- Cap. 22 -

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- O que é importante -

Porque tudo de mim ama tudo de você, amo as suas curvas e seus contornos, todas as suas imperfeições perfeitas.

∆...∆

_ Comida japonesa - disparou Ana

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_ Comida japonesa - disparou Ana.

Ela estava na sala de emergência com Christian. O médico havia esquecido seu cartão magnético e a morena - como uma boa namorada - se levantou realmente cedo para ir até o apartamento do mesmo, pegá-lo e levar para ele no hospital.

Ela merecia um Oscar de namorada.

_ Pizza - rebateu ele. - Você escolheu sexta passada.

Ana bufou.

Ele estava certo.

_ É, acho que vamos comer pizza hoje - resmungou ela.

O médico riu e a beijou, porém foi interrompido quando a porta do hospital se abriu bruscamente com um homem segurando uma criança no colo.

_ Por favor, me ajudem! A minha filha, minha filha foi baleada... um médico!

Ana se virou para onde Christian ia, uma maca já vinha logo em seguida enquanto o médico pegava a criança com cuidado. De relance, a morena pôde ver que era uma menina, os patins cor de rosa ainda nos pés, o vestido amarelo quase completamente sujo de sangue, os braços desfalecidos, os cabelos bagunçados.

Fora tudo tão rápido, uma hora tinha médicos e enfermeiros fazendo uma algazarra no meio da sala, apressados, gritando palavras que Ana não fazia ideia do que significavam, e então não tinha mais ninguém, apenas a recepcionista e o homem que havia trazido a criança.

À noite, já no apartamento de Christian, Ana esperava pelo namorado. Ainda tensa pelo o que viu no hospital. A porta do hall se abriu e fechou com brutalidade, fazendo um estrondoso barulho. Christian se jogou no sofá preto da sala e apoiou os cotovelos nos joelhos, as mãos cobrindo o rosto.

Ana se levantou, caminhou até ele e sentou ao seu lado, desligando a TV.

_ Era uma criança... uma criança brincando no parque, e por conta de uma porra de uma bala perdida agora ela está morta. A bala atravessou o tórax e teve hemorragia numa veia.

_ Eu sinto muito...

Era a única coisa que ela podia dizer, não era?

Ainda naquela semana, Christian teve uma emergência de família, teria que viajar para a Itália ver um próximo, porém distante parente.

E naquele momento, ele olhava para Ana sem interrompê-la enquanto a garota lhe explicava que a obra de seu projeto estaria completa em duas semanas e que ela estaria lá quando terminasse, que não seria problema nenhum sair por alguns dias com ele. Era surpreendente - não o fato de ela deixar o próprio trabalho para algo que tinha a ver apenas com ele, o surpreendente era ele não ter ficado surpreso com aquilo, na verdade ele já esperava.

50 Tons de Uma ExceçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora