo para mim novamente. – Diz baixo olhando o filho.
  — Ele é fofo... É difícil encontrar alguém assim nessa idade. – Digo sincero, William está vestindo um pijama azul bebê com detalhes brancos que faz sua ternura ser ainda mais valorizada nesse instante.
  — Também acho, não sei como ele consegue ser assim depois de tudo o que passou. – Confessa o anjo.
  — É difícil... Mas não se esqueça que ele é metade anjo. Provavelmente isso influenciou bastante nesse lado ingênuo que o mesmo tem.
  — Você tem razão. Eu não havia pensado nisso. – Confessa olhando o filho. Por ser metade anjo o lado inocente e ingênuo deve existir em Bill. Assim como o lado perverso, esse eu ainda não vi... E não estou seguro se desejo ver.
  — Como está sendo sua experiência como pai? – Pergunto divertido. Ele parece bem babão.
  — Está sendo desafiadora. Ele não é fácil... E eu não tenho tanta paciência como gostaria.
  — É normal, faz pouco tempo que ele vive com você. Não precisa se sentir mal se não tiver paciência, isso você vai adquirindo com o tempo. – Digo sincero e recebo um sorriso agradecido como resposta.
  — Obrigado por isso... É bom ouvir palavras como as suas quando se é um pai de primeira viagem. – Ri Angel balançando a cabeça. Sorrio quando ele me oferece uma bebida algum tempinho depois, caminhamos para a cozinha já  mudando de assunto e dando um pouco mais de privacidade aos meninos.

POV Bill

— Vamos ali na vendinha comigo? – Chama Josh após pausar o jogo enquanto me olha. O que me surpreende é que o mesmo só deixou para falar isso alguns minutos depois que papai e tio Josh saíram do recinto. Ele é bem legal e eu posso até dizer que gostei do mesmo. Os humanos são bem engraçados e Josh tenta ser rebelde, sua postura, suas roupas e sua forma de falar demonstram isso. O que o torna ainda mais engraçado e divertido.
  — Eu não posso sair sozinho.
  — Você estará comigo e não sozinho. – Responde afiado.
  — Eu não posso sair sem o meu pai Josh. – Lhe esclareço o mais claro possível. Angel me mata se souber que sai sem ele. O anjo acha que é extremamente arriscado visto que agora sabe da minha história completa. Minha mãe ainda está solta por aí...
  — Cara quantos anos você tem???
  — Por que a pergunta? – Pergunto confuso.
  — Porque você age como se tivesse seis. Caralho mano, porque não se comporta como alguém da sua idade?? Que mal há em ir ali na esquina comprar uns salgadinhos? – Pergunta me olhando com incredulidade.
  — O que significa "Caralho"? – Pergunto após alguns segundos, nunca ouvi essa palavra antes. Josh arqueia uma de suas sobrancelhas.
  — De onde você é mesmo?
   Desvio o olhar encarando minhas mãos. Receio que eu não possa responder essa pergunta a não ser que queira criar um caos e perder o único amigo que tenho até agora.
  — De um lugar que você provavelmente não vai querer conhecer nunquinha.
  — Por que você fala no diminutivo? Sério, você tem que agir como alguém da sua idade... Eu posso te ajudar com isso. – Sorri ele com um olhar brilhante. O olho ainda mais confuso e dou de ombros.
  — Tudo bem. Eu gosto de aprender coisas novas. – Digo sorrindo travesso– Eu vou pedir para o papai me deixar ir com você tá?
  — Nem perca seu tempo. Primeiramente, como um adolescente você precisa entender que deve agir como quiser. Se sentir vontade vai e faça. Não espere permissão de ninguém.
   Olho ele desconfiado, esse não me parece um conselho tão bom assim. Principalmente quando se tem um pai como o meu, no pouco tempo que convivo com Angel já percebi que com ele o buraco é mais embaixo. Ou seja, se eu for um menino mau acabo sendo punido por isso. Não do jeito que Lilith costumava fazer, mas de um jeito bem menos perverso e mais infantil. Angel não tem medo de usar sua grande e pesada mão para bater no meu bumbum quando acha necessário. Embora seja um castigo novo para mim já posso dizer que não é nem um pouco agradável. Ele também usa outros métodos dependendo da gravidade de minhas faltas, mas nenhum deles me agrada ao ponto de eu querer provocar alguma situação que me coloque neles. Obviamente isso não está ao meu controle, quando vejo já aprontei e nem me dei conta.
  — Se eu fizer isso irei me meter em problemas... – Alego sincero olhando Joshua que foca toda sua atenção sob mim.
  — Adolescentes sempre se metem em problemas cara. – Ri meu novo amigo – Está no nosso sangue sabia?
  — Eu não gosto de ficar encrencado. – Murmuro olhando em direção a cozinha apenas para me percartar que nenhum dos adultos estejam ouvindo.
  — Ninguém gosta, mas é divertido fazer o que te dá vontade mano. Você vai ver. – Sorri Josh com um brilho de diversas nos olhos. – Vêm, vamos lá comprar os salgadinhos.
   Joshua se levanta animado caminhando em direção a porta. Hesito um pouco mas decido lhe seguir, ele disse que seria divertido e eu gosto de diversão. Saio de casa devagar para não fazer muito barulho, se der tudo certo papai nem ficará sabendo da minha escapadinha.
  — Temos que ir rapidinho ok? – Esclareço olhando ele enquanto digito a senha que abre o portão de ferro. É um portão branco e completamente fechado, sem chance de ver quem passa na rua ou vice versa. Angel é um defensor da privacidade pelo visto.
  — Relaxa cara, isso aqui não é agir como adolescente, é agir como uma pessoa normal que sai para comprar coisas na esquina de casa. – Ri o moreno me puxando pela mão. Atravessamos a rua correndo, e em menos de dois minutos estamos no mercadinho, eu acabei saindo descalço, o que não foi boa ideia pois na correria acabei pisando em algo ponteagudo.
  — Aii meu pé!
  — O que foi??
  — Pisei em alguma coisa que machucou meu pé. – Murmuro baixo tentando ver o que é. Provavelmente foi alguma pedrinha mas doeu bastante.
  Josh balança a cabeça entrando no recinto e pedindo alguns salgadinhos e um maço de cigarros.
  — Você não pode comprar isso...
  — Isso faz muito bem e eu posso se pagar a mais. – Diz olhando o caixa que pensa um pouco mas acaba vendendo ao meu amigo que lhe entrega uma nota alta. – Você nunca fumou?
  — Não isso.
  — Então experimenta.
  — Eu não quero...
  — Cara adolescentes fazem isso! Você não quer agir como um?? – Reclama um pouco exaltado enquanto coloca alguns cigarros soltos em minha mão. – Não deixe seu pai ver, ele não irá gostar. Então esconda e só experimente quando estiver sozinho ok?
  Assinto levemente com a cabeça e devagar sem saber o que fazer. Eu quero agir como um adolescente normal... Então acho que posso começar por isso. Porque segundo Josh eles usam essa coisa. Escondo no bolso do meu pijama e volto com ele para casa. Arregalo os olhos ao ver Angel no portão de casa com uma expressão preocupada enquanto tio Dave conversa com ele. Assim que coloca seus olhos em nós sua expressão muda, ele parece aliviado de alguma forma.
  — Bill aonde você estava?!
  — Eu fui no mercadinho com o Josh papai.. Ele queria salgadinhos. – Explico parando diante dele.
  — Filho o que eu sempre te digo sobre sair sozinho?!
   Seu tom de voz é alterado e isso me faz morder o lábio inferior.
  — Tio Angel, eu insisti... Não brigue com ele. – Murmura meu amigo olhando meu pai – Eu só fui comprar alguns salgadinhos ali na esquina e insisti que Billy fosse comigo.
  — Joshua isso não justifica. Ele sabe muito bem que não deve sair sem minha companhia ou permissão, não importa se foi sob sua insistência, ele sabia que não tinha permissão. – Enuncia papai com a expressão séria porém esforçando-se para soar calmo.
  — Papai pare de ser chato! Foi só alguns minutos! Eu nem demorei ou fui tão longe assim! – Indago com certa vergonha por ele estar falando assim comigo diante dos outros. Vergonha não é algo que eu costume sentir com frequência, normalmente sou bem desinibido. Mas levar uma bronca diante de terceiros despertou esse sentimento em mim nesse momento.
  — Agora além de desobediente resolveu ser malcriado também? – Pergunta me segurando pela orelha e me arrastando para dentro de casa.
  — Aiii!! Papai soltaaa!
  — Quando eu te der uma ordem você me obedeça! Sabe que lá fora é extremamente perigoso para você William!
  — Eu só fui ali na esquina! –Grito bravo pelo fato dele ter ficado assim por causa de algo tão simples segundo meu novo amigo.
  — Eu te aconselho a abaixar esse tom de voz se não quiser apanhar aqui mesmo. – Me adverte sério porém baixo para que somente eu ouça. – Você já está encrencado por não me obedecer, quer somar falta de respeito a lista?
  — Você só sabe brigar comigo por tudo!
  — Não seja injusto William...
  — Não seja paranoico Angel. – Solto irritado, o que não foi uma ideia tão boa assim pois acabo por receber um tapa caprichado como resposta.

PLASS

  — Se não parar irá receber bem mais que uma palmada!
   Arregalo os olhos sentindo os mesmos marejados e tampo o bumbum com as mãos tentando evitar que mais palmadas imprevistas caiam sob o mesmo.
  — Suba para o seu quarto... Vai tomar um banho, seus pés estão imundos. – Fala olhando meus pés e soltando um suspiro pesado. Tento obedecê-lo mas ele me segura pelo braço antes que eu possa me afastar. – Seu pé está sangrando filho. O que houve?
  — Eu pisei em alguma coisa papai, acho que cortou. – Murmuro baixinho comprovando que há sangue por aqui.
  — Isso que dá andar descalço. – Diz balançando a cabeça. Ele senta no sofá e me senta em seu colo – Você precisa se concentrar e logo estará bonzinho.
   Passo as mãos nos olhos choroso pela bronca e olho meu pé.
  — É difícil para mim...
   Angel apoia sua mão em meu pé ferido e em questão de segundos o machucado já não estava ali. Ele me curou com tanta facilidade... Olho ele com certo receio:
  — Obrigado papai...
  — Não precisa agradecer filho. Olha... Eu sei que você não saiu por mal, mas eu fiquei muito preocupado quando vi que nem você e nem o Josh estavam aqui. – Confessa suave e ao mesmo tempo sincero.
  — Desculpa papai, eu só queria fazer coisas normais. – Confesso também, apoiando a cabeça em seu peito enquanto olho minhas mãos.
   Sinto Angel depositar um beijo suave em minha cabeça:
  — Mais tarde conversamos sobre isso ok?
  — Vai me castigar? – Pergunto com uma pontinha de medo.
  — Não. Só conversar filho. Eu prometo. – Me assegura ele sorrindo levemente, sei que o mesmo está tentando me tranquilizar. Tenho sorte de ser filho dele. Qualquer outra pessoa já teria me mandado embora faz tempo. Mas não Angel... Ele não é qualquer um, e eu soube disso assim que coloquei meus olhos no mesmo. Ele é um anjo, em todos os sentidos possíveis.


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