- Puxa! -
∆...∆
Tudo parecia doer. Não, não parecia, doía de verdade. As pernas, as costas, os braços, a cabeça... Ah, a cabeça!
Anaapertou os olhos já fechados, tentando não pensar na dor.
Mas, Deus, era como se ela tivesse levado uma surra terrível - não que alguma surra seja boa, mas aquela tinha sido bem ruim mesmo.
Uma porta se abrindo a fez abrir os olhos lentamente, logo encarando o teto branco do quarto do hospital. Ela olhou em volta e avistou muitos buquês de flores e até mesmo ursos de pelúcia.
— Srta. Steele? - alguém a chamou.
Ana olhou para a mulher que estava ao seu lado.
— Oi - sussurrou. - Aonde eu estou?
— No Hospital Geral de Nova York. A senhorita se lembra de alguma coisa?
— Eu... Eu não sei... O meu carro, acho que bateu, a minha amiga... - a morena ficou agitada ao se lembrar e tentou se levantar.
— Não, Srta. Steele, precisa ficar deitada...
— A Kate, Katherine Kavanagh. Você sabe onde ela está? Ela está bem?
— Por favor, permaneça deitada, sua amiga está no andar de cima, já foi devidamente atendida.
— Mas ela está bem?
— Não posso dizer mais que isso - a enfermeira disse, ajeitando o cobertor em cima da menina. - O Dr. Grey virá logo ver a senhorita.
A enfermeira gentilmente lhe entregou um copo com água antes de deixar o quarto.
Era terrível a sensação de não ter controle de nada. Ana não fazia ideia do que realmente aconteceu, mal se lembrava do carro, do acidente, de tudo.
— Bom dia, srta. Steele.
A mesma se virou para o médico.
— Oi, Doutor...
Não podia ser real.
Aquele tipo de coisa era extremamente errada.
O médico era bonito.
Bonito demais.
Podia imaginar as enfermeiras cochichando nos corredores, até mesmo médicos suspirando. Ela mesma estava perdendo a linha de pensamento. Médicos bonitos só deveriam existir em filmes pornôs e séries de TV, como Grey's Anatomy e House, não em hospitais de verdade.
— Grey - ele terminou a frase para ela quando percebeu que a garota não parava de "admirá-lo".
Ana engoliu, e tentou não dar tanto na cara.
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50 Tons de Uma Exceção
Fiksi PenggemarEla tem uma regra, apenas uma: nada de se apegar. E ela seguia aquela regra a risca, mas agora Ana vai descobrir que para toda regra, há uma exceção.