"Ateie fogo à história, estou quebrando minhas próprias regras, chorando como um tolo. Mentiras contadas no papel, glórias curtas desbotando. Estive perto o suficiente para tocar, mas nunca me importei com o amor. E estamos numa igreja de romances queimados, mas é como se estivéssemos fora do alcance para rezar. É uma música solo, apenas para os corajosos."Parte 1/2
Ana - a contra muitos princípios antigos dela - estava casada há alguns anos, anos demais até, o suficiente para cair na rotina. Mas não era o que acontecia. Com uma filha totalmente sua cópia e um filho sonso - a cópia sendo do pai - em casa, ela jamais tinha dias iguais. E claro, tendo Christian como marido e ela sendo esposa, os dias e as noites eram diferentes a cada um deles. Mas existia aquelas exceções, aqueles pequenos detalhes em alguns dias que tornava sua vida uma rotina.
Particularmente Ana não gostava desses dias, porque rotina era algo ruim, e para eles terem um momento assim era porque algo ruim acontecera.
E ela sentia que seria uma noite daqueles exceções, quando ela chegou em casa e os filhos não correram até ela no hall, como se soubesse que tinham que ficar quietinhos. A morena tirou os salto e os carregou na mão após deixar as chave do carro e da casa ao lado da porta, uma olhada na sala de estar a fez perceber Proebe e Teddy sentados no chão, a menina estava concentrada em montar um lego na mesinha de centro enquanto o irmão estava hipnotizado por seu novo desenho favorito na TV.
_ Oi, mamãe - Phoebe cumprimentou, se levantando lentamente, e logo caminhando até a morena.
Ana passou a mão pelos curtos cabelos da menina, quem havia cortado as madeixas longas até os ombros e feito algumas mechas roxas e rosas nos fios. Ana havia adorado a ideia, Christian nem tanto, mas sua filha era bonita de qualquer forma, então ele apenas elogiou após arregalar os olhos para a morena.
_ Oi, monstrinho, tudo certo?
Phoebe a abraçou pela cintura, mantendo a cabeça contra sua barriga.
_ Papai está triste - foi Teddy quem falou, se levantando também após ver que sua irmã havia ido abraçar a mãe.
Eles eram como imas, um atraia o outro, e Ana amava toda aquela conexão dos filhos, era como ter a certeza de que eles jamais estariam sozinhos, não enquanto tivesse um ao outro.
A morena se abaixou para pegar o menino de três anos - ainda em sua forma gordinha e ela o amava daquele jeito - no colo, logo o tendo abraçando seu pescoço.
_ Ele disse que o trabalho foi difícil hoje, que iria se deitar mais cedo e não queria jantar. Pediu para não fazermos bagunça lá cima, ele está com dor de cabeça - Phoebe contou, ainda abraçando Ana.
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50 Tons de Uma Exceção
FanficEla tem uma regra, apenas uma: nada de se apegar. E ela seguia aquela regra a risca, mas agora Ana vai descobrir que para toda regra, há uma exceção.