- Cap. 18 -

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- Família -

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Uma semana mais tarde, Ana estava a todo vapor numa manhã de terça

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Uma semana mais tarde, Ana estava a todo vapor numa manhã de terça. Só o que distraia fora a noite passada.

E ela tinha que admitir: havia sido incrível acordar com o cheiro de Christian no travesseiro depois de semanas sem ao menos vê-lo.

Mas então o outro dia chegou e acabou com sua nuvem de felicidade.

A morena bateu a porta do escritório com força. Havia acabado de chegar de uma "reunião" com um cliente num café - um cliente totalmente idiota que não conseguia parar de olhar para seus seios, que estavam completamente tampados naquela blusa vermelha de botões. Ainda eram dez horas e já estava estressada. Era uma coisa grande aquele projeto, um hotel de luxo na Tailândia, não podia simplesmente começar a discutir com o homem quando ele não fazia nada além de não olhar em seus olhos enquanto a mesma falava.

Havia sido uma manhã irritante, tudo a estressava, e ainda nem chegava perto do almoço. Jogou a bolsa em cima da mesa de qualquer jeito e se jogou no sofá, colocando uma das mãos na têmpora, fechando os olhos, tentando esquecer da dor de cabeça incômoda que se alastrou de repente. Uma batida na porta, o telefone tocando e o som de notificações em seu computador foi o suficiente para que ela explodisse e descontasse em cada pessoa que chegou perto dela nas duas horas que se seguiram.

Ana estava o cão naquela manhã, ninguém ousava se aproximar após o primeiro grito que foi ouvido por todos os andares.

Logo o relógio marcou 12h13min e ela nem havia se dado conta, até Hannah bater timidamente na porta e perguntar se a morena queria que ela comprasse seu almoço após a mesma não ter saído. Ana concordou com um resmungo e jogou a cabeça para trás na cadeira estofada e giratória. Odiava aquela cadeira, ela não podia se mexer que aquela coisa já girava. Precisava trocar.

E aquela mesa também. Odiava aquela cor prata da mesa e aquele material que deixava o lápis cair toda vez que ela o colocava ali sem algum suporte. Sem contar que aquela era a antiga sala de seu pai, e ela não tirava da cabeça que ele provavelmente já transou com sua mãe ali. Não que ela fosse uma adolescente que mal podia ver os pais se beijando que já estava fazendo drama sobre aquilo ser nojento, mas imaginar seus pais naquela mesa já era demais.

Christian deixou a porta atrás de si se fechar com um baque, deixando a madeira pesada bater com força, atraindo a atenção de Ana, que abaixou a cabeça para ver quem era já com a expressão assassina, mas que suavizou quando viu o médico.

— Sentindo minha falta, não é? - questionou a morena sarcasticamente enquanto ele caminhava em sua direção.

— É claro, amor, um minuto longe de você já é um martírio para mim - ele ironizou.

Ela riu - bipolar como era.

— O que você está querendo? - perguntou desconfiada.

— O que foi? Eu não posso sentir falta da minha namorada?

50 Tons de Uma ExceçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora